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Foto José Lorvão

Três pontos seguem dos Açores para Alvalade

Por Sporting CP
08 Out, 2022

Golos de Hidemasa Morita e Nuno Santos resolveram partida exigente

Num Estádio de São Miguel sempre rodeado de vegetação, não fosse a ilha que lhe dá o nome conhecida como a ‘Ilha Verde’ dos Açores, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e bateu, no início de tarde deste sábado, o CD Santa Clara por 1-2 na nona jornada da Liga Portugal.

Houve muita chuva, sol a espaços e, debaixo do clima sempre instável e imprevisível de Ponta Delgada, os Leões conseguiram levar para casa os três pontos. Hidemasa Morita marcou à sua ex-equipa ainda na primeira parte e, depois, numa etapa bem mais exigente, a turma de Alvalade segurou – com Adán a brilhar - aquela que foi a segunda vitória consecutiva na Liga, garantida com um golo perto do fim de Nuno Santos, para continuar a subir na classificação. Só depois chegou o golo açoriano, de forma insuficiente, no período de descontos.

Para enfrentar o, à entrada para esta jornada, 16.º classificado da Liga, o treinador Rúben Amorim promoveu duas alterações relativamente ao onze apresentado em Marselha: Paulinho e o capitão Sebastián Coates - regresso após lesão - foram titulares, enquanto Gonçalo Inácio e Francisco Trincão começaram no banco de suplentes. Do lado Leonino, as ausências de Pedro Porro, Luís Neto e Daniel Bragança já eram conhecidas.

Feridos neste arranque de época, os açorianos não venciam há três jornadas, quando conseguiram o único triunfo na Liga até à data e eram, juntamente a CS Marítimo e FC Famalicão, o ataque menos concretizador da prova, com cinco golos marcados. No entanto, o desaire Leonino na época passada neste Estádio de São Miguel servia de claro aviso.

Dado o apito inicial, enquanto ainda continuavam a entrar muitos adeptos para as bancadas, os dois conjuntos foram repartindo a posse de bola, com os Leões a tentarem empurrar o CD Santa Clara para o seu meio-campo defensivo. A primeira investida chegaria num rápido contra-ataque do Sporting CP conduzido por Nuno Santos, embora sem a definição adequada, contudo os primeiros 20 minutos ficaram marcados pela pouca acção perto das duas balizas.

Já depois de o árbitro Artur Soares Dias ter revertido a sua decisão, após analisar as imagens, num pontapé de penálti inicialmente assinalado sobre Nuno Santos, a turma de Alvalade foi-se fazendo com as rédeas do jogo, tentando encontrar os espaços nas numerosas e compactas linhas do CD Santa Clara. Chovia copiosamente quando Hidemasa Morita viu dois remates promissores serem-lhe bloqueados dentro da área.

Ora, não foi à primeira nem há segunda, mas sim à terceira que o médio japonês marcou e adiantou os Leões no marcador à passagem da meia hora e frente à sua ex-equipa. Depois de um serpenteante lance individual de Edwards, defendido por Gabriel Batista, Morita voltou a chegar à área na hora e espaço certos, tal como na última jornada, para cabecear para o fundo das redes na recarga. E muitos adeptos não chegaram a ver o 0-1, pois só depois da meia-hora é que já não havia fila para entrar na bancada visitante do estádio – cada vez mais preenchida, sobretudo de verde e branco.

Paciente, o Sporting CP continuou a ter mais bola, a procurar o segundo e sairia na liderança do marcador para o intervalo, mas não sem antes levar um susto na única aproximação ofensiva da formação de Mário Silva: num cruzamento para o segundo poste, Gabriel Silva surgiu de rompante, mas atirou ao lado.

Por sua vez, cada vez que os Leões aceleravam punham os locais em sentido. Numa dessas situações, nascida a partir de uma excelente arrancada de St. Juste, Edwards não conseguiu rematar nas melhores condições e o 0-1 seguiu para o segundo tempo.

Com sol que a segunda parte trouxe, chegou também um CD Santa Clara mais atrevido e que testou Antonio Adán, por Pedro Bicalho, logo no reatamento. Pouco depois, Amorim trocou St. Juste por Gonçalo Inácio. Já à passagem dos 55 minutos, Edwards voltou a protagonizar mais um imparável lance individual da direita para dentro, mas falhou na finalização, já no interior da área, atirando ao lado.

O conjunto açoriano começou a discutir mais a posse de bola, bem como a somar aproximações perigosas, que a defesa Leonina foi conseguindo resolver. No ataque verde e branco faltava melhor definição nas transições e Amorim voltou a mexer, lançando Trincão para o lugar de Paulinho e, mais tarde, à entrada para os derradeiros 15 minutos, Sotiris Alexandropoulos e Rochinha renderam Morita – muito aplaudido pelas bancadas – e o extremo Edwards.

De longe, Ricardinho tentou a sua sorte, mas Adán voou para impedir o empate. Lutava-se cada vez mais com o aproximar do apito final e o CD Santa Clara não deitou a toalha ao chão, somando as melhores situações de golo nesta fase. Já aos 83 minutos, Bruno Almeida rematou forte e colocado, porém só uma enorme defesa de Adán evitou o pior.

Foi a vez de os Leões susterem o ascendente açoriano, tentando também a sua sorte nas transições, e assim foi. Na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou para fora da área, onde Nuno Santos encheu o pé para fazer o 0-2 e garantir uns suados três pontos, embora já em período de compensação Tagawa tenha reduzido, de forma insuficiente, para o CD Santa Clara.

Atingidos, assim, os 16 pontos na Liga Portugal, para os Leões de Rúben Amorim segue-se o regresso à UEFA Champions League, iniciando a segunda volta do grupo D com a recepção ao Olympique Marseille, esta quarta-feira, às 20h00.

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Ricardo Esgaio, Jeremiah St. Juste (Gonçalo Inácio 51’), Sebastián Coates [C], Matheus Reis, Nuno Santos, Manuel Ugarte, Hidemasa Morita (Sotiris Alexandropoulos 73’), Marcus Edwards (Rochinha 73’), Pedro Gonçalves e Paulinho (Francisco Trincão 65’).