Alexis e a prova dos quatro que começa em Israel
02 Dez, 2015
Campeonato da Europa de Piscina Curta arranca hoje em Netanya
“Porque fiquei no Sporting? Então, em primeiro lugar porque é o meu Clube do coração, no futebol e nas outras modalidades. Depois porque fiz aqui toda a minha formação e estive na criação da grande equipa que temos neste momento. Depois de tudo o que construímos, seria difícil ver-me num outro sítio, não era?”, confessa Alexis. Interessados no nadador não faltaram, mas a simbiose da razão com a emoção desequilibrou a balança por completo para Alvalade naquele que será “um dos anos mais importantes da carreira”. “Estou com 24 anos, mantinha essa vontade enorme de um dia chegar aos Jogos e em 2016 terei esse culminar de muitos anos de bom trabalho. Sei que tenho meses de muita exigência pela frente, mas estou preparado para dar tudo e colocar em prática o que temos vindo a desenvolver”, destaca numa espécie de antevisão ao Campeonato da Europa de Piscina Curta que se realiza a partir de hoje em Israel.
“Para este primeiro pico de forma tenho dois objectivos muito claros: lutar pelas finais e melhorar os meus recordes pessoais. Se for possível chegar perto dos máximos nacionais, melhor ainda”, confessa o atleta ‘verde e branco’, que irá competir em 100m e 200m estilos e 50m costas. “Sinto-me muito bem nesta fase da época, como se viu no Campeonato de Clubes de França. Por azar, na última semana tive uma pequena recaída no ombro e quase não treinei, mas agora já tenho trabalhado de forma normal”, explica, acrescentando: “Não tenho pensado muito nos Jogos. Ou melhor, tento pensar o menos possível nesta altura, apesar de estarem sempre presentes. A seguir a estes Europeus de Piscina Curta ainda tenho outras competições importantes, como o Campeonato Nacional de Clubes – que este ano será ainda mais renhido –, os Europeus de Piscina Longa e um ‘test event’ antes dos Jogos”.
Uma coisa é certa: apesar dos receios de algumas comitivas nacionais em termos de segurança nos Europeus de Israel, Alexis aborda o assunto por outras razões. “Era pior se em vez de Netanya fosse em Paris, em Roma ou outras cidades que se falam. Sempre que fui a Israel senti-me muito seguro e levam sempre imensos seguranças com armas para protegerem as equipas. Por aí não haverá problemas”, salienta antes de recordar também os atentados de Paris: “Tinha lá estado uma semana antes, no Campeonato de Clubes, passou-me logo isso pela cabeça... Enviei mensagens ao treinador e aos meus companheiros do Stade Français O. Courbevoie, com eles e com as suas famílias não aconteceu nada”.
Por fim, Alexis deixou uma palavra para João Vital, o outro jovem ‘leão’ que estará nos Europeus: “Tento ajudar e incutir a mentalidade certa tal como fizeram comigo. Estando no meu Clube, ainda vou ajudar mais!”.