A temporada 2022/2023 chegou ao fim para o futebol feminino do Sporting Clube de Portugal, mas nem por isso a bola deixou de rolar. Antes do início do período de férias, a Academia Cristiano Ronaldo foi palco da finalíssima da primeira edição da Liga Interna, torneio disputado nos últimos cinco meses pelas 80 jogadoras que integram a formação verde e branca.

 

Organizada em conjunto com o Main Sponsor do futebol feminino, a AE Economics, a prova juntou os escalões entre as sub-13 e a equipa B, misturados em seis equipas constituídas por jogadoras de diferentes faixas etárias, tendo como objectivo que todas as participantes e os treinadores se conhecessem melhor entre si e contribuíssem para o processo formativo de cada um.  

 

De referir que os técnicos principais assumiram a função de árbitros, enquanto os treinadores-adjuntos, estagiários e de guarda-redes formaram a equipa técnica de cada grupo. Desta forma, foram submetidos ao desafio de desenvolver as capacidades de liderança e gestão de conflitos, além de terem tido ainda a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre cada jogadora. 

 

 

“Desde Janeiro até Maio, as jogadoras competiram entre si num torneio que culmina com esta sexta jornada, a finalíssima. Escolhemos a Academia para o fecho desta iniciativa pois é o espaço privilegiado pela equipa A, ainda que a formação esteja na cidade de Lisboa. É óptimo podermos fazer a finalíssima num espaço que é de todos e também pertence a estas jogadoras”, começou por dizer à Sporting TV Beatriz Teixeira, coordenadora-técnica do futebol de formação feminino, sublinhando a forma como este tipo de iniciativas enriquecem o processo formativo das atletas.

 

“Tudo isto permite que as jogadoras mais velhas orientem as mais novas e lhes transmitam os valores e princípios do Clube, ajudando-as a crescer. Além disso, e até porque apostamos cada vez mais na formação e temos muitas jogadoras de qualidade a aparecer, as mais novas vêm enriquecer as equipas e encontramos aqui um equilíbrio mútuo. Todas ganham com isto”, frisou, antes de relembrar que o “objectivo” final passa por colocar jovens no plantel principal Leonino.

 

“Com esta Liga queríamos promover um momento competitivo interno para que as jogadoras, mesmo tendo menos oportunidades para jogar durante a época, tivessem um espaço que lhes dá minutos para poderem mostrar-se. Isto para que no futuro possam chegar à equipa principal”.

Também Isabel Cardoso, defesa da equipa B Leonina, falou em meses de “muita aprendizagem”.

 

“Este torneio era algo que fazia falta ao Sporting CP, foi uma boa iniciativa e fico feliz por termos tido mais este momento competitivo”, referiu a jogadora de 18 anos. “A prova foi feita para que as jogadoras da minha idade pudessem conhecer outras atletas ainda com 10, 11 e 12 anos, e a verdade é que as mais novas são muito talentosas”, revelou, destacando a troca de experiências.

 

“Gostei muito de partilhar com as mais novas tudo o que fui aprendendo desde que tinha 14 anos e jogava na equipa B. Na altura aprendi muito com as mais velhas e gosto de passar isso. Elas aprendem muito connosco, mas nós também aprendemos com elas. Têm muita garra e nunca dão uma bola por perdida”, explicou, elogiando também a evolução do futebol feminino.

 

“Há coisas que temos agora com as quais nem sonhava quando aqui cheguei. Quando vim para o Clube, o escalão mais baixo era sub-13 e agora temos sub-11. Vêem-se aqui talentos incríveis”.

 

No final do dia, foram ainda distribuídos os prémios relativos a esta competição. Maria da Cunha foi considerada a jogadora revelação, Iara Gonçalves a melhor jogadora, Nádia Bravo a melhor marcadora, Leonor Serralheiro a melhor guarda-redes e Filipe Silva e Miguel Jesus os treinadores revelação. Já o prémio de fair-play, foi entregue à equipa denominada ‘Nova Geração Leonina’.