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O melhor estava guardado para o final

Por Jornal Sporting
30 Nov, 2015

Sporting vence Belenenses por 1-0 no último suspiro, com golo de William Carvalho, de grande penalidade

Custou, mas foi. O Sporting recebeu e venceu o Belenenses por uma bola a zero em encontro a contar para a 11.ª jornada do Campeonato Nacional. Os ‘leões’ foram donos e senhores do jogo durante os 90 minutos, mas foi já para lá do tempo regulamentar que William Carvalho desfez a resistência adversária e ofereceu a vitória ao Sporting, na conversão de uma grande penalidade.

Depois do triunfo em Moscovo, o Sporting estava de volta a casa e disposto a provar que no reino de Alvalade quem manda é o ‘leão’. Empurrado pelo seu público e motivado pelos recentes resultados positivos, o conjunto ‘verde e branco’ desde cedo assumiu as rédeas do jogo e entrou ao ataque. Logo aos quatro minutos, Montero descobriu bem Bryan Ruiz a desmarcar-se nas imediações da baliza do Belenenses e serviu o costa-riquenho, que cruzou atrasado para a entrada da área, onde apareceu Adrien a rematar, mas o tiro do capitão ‘leonino’ foi travado pela defensiva visitante e a primeira oportunidade do encontro esfumou-se. Pouco faltou para que Montero voltasse a encontrar um companheiro seu em boa posição, mas, desta feita, o passe a rasgar do colombiano para Slimani, que aparecia solto nas costas da linha mais recuada do Belenenses, acabou por ser interceptado por Hugo Ventura, que se apressou a sair da baliza para aliviar o perigo.

Os ‘leões’ tinham conseguido uma boa entrada em campo e, sempre atentos às tentativas de contragolpe adversárias, tomavam conta do esférico, empurrando o Belenenses para o seu meio-campo defensivo, de onde o encontro pouco saía. A pressão ofensiva exercida pelo Sporting era uma constante e, à passagem do minuto 18, quase deu frutos: Montero – em evidência na metade inicial do primeiro tempo – arranjou espaço à entrada da área adversária e atirou o primeiro remate ‘verde e branco’ enquadrado com o alvo, mas Hugo Ventura esticou-se bem e negou o golo ao avançado colombiano.

A formação comandada pelo ex-‘leão’ Ricardo Sá Pinto estava bem organizada defensivamente e mostrava-se capaz de tapar os caminhos para a sua baliza, o que fazia com que o Sporting, embora fosse dono e senhor da bola, nem sempre a conseguisse levar com perigo até às imediações de Hugo Ventura, ou que optasse pelo remate de meia-distância, como fez William Carvalho, aos 36’, quando enviou a bola por cima da baliza adversária. Pouco depois, foi Bryan Ruiz a protagonizar a melhor oportunidade do primeiro tempo através de uma bela jogada individual em que ultrapassou vários opositores e, à saída de Hugo Ventura, atirou para o ligeiro desvio do guardião português para pontapé de canto. A intensidade de jogo dos ‘leões’ era cada vez maior, assim como o seu caudal ofensivo, com o golo da vantagem a ficar novamente perto na última oportunidade antes do intervalo, mas o cabeceamento de Slimani a cruzamento de Adrien não levou a direcção desejada e as equipas desceram aos balneários com o nulo no marcador.

O segundo tempo começou e logo surgiu a primeira tentativa ‘leonina’ de abrir o activo, com Slimani a ganhar nas alturas, mas a cabecear por cima do alvo. O público de Alvalade pedia o golo e o conjunto ‘verde e branco’ bem o procurava, mas nem Montero, com um remate desviado para canto, nem Jonathan Silva, que atirou de longe mas ao lado, conseguiram acertar com as redes de Hugo Ventura, que à passagem da hora de jogo viu a cartolina amarela, fruto da quantidade de tempo perdido de cada vez que a bola tinha de ser resposta em jogo.

E foram exactamente Montero e Jonathan Silva a protagonizar novo lance de muito perigo para o Sporting, quando o argentino realizou um excelente passe largo para o colombiano, já no interior da área, ‘matar’ no peito e atirar cruzado, levando a bola a passar a centímetros do alvo.

Já com Gelson Martins e Matheus Pereira em campo, os ‘leões’ mantinham o encontro com uma toada de sentido único, mas não logravam atingir o golo. O Belenenses não conseguia incomodar Rui Patrício, mas mantinha-se bem organizado defensivamente, dificultando a tarefa ofensiva do Sporting e fazendo correr o tempo a seu favor. João Mário, na sequência de um livre directo, voltou a ameaçar, mas o remate teve o mesmo destino de tantos outros e acabou por sair pela linha de fundo. Aos 75 minutos, foi Matheus Pereira quem insistiu e furou bem, entrando na grande área e rematando com muito perigo, mas à malha lateral da baliza de Hugo Ventura. O brasileiro formado na Academia do Sporting voltou a ficar muito perto do golo, pouco depois, quando apareceu bem no coração da área para desviar um cruzamento de Gelson Martins, mas, novamente, com a direcção errada.

Aos 82 minutos, o Belenenses, numa das poucas iniciativas ofensivas de que dispôs, conseguiu chegar à área ‘leonina’ através de um contragolpe conduzido por Luís Leal, que terminou com o remate do avançado ao lado da baliza de Rui Patrício. Dois minutos mais tarde, foi a vez do recém-entrado Tanaka cruzar para a cabeça de Slimani, mas Hugo Ventura agarrou o remate do argelino.

Já depois de Artur Soares Dias descobrir maneira de dar cartolina amarela a Slimani e obriga-lo a falhar o próximo encontro, Matheus Pereira voltou a tentar chegar ao golo da vitória, mas o tiro à entrada da área saiu por cima da trave. Mas o melhor estava guardado para o final: aos 90+1’, Tonel tirou a bola da cabeça de Slimani com a mão e, na sequência da grande penalidade, William Carvalho enganou Hugo Ventura e marcou finalmente o golo que trouxe justiça ao marcador.

Foi a vitória da paciência, do querer e do acreditar até final. Um golo que valeu três preciosos pontos e permitiu ao Sporting conservar o primeiro lugar, após um encontro onde foi necessário suar muito para ultrapassar um bem organizado Belenenses. Mas o Sporting fê-lo. Porque no reino de Alvalade quem manda é o ‘leão’.