Em frente
15 Dez, 2022
O Sporting Clube de Portugal passou com distinção a fase de grupos da Taça da Liga. Numa altura em que havia quem questionasse o empenho da equipa, esta respondeu de forma esclarecedora. Foram três vitórias em três jogos, com 13 golos marcados e zero golos sofridos. Os adversários não eram acessíveis e não se creia que facilitaram. O Rio Ave FC segue tranquilo na tabela classificativa da Primeira Liga e o SC Farense está bem colocado para regressar ao escalão principal do futebol português. Somente o CS Marítimo aparenta estar mais frágil, seguindo nos últimos lugares da Primeira Liga. Porém, o mais relevante é que nestes três jogos foram visíveis novos entrosamentos, começou a revelar-se um jovem que muito promete acrescentar ao nosso meio-campo e parece em curso uma bem-sucedida recuperação de um jogador que não tem tido boa fortuna. Por partes.
Paulinho está em crescendo. Mais solto, mais livre e mais leve, o avançado atravessa um bom momento de forma. Os três golos marcados contra o CS Marítimo ainda na primeira parte poderiam ser apenas golos. Mas foram um pouco mais do que isso. Surgiram nos três primeiros remates de Paulinho e resultaram de desmarcações inteligentes. É este confiante Paulinho que irá marcar decisivamente o que resta da época, estou certo. No mesmo desafio, Mateus Fernandes, que foi titular, justificou as palavras elogiosas que Rúben Amorim tem utilizado a seu respeito. Posicionou-se no meio-campo Leonino com maturidade e acerto. Não fugiu do jogo e ainda teve um grande passe para o quarto golo, apontado por Porro. A crescer assim, em breve será mais vezes titular. Por fim, uma palavra para Jovane Cabral. Fustigado por lesões e por algumas incertezas que rodeiam o seu percurso, jogou de início com a sua força habitual, embora num papel um pouco diferente, construindo (com sucesso) mais do que rematando. Com esta presença em campo, é uma mais-valia importante para o nosso 11. Seguem-se os quartos de final da competição, contra o SC Braga, na próxima segunda-feira. Todos seremos poucos para apoiar a equipa no nosso Estádio e seguirmos em frente!
PS: Não podia deixar de assinalar o recente falecimento de um dos nomes maiores do basquetebol Leonino, Hermínio Barreto. Mais do que o jogador, que contou e muito para a conquista do título de campeão nacional de basquetebol do Sporting CP de 1959/60, foi também um técnico decisivo na construção das equipas Sportinguistas que dominaram o basquetebol nacional no final dos anos 70 e início dos anos 80 do século passado. Reconhecido como estudioso da modalidade, foi igualmente um Sportinguista dedicado e devoto a quem muito devemos.