Promessa do judo ‘leonino’!
Por sporting
05 Jun, 2012
05 Jun, 2012
O Sporting e o judo apareceram-lhe vida há dois anos, sensivelmente, através do projecto «Desperta no Desporto».
Elsa Mendes tem 15 anos, nasceu na Guiné e veio para Portugal apenas com um ano de vida. O Sporting e o judo apareceram-lhe vida há dois anos, sensivelmente, através do projecto «Desperta no Desporto». Pedro Soares reconheceu potencialidades a Elsa Mendes e proporcionou-lhe condições para praticar judo no Sporting. O mestre não estava errado e prova disso são já dois títulos nacionais e uma medalham de bronze na Taça da Europa. SPORTING – Como é que começou a praticar judo? ELSA MENDES – Há dois anos, através de uma actividade da escola, comecei a vir treinar ao Sporting uma vez por semana. Os treinos eram às quartas-feiras e o mestre Pedro Soares viu que eu tinha qualidade e que se continuasse a praticar judo, poderia obter bons resultados. Passei a vir treinar às terças e quintas-feiras e logo na primeira competição em que participei – campeonato nacional de cadetes – fiquei em primeiro lugar e sagrei-me campeã, em 2011. Este ano, também já conquistei o título nacional e a medalha de bronze na Taça da Europa, em Coimbra. Começou a praticar judo devido a uma parceria que o Sporting tinha com o Governo Civil de Lisboa. O Sporting fez a diferença na sua vida? Sim. Não era adepta do Sporting, mas a partir do momento em que comecei a vir treinar e a conhecer melhor o Clube, a sua história e a sua realidade, passei a gostar do Sporting. O Sporting deu-me oportunidade de praticar judo, algo que não faria se não tivesse havido a parceria entre o Clube e o Governo Civil de Lisboa. A Elsa começou logo a gostar de judo, ou foi sendo aos poucos? Confesso que, quando comecei, não gostava muito de praticar judo e o gosto pela prática da modalidade foi surgindo aos poucos e à medida que ia treinando. No início, faltava muito, mas depois comecei a ouvir os conselhos do mestre, percebi que a prática do judo ia ser boa para mim e estou a gostar. ‘O Sporting é uma escola de judo e de vida’ O que sente quando pratica judo? Fico contente, porque é uma actividade que gosto de praticar. Por outro lado, sinto que através da prática do desporto, concretamente do judo, posso ter uma vida diferente. Gostava de ser médica, mas, se não conseguir, quero ser judoca. Embora saiba que, com esforço e dedicação, posso conciliar o judo com o curso superior de medicina. Há vários exemplos de sucesso na conciliação da carreira académica e desportiva. Como se motiva para treinar? Treino quatro dias por semana, perto de duas horas por dia. Gosto do que faço, divirto-me muito com os meus companheiros de equipa, o mestre brinca connosco e isso ajuda a motivar-me. O ambiente é muito bom, damo-nos todos muito bem, somos como uma família e isso também me motivou muito no início. No Sporting, sinto-me acarinhada. Que ensinamentos é que tem tido? O Sporting é uma escola de judo e de vida. No Sporting, tenho exemplos a seguir. O que sentiu com a conquista da medalha de bronze na Taça da Europa? Fiquei muito feliz, até porque foi o meu primeiro título europeu. O objectivo passava pela conquista da medalha de ouro, mas não consegui. Mas ficar em terceiro, na primeira competição europeia que disputei, foi bom. O ter participado na Taça da Europa foi uma experiência diferente e na qual aprendi que tenho de treinar mais se quero alcançar determinados objectivos. Não posso treinar só quando me apetece, tenho de me dedicar mais. O que sente por representar o Sporting? Sinto-me bem e é um orgulho, porque se não fosse o Sporting, não praticaria judo. Como judoca, qual é o seu grande objectivo? Participar nuns Jogos Olímpicos. Gostava de alcançá-lo daqui a quatro anos, mas para isso preciso de me empenhar nos treinos e no trabalho que desenvolvo. Texto: ANDREIA ALEXANDRE Foto: CÉSAR SANTOS