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Maior do que os Maiores da Europa

Por Juvenal Carvalho
07 maio, 2021

(...) Um feito completamente fantástico, que deu ao futsal o seu segundo título de campeão europeu de clubes, e ao Clube o trigésimo oitavo em competições europeias

3 de Maio de 2021. O relógio apontava para as 21 horas quando soou o apito final e a cidade croata de Zadar era o palco de mais um feito épico, depois de mais um jogo memorável ante o colosso FC Barcelona, sendo que também o Sporting Clube de Portugal é um colosso de expressão única e simplesmente arrebatadora. Um feito completamente fantástico, que deu ao futsal o seu segundo título de campeão europeu de clubes, e ao Clube o trigésimo oitavo em competições europeias em sete modalidades diferentes – futebol, futsal, andebol, atletismo, judo, hóquei em patins e goalball –, facto que fazem do nosso grande amor um clube diferenciado dos demais, e de uma dimensão ímpar, não só no plano nacional, mas também internacional.

Não vou falar do jogo. Já foi tudo dito sobre a qualidade exibicional, não só na final, mas já antes nos quartos‑de‑final ante os russos do MFK KPRF e nas meias‑finais frente aos espanhóis do Inter FS. Fomos simplesmente transcendentais. Qual muralha de aço feita de querer, de talento, de vontade indómita.

Vou falar sim do pós‑jogo, onde me detive, bem como milhares de Sportinguistas, a ver a Sporting TV, ainda a tremer de emoção e a trocar mensagens e telefonemas com amigos Leões. Do grito de guerra de João Matos, perguntando aos colegas se queriam ser heróis – e foram –, à conferência de imprensa épica do professor Nuno Dias, sempre arrebatador dentro e fora da quadra, da genuinidade e de tanto Sportinguismo com que desde os jovens aos menos jovens, de lágrima no canto do olho, mas a transbordar de alegria, tudo isto foi contagiante, inolvidável, indescritível.

Se já estava em êxtase com a conquista, mais emocionado fiquei ainda, juntando‑me à festa dos nossos Leões. Como se estivesse entre eles. Pensando no universo Sportinguista. Das selfies aos cânticos como adeptos, das brincadeiras genuínas de um grupo que é literalmente um todo feito de trabalho.

Do timoneiro Nuno Dias aos jogadores, passando pelos dirigentes da secção, pelos adjuntos, pelos técnicos de equipamentos e pelo corpo clínico, e acabando na direcção, que tem somado êxitos internacionais nas modalidades, neste caso o nono, foram todos heróis e marcaram mais uma página da nossa história escrita a letras de ouro.

Decididamente #OndeVaiUmVãoTodos. E nesse todos quero dedicar este êxito especialmente a alguém que já não está entre nós. Falo de Melo Bandeira, o “pai” de tudo isto, quando a modalidade começava a dar os primeiros passos no Clube. Onde estiver, estará feliz com o feito destes Leões. Como ele merecia viver isto.

Termino com a convicção com que fiz o título desta coluna de opinião: Somos enormes: “Maior do que os Maiores da Europa”