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Pela verdade e decência

Por Jornal Sporting
17 Nov, 2016

Editorial do Director do Jornal Sporting da edição de 17 de Novembro

O Presidente Bruno de Carvalho bem avisou na sua intervenção no decorrer do XXXVI Jantar dos Rugidos do Leão sobre informação que lhe chegara de que iríamos assistir até Março a uma campanha de ataques pessoais e de carácter sem limites à sua pessoa e ao nosso Clube. Não foi necessário esperar. Logo no dia seguinte, um diário abria com manchete requentada (não lhe podemos chamar notícia) sobre o Presidente. Ao jeito sensacionalista insinuava grande “cacha”, mas no seu interior percebia-se que nada de novo se passava. O grave de tudo isto é que a iliteracia sobre os media é muito grande e muitos ficam-se pelas parangonas, não se apercebendo do malabarismo com que são ludibriados. 

O argumento muitas das vezes utilizado pelos autores de tais práticas é que os títulos correspondem a factos. Por vezes, tal é verdade, como se passa na história da manipulação que se contava a propósito da guerra fria, relativamente a uma corrida entre a União Soviética e os Estados Unidos da América. Nessa disputa que contava apenas com aquelas duas potências, a equipa dos Estados Unidos ganhou. Na imprensa americana, os jornais abriram a primeira página com a seguinte manchete: “Estrondosa vitória Americana, URSS em último lugar”. Em simultâneo, o acontecimento também era notícia na URSS e com igual destaque na imprensa só que com outro título: “URSS sagra-se vice-campeã, Estados Unidos em humilhante penúltimo lugar”. E é com este tipo de factos que nos deparamos diariamente, alguns, infelizmente, bem mais graves do que estes. 

Na passada semana, neste espaço, fomos também premonitórios quanto aos “papagaios e ventrículos” e respectiva “cartilha”. As imagens reveladas pela SIC, sobre os acontecimentos do túnel de Alvalade comprovaram a versão do nosso Clube e demonstram o calibre do presidente e do director desportivo do Arouca, bem como a estirpe de alguns comentadores. Os dirigentes do Arouca, como todos puderam assistir, insultaram e tentaram agredir o nosso Presidente, tendo mesmo conseguido consumar a agressão a um segurança. As imagens são inequívocas para gente de bem, para os outros, nem vale a pena perder tempo.

Como a “teoria da espera” do Arouca foi desmontada liminarmente pela força indesmentível das imagens, a máquina de propaganda anti-Sporting e de cor bem identificável, atacou de pronto com nova tese. Forjaram que o Presidente Bruno de Carvalho teria cuspido no presidente do Arouca, o que teria provocado a ira daquela personagem. Quem quiser ver as imagens com cuidado e definição não tem qualquer dúvida que se trata apenas de vapor de quem acabara de inspirar ar do cigarro electrónico e que naturalmente o teve que expelir. Mas aquela invenção tão mal amanhada “activou” o Arouca que aproveitou o artificialismo e oportunidade, para em desespero emitirem um comunicado a corroborar aquele acto. Mas alguém de bom senso, acredita que se aquele gesto tivesse acontecido não teria sido denunciado na hora pelo filho do presidente do Arouca? Estaria ele na lamentável conferência de imprensa tão sereno? Será que é um facto tão banal que só passado mais de uma semana é que se recordam dele? 

Estas situações só qualificam o tipo de gente que são, a máquina de propaganda que têm por aliada e seus mentores, pois tudo isto não passa mais do que uma «Crónica de “escarro” e mal dizer».

No entanto, temos que reconhecer a eficácia da terrífica máquina da propaganda que conseguiu que em vez da verdade e do comportamento condenável dos dirigentes do Arouca se debata uma mentira por si inventada, lançando a dúvida. Pelo perigo que encerra, há que alertar para o carácter pernicioso destas condutas, pela falta de princípios e valores, pelo ódio que emanam e pelo risco de ondas de violência que podem gerar. Senhores directores de programas, de informação, editores…, isto é muito grave e ninguém pode fugir à responsabilidade, não pode valer tudo! O desporto e o futebol, em particular, movem muitas emoções, irracionalidade e disso têm consciência. A luta pelas audiências e pelas vendas não podem justificar tudo, pelo que a promoção de um clima de guerrilha que potenciam pode favorecer situações com desfecho inimagináveis. Estamos certos que todos rejeitam liminarmente esses cenários mas há que tomar medidas em concreto que as evitem, em tempo útil e quanto a isso a bola não está do nosso lado.

Boa leitura!