"A minha adversária surpreendeu-me com um movimento que não é normal"
07 Ago, 2016
Joana Ramos lamentou ter sido eliminada e acredita que poderia ter vencido Yingnan Ma
Depois de ser eliminada na segunda ronda da categoria de -52kg dos Jogos Olímpicos pela campeã asiática em título, a chinesa Yingnan Ma (5.ª no ranking), Joana Ramos lamentou o desfecho do combate, acreditando que o resultado poderia ter sido diferente.
"Primeiro quero dizer que a chinesa não era um rapaz. E não estava fora do meu alcance. Aliás, já lhe tinha ganho na final de um Grand Slam. Este combate podia ter sido uma final olímpica, uma final de qualquer prova. Era um combate equilibrado, difícil, como todos os combates que se vêem aqui", começou por dizer a judoca do Sporting CP, antes de sublinhar que a eliminação não se deveu à sua forma física.
"Não me podia ter preparado melhor, podia ter melhorado imensas coisas mas dei tudo, em todos os treinos em todos os meses de preparação, em todas as provas. Tudo para estar aqui na minha melhor forma. E isso consegui. Tenho mesmo a convicção que não poderia estar melhor", explicou Joana Ramos, que assumiu não estar à espera de ser derrotada por um "movimento invulgar".
"A minha adversária surpreendeu-me com um movimento que não é normal. E eu tentei sair, depois de ser imobilizada. Tentei sair, com todas as forças que tinha. A única coisa que lamento é não voltar ao tatami uma terceira, quarta, quinta vez, porque foi uma felicidade imensa no primeiro combate, quando imobilizei a minha adversária, ouvir o pavilhão inteiro a gritar Portugal. Não podia estar mais feliz por lutar ali. Lamento não conseguir ir mais longe, mas quero agradecer a todos os portugueses, ao meu Clube, à minha família, aos meus amigos, aos meus colegas de Clube, aos meus treinadores, porque realmente toda a gente fez força e me deu o melhor para eu estar aqui na minha melhor forma", concluiu.