Técnico Leonino espera melhorias no encontro da Liga dos Campeões

No rescaldo da vitória do Sporting CP frente ao ABC por 30-26, o técnico verde e branco Thierry Anti mostrou-se descontente com a segunda parte dos Leões e revelou que esperava mais.

"Foi suficiente. Ganhámos por quatro golos. Começámos a segunda parte com a posse de bola mas alguns jogadores não me pareceram estar muito concentrados. Estou desapontado por isso mesmo e penso que, a cada jogo, a equipa precisa de progredir. Esse momento da segunda parte deixou-me um pouco chateado porque não é normal", referiu.

Quanto ao primeiro jogo da Liga dos Campeões, no domingo frente ao Eurofarm Rabotnik, o técnico dos Leões acredita que o Sporting CP pode fazer mais.

"É muito difícil jogar na Macedónia porque os adeptos são autênticos fanáticos. Por isso, precisamos que cada jogador da nossa equipa esteja concentrado. Espero que possamos aproveitar algumas bolas no ataque mas, visto ser um jogo a contar para a Liga dos Campeões, acredito que os jogadores vão estar mais motivados e concentrados", rematou.

Equipa merecia bem mais

O Sporting Clube de Portugal foi derrotado por 2-1 na última jornada da Liga NOS, na deslocação ao terreno do FC Porto. Um jogo rijamente disputado, mas que ficou marcado por decisões polémicas do trio de arbitragem. Esta equipa do SCP merecia sair do Dragão com outro resultado, face a tantas adversidades.

A primeira contrariedade surgiu logo aos 13 minutos de jogo, quando Borja recebeu ordem de expulsão depois de Fábio Veríssimo ter consultado o VAR. A jogada resultou de um atraso deficiente para a retaguarda, deixando o lateral-esquerdo a disputar a bola ao sprint com Corona, onde, admitimos, o colombiano agarrou o avançado portista quando esse se esgueirava, conseguindo depois desarmá-lo com um corte limpo. O árbitro deixou seguir, mas, depois foi instado pelo VAR a rever o lance, acabando por punir o jogador Leonino com cartão vermelho directo. Não discutimos a infracção cometida, mas, na realidade, ela aconteceu quando já havia outro jogador Sportinguista nas imediações – logo, não era lance de golo eminente.

Tal como na jornada anterior, o SCP viu-se privado, uma vez mais, de uma unidade. Uma vez mais. O Sporting CP já acumulou um total de oito expulsões esta temporada, o que é, no mínimo, estranho. No mínimo…
Como é evidente, a expulsão de Borja condicionou a equipa, que até entrou muito bem no jogo, obrigando Marcel Keizer a fazer ajustes tácticos.

Aproveitando a superioridade numérica, o FC Porto começou a ter um maior ascendente na partida, apesar de só ter criado perigo num livre directo cobrado por Alex Telles, ao qual se opôs Renan com uma excelente intervenção.
No segundo período, os Leões reorganizaram-se, ajustaram-se ao opositor e, assim que tal era permitido, afoitavam-se no ataque. Perante tal “atrevimento”, vários jogadores do FC Porto recorreram a faltas sucessivas raramente punidas pelo árbitro. A entrada de Filipe a Diaby, então, foi à margem de tudo o que é admissível.

E foi através de um excelente contra-ataque que o Sporting CP inaugurou o marcador: Diaby – Acuña - Phellype, com o brasileiro, com classe e toda a calma do mundo, a enviar a bola para o fundo da baliza.
Este golo atormentou, e de que forma, a equipa portista, que tentou por todos os meios perturbar os jogadores Leoninos. Compreendemos: com o campeonato perdido, o objectivo passava por diminuir os Leões para o confronto para a Taça de Portugal.

Para os últimos minutos, ficaram mais lances polémicos: o golo do empate, onde Danilo surgiu em posição duvidosa, o sururu que envolveu diversos jogadores das duas equipas junto ao banco portista e que resultou na expulsão de Corona e vários amarelos para a equipa do Sporting CP e, por fim, o golo de Herrera, que se encontrava ligeiramente adiantado em relação à defesa Leonina, já bem perto do término do encontro.

Avance-se, desde já, para alguns amarelos com que o Sporting CP foi presenteado: Bruno Fernandes, Acuña e Mathieu foram admoestados com o quinto cartão amarelo, mas vão poder jogar a final da Taça de Portugal porque é uma prova organizada pela FPF. Só as expulsões impedem a presença. Assim, Borja e Ristovski vão falhar o Jamor. Resta uma certeza: no próximo sábado, vão entrar onze Leões de raça em campo.

Juniores ganharam a penúltima jornada da fase regular

O Sporting CP venceu este sábado o Estoril Praia por 1-0, com golo de Bernardo Sousa aos 54 minutos, numa partida que se realizou no Estádio Aurélio Pereira, na Academia Sporting. 

Os Leões alcançam assim 39 pontos e o segundo lugar da prova, nesta que foi a penúltima jornada da fase regular da competição. A passagem à fase de apuramento do campeão ficou garantida no último jogo frente ao Alcanenense. 

Na próxima e última jornada, a equipa verde e branca irá deslocar-se a Leiria, para defrontar o União local. 

Sub-23 não conseguem os três pontos frente ao Feirense (0-0)

A equipa de sub-23 do Sporting deslocou-se, na tarde desta sexta-feira, a Santa Maria da Feira para a 15.ª jornada da Liga Revelação. Este jogo marcou a estreia de Tiago Fernandes no comando técnico da equipa leonina.

Apesar do enorme caudal ofensivo do Sporting, que se evidenciou na maior parte do jogo, os leões não conseguiram concretizar nenhuma das oportunidades de golo. Daniel Bragança e Elvés Baldé foram os mais inconformados com o resultado, procurando sempre inaugurar o marcador. Também Max, Paulinho, Pedro Empis e Diogo Queirós foram utilizados por Tiago Fernandes.

Os leões empataram assim frente ao último classificado da Liga Revelação, onde mantêm o sétimo lugar, com 25 pontos.

No final da partida, Tiago Fernandes referiu que “foi uma partida muito bem disputada”, onde os seus jogadores se mostraram “competitivos”. Sendo este o primeiro jogo no comando técnico da equipa, acredita que ainda há muito a “crescer”: “Ainda estamos longe de apresentar o futebol que eu pretendo e os índices de qualidade de jogo que sei que eles podem atingir. Estou aqui para os potencializar, para que cresçam e evoluam.”

Pedro Empis, jogador da formação leonina, afirmou que “faltou concretizar”, numa partida onde acredita que “a equipa criou mais oportunidades e controlou o jogo”. No que respeita ao treinador, “que já treinou a equipa toda”, o defesa não tem dúvidas: “Houve mudanças nos processos e na forma de jogar. Acho que o caminho é este, apesar de não estar traduzido no resultado.”

Declarações de Tiago Fernandes após a vitória 'leonina' sobre o rival lisboeta por 3-1

No final da vitória ‘leonina’ sobre o rival Benfica por 3-1, Tiago Fernandes era um treinador satisfeito com a sua equipa, considerou o resultado justo, mas não esqueceu o golo mal invalidado. No final, ganhou a melhor equipa.

“Entrámos bastante fortes, foi-nos anulado um golo limpo e isso prejudicou-nos no controlo do jogo. Chegámos à vantagem através de uma jogada de insistência, depois de já termos disposto de algumas oportunidades. A primeira parte foi positiva, até porque o adversário não teve oportunidades claras de golo e controlámos sempre a partida. Ao intervalo, avisei a minha equipa para que não abrandassem e se continuassem a esforçar para o segundo golo, mas o Benfica, num lance de insistência, conseguiu chegar a golo e, depois, tivemos de correr atrás do prejuízo. Tive de arriscar, jogando com dois pontas-de-lança, e acabámos por fazer o golo, com o 3-1 a surgir com naturalidade. Foi um resultado justo, fomos melhores do que o Benfica e continuamos na nossa caminhada; faltam três finais”, considerou Tiago Fernandes.

Com o encontro empatado a uma bola, o técnico do Sporting CP lançou em campo Gabriel Silva. No primeiro toque na bola, o avançado ‘leonino’ fez o 2-1 para a formação da casa, servido por Gil Santos, também ele saído do banco no decorrer do encontro.

“São situações que trabalhamos durante a semana. Conheço os meus jogadores e lanço aqueles que têm as características ideias para o momento do jogo em que nos encontrarmos. A vida de treinador é assim, temos de arriscar e esperar que as coisas surjam conforme foram trabalhadas ao longo da semana. Hoje, o jogador que entrou voltou a fazer o golo da vitória, mas é uma recompensa para todo o grupo. A equipa está forte e confiante e vai continuar assim com esta dedicação e paixão pelo jogo porque até ao fim ainda vai haver Campeonato”, concluiu o técnico ‘leonino’.

Recorde as eliminatórias ganhas após um 2-1 em casa

"Se o Sporting passar e o Peres marcar um golo, ofereço-lhe o casaco”. O dirigente ‘leonino’ Jaurés de Oliveira tinha comprado um vistoso casaco para combater o frio de Dezembro e o internacional português ficara com pena de não lhe ter seguido os passos. Ficou a promessa, felizmente concretizada: depois do 2-1 na primeira mão em Alvalade (golos de Figueiredo, Magli e Peres), os comandados de Fernando Caiado deslocavam-se a Florença para defrontar uma Fiorentina que contava com nomes como o guarda-redes Albertosi ou o avançado internacional brasileiro Amarildo. Os italianos marcaram primeiro, por Maraschi, mas Peres igualou as contas aos 57 minutos e deu a passagem à fase seguinte da Taça das Cidades com Feiras de 1967/68, naquela que foi a primeira vez em que os ‘leões’ conseguiram defender uma vantagem de 2-1 trazida da primeira mão em casa (dois anos antes, tinham perdido nas mesmas condições com o Espanyol).

Hoje, e por muito bom que fosse o casaco, trocámos os tostões pelos milhões – há muito mais dinheiro em jogo. E o Sporting tem uma oportunidade de ouro para se recolocar na fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de ter afastado dois fantasmas que pairavam por Alvalade: os encontros contra equipas russas (que tinham um saldo de um empate e quatro derrotas) e a derrota na final da Taça UEFA de 2005, com o adversário no ‘playoff’ da Champions. Adaptando o ditado, CSKA se fazem, CSKA se pagam. E a história mostra que existem boas razões para acreditar na passagem para além da evidente qualidade de jogo do actual conjunto ‘leonino’.

Em 2004/05, a formação ‘verde e branca’ passou duas eliminatórias nos mesmos moldes. Primeiro frente ao Feyenoord: após um encontro em casa que terminou com Custódio expulso (64’) e duas grandes penalidades por assinalar (onde é que já vimos este filme?), os comandados de José Peseiro (na bancada por castigo) repetiram o triunfo na Holanda com golos de Liedson e Rochemback. Um banho de bola na Banheira de Roterdão. Mais tarde, foi a vez do filme se repetir com o AZ, no célebre golo de Miguel Garcia no último minuto do prolongamento em Alkmaar que valeu a passagem à final. Já em 2011/12, o Sporting conseguiu defender a vantagem de 2-1 frente ao Metalist com um empate a uma bola em Kharkiv (golo de Wolfswinkel), antes de ser eliminado pelo Athl. Bilbao nas meias-finais a três minutos do fim. Vale o que vale, é história. Mas a história existe também para ser recontada e esse capítulo contra russos já começou a ser refeito em Alvalade.

Leia mais na edição desta semana do Jornal Sporting de 20 de Agosto.