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Cavinato, para sempre um de nós!

Por Juvenal Carvalho
28 Set, 2023

Escrevi no título da minha anterior coluna de opinião, que o Sporting CP vive um momento de 'perfeita comunhão'. Passou uma semana e essa realidade continua a ser clara e notória. A deslocação que se previa difícil, até por todo o historial passado naquele país, mas que acabou vitoriosa da equipa de futebol à Áustria, frente ao Sturm Graz, para a UEFA Europa League, aliada à vitória ante o Rio Ave FC em Alvalade, consubstancia um momento muito bom, que todos queremos que seja de continuidade. O jogo a jogo − o próximo é já no sábado em Faro − tem que continuar a ser o mote. A nossa presença massiva no apoio terá que continuar. Pode até parecer repetitivo falar aqui constantemente na tal onda verde. Mas ela existe e terá que ser às cavalitas dessa onda que os rapazes de verde e branco, do futebol às modalidades, se sentirão confortáveis e respaldados na sua zona de conforto. Ancorados num imenso rugido do Leão. Um rugido que tem que ter continuidade.

E por falar em rugido, ele aconteceu na manhã do passado domingo, com a cidade de Viana do Castelo como palco. E foi um rugido feito de conquista, por parte de uma modalidade que tantas e tantas conquistas nos tem dado. As vitórias masculina e feminina, e ainda o título individual de Hélio Gomes no Campeonato Nacional de Estrada, culminou uma época de sucesso do nosso atletismo. Agora é trabalhar a próxima época. O caminho faz-se caminhando, e nesta modalidade não tem limites, diz a história. Também vitorioso foi o fim-de-semana para as modalidades de pavilhão, com as vitórias do andebol, do basquetebol e do futsal, e com boas indicações do voleibol, tanto no masculino como no feminino, na disputa da Taça Ibérica. Para sábado está previsto o arranque do hóquei em patins. Não é exagero algum dizer que o Sporting CP está extraordinariamente competitivo em todas as modalidades. Acreditar em êxitos é perfeitamente possível.    

Para o fim, porque nem tudo é feito só de conquistas e de momentos bons, fica um momento que não quereria nunca escrever neste espaço. Mas porque ele não merece apenas uma pequena nota de rodapé, mas tem sim uma História que não se apagará jamais de todos os que comungam desta imensa paixão pelo nosso Clube, não podia deixar passar estas linhas sem me despedir e agradecer a quem nos fez tão feliz e tanto nos marcou. 

Falo obviamente de Diego Cavinato. Na passada semana caiu que nem uma bomba no universo Leonino, e não só, a rescisão por mútuo acordo, por ter caído nas malhas do doping. Tantos troféus nacionais e internacionais depois, eis que no melhor pano caiu a nódoa. 

Chamou a ele o erro, como só os grandes o fazem dentro e fora das quadras.

Revelador de um ser humano que aos 38 anos, e com a carreira a caminhar para o fim, merecia uma saída apoteótica de Alvalade. Não aconteceu, o destino assim não o quis. Uma certeza, porém, Diego Cavinato será sempre, e para sempre, um de nós. Agora, tem uma vida pela frente. Para ser feliz com a sua família e amigos, como foi nos anos que andou de Leão ao peito e aprendeu a amar o nosso Sporting CP. Obrigado, Cavi. Obrigado por tudo durante estes oito anos fantásticos. 

Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.