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Devoradores de medalhas!

Por sporting
14 Abr, 2013

O Sporting conquistou 44 medalhas nos Campeonatos Nacionais de juniores e de seniores, realizados no último fim-de-semana de Março, em Coimbra. Só Inês Fernandes e Alexis Santos subiram ao pódio em 10 ocasiões, cada um.

O Sporting conquistou 44 medalhas nos Campeonatos Nacionais de juniores e de seniores, realizados no último fim-de-semana de Março, em Coimbra. Só Inês Fernandes e Alexis Santos subiram ao pódio em 10 ocasiões, cada um. O jornal ‘Sporting’ mostra-lhe agora as medalhas e dá-lhe a conhecer melhor estes «leões», que tanto vencem dentro de água. JORNAL ‘SPORTING’ – A Inês tem 15 anos, o Alexis 21 e não conhecem outro desporto que não a natação. Como surgiu esta paixão, que os fez agora serem dos melhores atletas Nacionais e do Sporting? INÊS FERNANDES (IF) – Começou muito cedo, naturalmente e sem me aperceber. Comecei a fazer natação aos 6 meses de vida, por aconselhamento da minha pediatra, e vim logo para o Sporting, devido à proximidade a casa. Depois fui ficando, subindo de escalão e entrando na competição, conquistando títulos e ganhando maior motivação. ALEXIS SANTOS (AS) – Eu não comecei tão cedo, só comecei aos 4 anos, mas também foi por aconselhamento médico. Não vim logo para o Sporting. Comecei no Benfica, só que quando tinha 10 anos, o clube estava em mudanças e não tinha nem piscina para treinarmos. O meu primo mais velho, que já tinha sido nadador, aconselhou-me então a vir para o Sporting. Aqui tudo era melhor e mais bem organizado: piscinas, condições e treinador. Depois alguém viu que eu tinha jeito para a modalidade e comecei na pré-competição, até chegar a sénior. São actualmente os atletas «leoninos» mais medalhados. Só no Campeonato Nacional conquistaram 10 medalhas, cada um. Para tanto sucesso é preciso algum sacrifício. É difícil ser atleta de alto rendimento nesta idade? IF – É claro que é difícil conciliar com a vida normal de adolescente, mas como é uma paixão acaba por ser mais fácil do que seria se fosse uma obrigação. Como é algo de que gostamos muito acabamos por fazê-lo com menos sacrifício, mais alegria e com a certeza de que estamos cá para trabalhar, melhorar e alcançar boas marcas. Assim, com esse pensamento, acaba mesmo por ser mais fácil do que aquilo que as pessoas pensam. Tudo se resume à paixão. AS – Tenho a mesma opinião da Inês. É difícil, mas a paixão que nos move pela natação é superior a tudo isso. É difícil acordar todos os dias perto das 6h00 da manhã e terminar o dia à noite, depois de escola e vários treinos, mas também somos recompensados pelo nosso trabalho e isso é motivador. Dá também para minimizar as dificuldades e acaba por se tornar relativamente mais fácil e menos custoso. Claro que nos custa acordar tão cedo, sair das aulas e vir treinar, não ir descansar ou estar com os amigos, mas acaba por ser uma rotina de tantos anos que quando temos folga e chegamos cedo a casa é chato. Não me sinto prejudicado, fazemos menos mas aproveitamos igual. E até ganhamos. Infelizmente, muitos não têm as oportunidades que nós temos como viajar, conhecer tanta gente e de diferentes nacionalidades. Ambos estudam. A Inês está no 10.º ano em Artes, o Alexis no 1.º ano de Ciências do Desporto na FMH. Depois de formados vão abdicar da carreira de atleta? IF – Ainda não pensei nisso, porque sou muito novinha. Mas se quando acabar o curso ainda me sentir bem aqui e continuar a gostar tanto de nadar como agora, vou ter todo o gosto em conciliar. Se a natação ficará para trás, só depois saberei. AS – Como o meu curso é desporto, é fácil de conciliar. Ainda assim, com este panorama actual, se calhar por agora vale mais a pena dedicar-me mais à natação do que ao curso. Até porque se acabasse agora o curso, acho que preferia continuar a competir do que a trabalhar como professor ou «personal trainer» em ginásios. O certo é que quero seguir nesta área, talvez como treinador, mais ainda é cedo para planear isso. O vosso dia-a-dia é muito preenchido… IF – É. Para além das aulas e da vida normal de qualquer pessoa, eu tenho treino às 6h30 da manhã no Estádio Universitário de Lisboa e depois às 17h30 em Alvalade. AS – O meu dia é quase igual, mas em vez de dois treinos diários tenho três. Um às 6h30 na piscina, outro às 17h30 no ginásio e o último a partir das 18h30 até às 20h30/21h00 dentro da piscina. Ainda assim há força para seguir em frente, até porque têm tido carreiras de sucesso, ainda que sejam muito jovens. Quais são os objectivos a médio e longo prazo? IF – A médio são o Europeu e o Multinations de juniores. Pretendo fazer melhores resultados do que nos nacionais, se assim for possível. São as provas mais importantes deste ano e, claro, Ambiciono uma medalha, ainda que seja sonhar muito, mas não faz mal ter esse objectivo. Também já tenho mínimos para o Mundial no Dubai, e caso Portugal participe, quero ficar bem classificada. A longo prazo, quero conseguir os mínimos para os Jogos Olímpicos do Rio e gostava de não ser mais uma, mas sim fazer alguma coisa notável. AS – Os meus, a médio prazo é ficar entre os 16 melhores nos 400m estilos no Campeonato do Mundo, em Barcelona, para onde atingi os mínimos há cerca de três semanas em Pontevedra. A longo prazo, mais precisamente para daqui a três anos, espero conseguir os mínimos para participar nos Jogos Olímpicos e, mais do que participar, tentar trazer um bom resultado para Portugal. Leia a entrevista na íntegra na edição desta semana do jornal ‘Sporting’ ou aqui.