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Glória na quadra

Por Pedro Almeida Cabral
26 maio, 2022

Não há palavras para o futsal do Sporting Clube de Portugal. Mesmo o mais eloquente Sócio ou adepto Sportinguista fica mudo perante números tão avassaladores da maior potência nacional do futsal. Ao todo, são 41 títulos europeus e nacionais, incluindo duas UEFA Futsal Champions League, 16 Campeonatos, nove Taças de Portugal, dez Supertaças e quatro Taças da Liga. São mais de 30 anos a dar títulos e alegrias a Sócios e adeptos. No que à Taça de Portugal diz respeito, a última, conquistada no fim-de-semana passado, tem um significado especial. Foi a nossa nona e valeu a distância de dois troféus a mais face ao SL Benfica, que tem sete e não conseguiu apanhar-nos. Mais do que isso:  foi a quarta Taça de Portugal seguida, o que nunca havia sido alcançado. Prosseguimos numa senda vitoriosa que já dura desde 2018 (em 2021 a Taça de Portugal não se realizou). E não devemos esquecer que nesse ano tínhamos somente cinco Taças, menos duas que o rival. Depois desta ultrapassagem dos últimos anos, somos o Clube que segue à frente no número de títulos conquistados em todas as provas nacionais. Destaque para o campeonato, em que temos o dobro dos títulos do SL Benfica. Cada vez que entramos na quadra, tudo fazemos para ganhar, com esforço, dedicação e devoção. A glória está à vista.

E que vitória foi a desta Taça de Portugal! Num jogo intenso e disputado no limite, houve de tudo e para todos os gostos. Golos espectaculares, reviravoltas no marcador e emoção quanto baste. Levou a Taça quem mais jogou e melhor explorou as falhas do adversário. Entrámos de olhos na baliza do nosso conhecido André Sousa. Tomás Paçó logo desenhou um golo de autor: interceptou a bola a Robinho, passou a Merlim, recebeu e rematou colocado, sem defesa possível. O segundo golo veio naturalmente, com Erick a desviar subtilmente um remate de Merlim. A resposta “encarnada” foi vigorosa: três golos seguidos e reviravolta no marcador. Só que o Sporting Clube de Portugal nunca se dá por vencido. E quem joga contra nós nunca pode dar-se por vencedor. Esteban empatou o jogo em oportuno desvio de remate de Merlim. O golo final, o 4-3 da vitória, só podia ser do nosso fixo Tomás Paçó, entrado ao segundo poste, cortesia na assistência do inevitável Merlim. Depois, foi só segurar a Taça resistindo ao 5x4 benfiquista, com paciência e rigor táctico. Uma Taça de Portugal inesquecível que entra para a longa galeria de confrontos perante o SL Benfica em que se jogou futsal de nível mundial. Segue-se o Campeonato Nacional, a última prova que falta disputar nesta época. Mas que eu sei que vamos lutar para vencer como se fosse o primeiro título a conquistar. Porque para o futsal do Sporting CP só interessam os títulos que faltam ganhar, não os que já ganhámos.