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Viagem ao mundo do rugby 'leonino'

Por sporting
20 Jan, 2013

Época de regresso da modalidade ao nosso Clube está a decorrer de acordo com as altas expectativas.

18h45, Estádio Universitário de Lisboa. Está uma temperatura gélida neste início de noite de Janeiro, obrigando ao uso de casacos bem quentes. Indiferentes à temperatura, os jovens jogadores da equipa de rugby do Sporting vão chegando, a maioria envergando apenas calções e t-shirts, isto apesar do treino estar marcado para apenas um quarto-de-hora depois. À hora aprazada para o início da sessão, são já mais de 20 os atletas «leoninos» que seguem as instruções dos treinadores Carlos Castro e Laurent Mourie. E mais alguns vão chegando a conta-gotas, enquanto a sessão decorre. Isto porque não nos podemos esquecer que estamos a falar de atletas amadores, que têm os seus empregos ou cursos universitários… Carlos Castro, o treinador principal da nossa equipa, elogia o empenho dos seus jogadores, neste regresso da modalidade ao nosso Clube, 48 anos depois. “Têm trabalhado muito bem. A maioria deles é muito jovem e com pouca ou nenhuma experiência no rugby, apoiando-se na maturidade de jogadores como o Manuel Assis Teixeira, o Alexandre Costa, o Noe Fraquito ou o Diogo van den Toorn”, salienta. O técnico «leonino» dá um exemplo concreto de alguém cuja evolução tem sido notória. “Posso falar no João Gonçalves, um jogador da Segunda Linha que tem 1,96 metros. Quando aqui chegou, nunca tinha jogado rugby e apresentava uma má postura, inclinando-se muito para baixo. Por outro lado, nem queria ter a bola. Agora, é dos primeiros a pedi-la e quer ser um dos protagonistas, para além de ter corrigido a sua postura”, elogia, não deixando de destacar “a ajuda na vertente física que tem sido dada por Herédio Costa [ex-atleta do Sporting]”. A carreira da nossa equipa, cujos jogos em casa são realizados no Estádio Universitário de Lisboa, tem surpreendido pela positiva. Na zona de apuramento Lisboa/Sul do Campeonato Nacional da II Divisão, apresenta o registo de quatro vitórias, um empate e duas derrotas. O objectivo continua a ser alcançar um lugar na próxima fase e para isso será preciso alcançar um dos dois primeiros lugares. Confiança não falta a Carlos Castro. “Não só acredito que iremos passar, como também acho que vamos ser campeões!”, atira. No entanto, o técnico “leonino”, que antes de ingressar no nosso Clube orientava a equipa de sub-21 do Direito, alerta para “o peso da responsabilidade que é envergar a camisola do Sporting”, reconhecendo que “alguns atletas treinam de forma espectacular e depois não rendem tanto nos jogos”. Por outro lado, Carlos Castro mostra-se agradado com a adesão dos adeptos a este projecto. “Todos sabemos que o Sporting é essencialmente um clube de futebol, apesar do seu ecletismo. Muitas pessoas têm um grande desconhecimento em relação ao rugby e pensam que este é um desporto para ‘brutos’… No entanto, pouco a pouco temos verificado que cada vez mais adeptos vêm ver os nossos jogos e não apenas do Sporting, mas de outros clubes. De facto, agora posso verificar por experiência própria que o nome Sporting chama muita gente e, por outro lado, os nossos adversários ficam mais motivados quando nos defrontam…”, sublinha. Neste momento, são 57 os jogadores do Sporting inscritos, embora em média só 35 estejam presentes nos treinos, saindo depois a lista final de 23 convocados para os jogos. As sessões decorrem às segundas, quartas e sextas-feiras e à parte, a maioria dos atletas faz trabalho de ginásio. A média de idades é de 23 anos. Daqui a duas jornadas, surge um teste de fogo, com o Beira-Mar Gaiense, no Estádio Universitário, naquele que será um dos nossos principais rivais na luta pela subida de divisão. “Nessa partida, teremos de aparecer no máximo das nossas faculdades, pois não poderemos falhar! Para além do Beira-Mar Gaiense, o CR São Miguel e o Belas são as outras equipas que deverão lutar connosco pelo acesso à fase final”, antevê. Carlos Castro salienta “o aumento acentuado do nível competitivo registado esta temporada na II Divisão” mas sublinha que os grandes rivais dos nossos jogadores “são eles próprios”, antevendo que “quando souberem ultrapassar o estigma da responsabilidade de defenderem uma camisola tão importante como a do Sporting, estarão muito mais perto do sucesso”. Texto: André Cruz Martins