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Foto José Cruz

Festa foi à bancada com dedicatória a Bruno de Carvalho

Por Jornal Sporting
20 maio, 2017

Capitã Solange Carvalhas conduziu a equipa até à bancada e celebrou com o Presidente do Sporting CP a conquista do Campeonato Nacional

Agradecimento. Palavra-chave da formação feminina do Sporting CP para o Presidente Bruno de Carvalho. Poucos minutos depois de se terem sagrado campeãs nacionais, as jogadoras, comandadas pela capitã Solange Carvalhas, levaram o troféu ao líder máximo do Clube, um sinal claro de reconhecimento ao regresso aos títulos no ano de regresso do futebol feminino ao emblema verde e branco.

Passaram 21 anos e o principal objectivo ficou concretizado. Juntas, em plenos pulmões, gritaram pelo emblema e festejaram um pouco por todo o recinto.

Solange Carvalhas pode considerar-se uma das mais experientes e celebrou o sexto título no Campeonato Nacional. Alegria, pois claro: "Tenho um currículo cheio de êxitos, mas acho que ser campeão pelo Clube é um sentimento especial. Sempre acreditámos que poderíamos ser campeãs e, aqui, sabemos que só podemos pensar em ganhar. É uma grande responsabilidade representar o Sporting CP e estou extremamente feliz naquela que foi, aliás, está a ser uma época muito difícil".

Diana Silva foi uma das leoas em destaque, conseguindo, inclusivamente, dois golos no jogo da consagração. A avançado valorizou o desempenho e o orgulho pela conquista: "Foi uma prestação fantástica e não foi um jogo nada fácil, mas lá conseguimos dar este título ao Sporting CP. É um regresso em grande e estamos agradecidas ao Sporting CP por nos ter proporcionado este momento".

Foto José Cruz

Leoas sagram-se campeãs nacionais

Por Jornal Sporting
20 maio, 2017

Vitória diante do Boavista (6-1) confirmou o título feminino no ano de regresso à modalidade

A equipa principal de futebol feminino do Sporting CP derrotou o Boavista, por 6-1, na penúltima jornada da Liga Allianz e conquistou o Campeonato Nacional.

No Campo Parque de Jogos do Inatel, na cidade do Porto, as leoas não deixaram por mãos alheias o estatuto de líderes e consumaram, ao primeiro match point, o título, logo no regresso como modalidade oficial do Clube. O Sporting CP chegou aos 71 pontos, mantendo os três de avanço sobre o Sporting de Braga, que, por ter desvantagem no confronto directo, se viu impossibilitado de discutir a contenda até final.

Solange Carvalhas, capitã e melhor artilheira da equipa, avisou aos dois minutos, mas o remate saiu desviado. Aos cinco, Ana Borges começa o festival de assistências, mas ninguém consegue finalizar à entrada da área. Solange ainda voltou a fazer da habitual diagonal o perigo para a baliza boavisteira, porém novo remate desviado.

Aos 12', o primeiro golo. Ana Borges serviu na direita e Fátima Pinto desviou de pé direito à entrada da área. O Boavista ainda perigou Patrícia Morais com um cruzamento da direita (18'), contudo, aos 30', a outra médio-centro leonina, Tatiana Pinto, aumentou para 2-0. Novamente Ana Borges na jogada, repetindo o centro atrasado para a finalização.

De seguida, deu-se o festival Diana Silva. Apostando na mobilidade, a dianteira aproveitou a recuperação de cabeça de Fátima Pinto, após pontapé de baliza, e encostou para o primeiro do jogo (33'). Aos 40', um dos grandes momentos da Liga Allianz. Diana Silva recebeu da direita e atirou ao ângulo superior esquerdo da baliza do Boavista, culminando uma excelente troca de bola colectiva dos comandados de Nuno Cristóvão, agora com quatro campeonatos conquistados no palmarés.

O Boavista retomou o jogo na segunda parte com uma formação mais adiantada e condicionou o jogo leonino até aos 55'. Ana Paula Silva, que entrou ao intervalo, dispôs da melhor oportunidade, não conseguindo encostar ao segundo poste após cruzamento da direita. As leoas comandavam o encontro, privilegiando a posse de bola. Ainda assim, em duas arrancadas seguidas, Ana Borges e Diana Silva voltaram a pôr em sentido a defesa boavisteira. Ana Capeta desperdiçou à primeira, mas não enjeitou a possibilidade de bisar. Aos 69', só teve de encostar ao segundo poste a passe de Diana Silva e, aos 71', desviou após combinação com a avançado.

A equipa axadrezada, quinta à partida para este encontro, reduziu para 6-1. Cláudia Lima finalizou de cabeça, desviando de Patrícia Morais após livre lateral da esquerda. Nada que estragasse a festa que eclodiu no relvado, assistida de perto pelo Presidente do Sporting CP Bruno de Carvalho e por Francisco Neto, seleccionador Nacional.

 

Foto César Santos

“Gosto de ser comparada ao Gelson Martins”

Por Jornal Sporting
13 Abr, 2017

Leia a entrevista de Diana Silva, uma das referências da equipa de futebol feminino do Sporting CP, ao Jornal do Clube

Começou por brincar com bonecas, mas o que mais gostava era de jogar futebol com os rapazes no recreio da escola, onde usava pedrinhas para fazer os postes da baliza. Aos 12 anos, inscreveu-se numa equipa masculina de iniciados e, no ano seguinte, já jogava com as seniores do Ouriense. Hoje, com 21, sente-se feliz no Sporting, que diz estar a "mudar a realidade do futebol feminino". Pelo meio de jogos e treinos, a 'rainha das assistências' ainda tem tempo para o curso de Ciências Farmacêuticas.

JORNAL SPORTING – Entre barbies, peluches ou conjuntos de maquilhagem, o mais comum na infância de qualquer rapariga, escolheu a bola de futebol. Porquê?
Diana silva – No início também brincava com bonecas e gostava muito até de recortar roupas, o normal nas meninas, mas quando ia para a escola queria era jogar futebol no recreio. 

Apesar de ser a menina da família, uma vez que tem quatro irmãos, todos rapazes, só a Diana continua a jogar. É a que tem mais jeito?
[Risos] Neste momento, se calhar sim. O meu irmão mais velho, que chegou a fazer parte da equipa do Ouriense e do Centro Desportivo de Fátima, também tinha imenso jeito, mas não teve tanta cabeça como eu e acabou por ir por outros caminhos. Os meus outros três irmãos preferiram o hóquei.

Com que idade começou a dar os primeiros pontapés?
Já foi um pouco tarde. Tinha seis anos, altura em que entrei para a escola, em Ourém. Nessa altura, até eram os rapazes a pedir-me para jogar com eles. Jogávamos todos. Não havia preconceito por parte deles, ao contrário dos meus pais, que torciam o nariz.

Praticava muito?
Sim. Os meus colegas chamava-me e diziam-me: “Então, não queres vir jogar?”. Lembro-me que não tínhamos balizas, então usávamos as pedrinhas do pátio para fazer os postes. Comecei a ganhar ali um gostinho especial e em todos os intervalos lá estava eu com eles.

Nessa altura já gostava de jogar à frente?
Jogávamos todos ao molho [risos]. Não havia posições definidas.

E marcava muitos golos?
Marcava e dava a marcar. Não era o mais importante. Queríamos era brincar.

As suas amigas lidavam bem com a sua vocação futebolística?
Dava-me muito mais com rapazes, mas nunca senti qualquer distância para as outras raparigas.

O bichinho acabou por crescer e aos 12 anos inscreveu-se no clube da terra, o Atlético Ouriense. 
Já queria inscrever-me há mais tempo. Gostava de jogar e queria experimentar ser federada num clube.

Os seus pais aprovaram a decisão?
Ao início não gostaram muito da ideia, mas depois lá os convenci.

Pudera, começou por jogar numa equipa de iniciados composta por rapazes…
Também havia outra rapariga, que ainda hoje é bastante minha amiga. Foi ela que me deu a ideia de entrar no Ouriense.

Não deve ter sido uma experiência fácil.
Jogar com tantos rapazes foi difícil, sim. O treinador também não ajudava, uma vez que os colocava sempre a jogar. Eu achava que tinha qualidade, que estava ao mesmo nível, mas entrava em campo sempre pouco tempo. Por isso, sentia-me injustiçada e ficava um bocado chateada, mas acho que era normal. 

Nunca lhe facilitaram a vida?
Não, até porque nessas idades [12 anos] eles não facilitam em nada. Querem é ser os melhores. 

Um ano depois, já com 13, integrou a equipa feminina de seniores, uma vez que não havia futebol de formação feminino. Elas deviam ser bem mais duras, não?
Senti a diferença, claro. Eram bem maiores e mais fortes do que eu, mas nesses tempos não haviam muitas jogadoras que fossem para o futebol por gosto, por isso também me adaptei depressa ao futebol sénior. No escalão masculino o desnível é bem maior.

Nessa altura já usava a velocidade como uma arma para fugir ao choque?
Sim, sempre fui muito rápida desde criança. E isso ajudou-me.

Nunca a convidaram para fazer atletismo?
Por acaso, quando era mais nova, para aí com uns 13 ou 14 anos, entrei em algumas competições na escola. E até cheguei a ir uma vez ao Campeonato Nacional de salto em comprimento, mas o atletismo não me chamava a atenção. Sempre preferi o futebol.

Leia na íntegra a entrevista de Diana Silva ao Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas

Foto José Cruz

"Indicação era de nunca facilitar e cumprimo-la"

Por Jornal Sporting
12 Fev, 2017

Diana Silva valorizou a seriedade das companheiras nesta 16.ª jornada, para nova goleada na Liga Allianz

Diana Silva expressava satisfação pela qualidade que o Sporting CP apresentou na vitória por 8-0 sobre o Albergaria, mostrando-se confortável tanto a marcar como a assistir: "Tivemos dificuldades em trocar bola na primeira parte, mas depois do intervalo estivemos bem melhor. Era importante marcar cedo, fizemos o segundo e conseguimos aproveitar o facto de as adversárias estarem um pouco desmoralizadas. A indicação era nunca facilitar e cumprimo-la. Sinto-me bem, para mim é normal dar a marcar", explicou após um bis tanto em assistências como em remates convertidos.

O treinador de guarda-redes, Gonçalo Simões, salientou a eficácia leonina para a obtenção de nova goleada: "Na primeira volta, tínhamos consentido o empate diante do Albergaria. Sabíamos da dificuldade e estivemos muito melhor. Entrámos bem nas duas partes, fizemos dois golos nos primeiros 45 minutos, mas pecámos na finalização. No segundo tempo fomos muito eficazes.

A treinadora da formação aveirense, Paula Pinho, destacou a diferença entre as equipas desde o encontro da primeira volta, apontando a importância dos golos marcados para a possível decisão do campeonato: "Sabíamos que defrontar uma das duas candidatas ao título ia ser complicadíssimo. O Sporting CP imprimiu um ritmo altíssimo, sabendo que a diferença de golos marcados pode ser importante para o título. Há diferenças abismais entre duas realidades completamente diferentes. O 2-0 é um resultado em aberto, pode haver um abanão. O 3-0 eliminou as nossas hipóteses. Conseguimos uma recuperação inesperada na terceira jornada, mas passaram muitos meses com condições bem distintas entre clubes".

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