Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

“Não houve facto concreto para nenhum caso nem desclassificação”

Por Jornal Sporting
07 Mar, 2016

Carlos Silva comenta polémica com Benfica em relação ao pedido de desclassificação de atleta ‘leonino’

Carlos Silva, o responsável do atletismo do Sporting CP, esclareceu, na sequência das declarações e protesto do Benfica referentes à prova dos 1,500 metros no Campeonato Nacional de Clubes em pista coberta, que a situação é injustificada e que não tem razão de existir.

“Vimos as imagens e o que aconteceu foi que, na fase crucial de uma prova normal e disputada, se vê um atleta, do Benfica, que abranda o ritmo quando há um ataque em termos de velocidade, do atleta do Sporting, relativamente à ponta final. A determinada altura vê-se o atleta do Benfica a sair da pista deliberadamente por duas vezes”, afirma Carlos Silva, dizendo também que “se houvesse um empurrão ou uma obstrucção, teria havido uma alteração do percurso de corrida do nosso atleta, que não existiu. Não havia facto concreto para nenhum caso, quanto mais para levar a uma desclassificação”.

No Campeonato Nacional, que decorreu em Pombal, a equipa do Benfica pediu a desclassificação do atleta ‘leonino’, e o pedido foi mesmo aceite. Na sequência, o Sporting CP apelou ao júri de apelo – o júri máximo -, que reverteu a decisão e deu razão ao Clube ‘verde e branco’. O responsável do atletismo dos ‘leões’ diz que até membros do clube das águias entendiam não haver razões para a desclassificação: “Falámos com algumas pessoas experientes, incluindo o Rui Silva e alguns treinadores do Sporting como até do Benfica, e eles próprios também afirmaram e consideraram que esta situação [a queixa] só aconteceu por se tratar de um Campeonato de Clubes, e que noutro qualquer contexto não iria acontecer. Os contactos são circunstâncias que acontecem muitas vezes neste tipo de corridas”, finalizou.

Quando questionado, então, sobre o porquê do pedido de desclassificação, a resposta foi clara: “A desclassificação custar-nos-ia oito pontos e colocar-nos-ia logo fora de qualquer pretensão pelo título. É evidente que nós, no género masculino, depois de nos últimos anos perdermos alguma competitividade, vencemos seis provas individuais e o Benfica venceu oito. Houve praticamente uma divisão de vitórias. No género feminino, só não vencemos três, das quais uma foi conquistada pelo Benfica. O que lamentamos é que com estas declarações se coloque em causa o valor das outras equipas, quaisquer que sejam”, explicou o técnico ‘verde e branco’.

Na sequência da polémica, Ana Oliveira, a coordenadora do atletismo do Benfica, afirmou que, “se o atleta do Sporting não foi desclassificado, então o nosso estava alcoolizado, ao sair da pista durante alguns metros”. Em resposta, Carlos Silva estranha e lamenta a postura adoptada pela equipa rival. “Declaro alguma estranheza em relação à responsável do Benfica que coloca em causa o estado do próprio atleta quando entra em prova. Que se reduza um campeonato e tente manipular ou justificar o que quer que seja com este tipo de declarações. Lamentamos também que a Federação, que faz um esforço enorme e organiza de forma muito envolvente e empenhada o Campeonato, seja atingida e colocada de forma tão simplista em causa. Nós estamos cada vez mais próximos do Benfica [no género masculino] e parece que isso está a colocar alguns nervos exagerados nos dirigentes do Benfica que sistematicamente têm uma postura ofensiva para com os princípios e condutas das provas. O nosso campo de actuação não é este”.