Adrien marcou o golo da vantagem e Rui Patrício segurou a vitória nos Barreiros
O Sporting deslocou-se à Madeira para derrotar o Marítimo por 1-0, num encontro complicado, que só ficou resolvido no segundo tempo. Adrien, aos 53 minutos, marcou o golo da vitória ‘leonina’, bem assistido por João Mário.
O Sporting entrava no Barreiros em busca da sexta vitória consecutiva no Campeonato (que lhe traria a liderança de volta, depois da vitória do FC Porto sobre o Paços de Ferreira) e também do sexto triunfo seguido frente ao Marítimo, mas rapidamente se percebeu que não seria um encontro de facilidades. A formação da casa não se limitava a defender e não entregava o controlo do jogo aos ‘leões’, procurando criar perigo com ofensivas rápidas, com foco para o seu flanco direito, onde Marega teimava em causar dificuldades a Jefferson. Ainda assim, o Sporting conseguiu chegar por duas vezes com perigo à grande área maritimista, ainda nos primeiros dez minutos: primeiro, Gelson Martins rompeu pela direita e serviu João Mário no interior da área, mas o médio ‘leonino’ escorregou antes de conseguir desviar para a baliza de Salin; um minuto mais tarde, foi Montero quem aproveitou uma falha defensiva do Marítimo para ultrapassar Deyvison e, no interior da área descaído para a direita, atirou cruzado perto do alvo.
O jogo estava muito mexido, mas nem por isso bem jogado. A luta a meio-campo era uma constante, os passes falhados pelos jogadores do Sporting multiplicavam-se e a pressão exercida pelo meio-campo maritimista na zona central do terreno surtia frutos na menor capacidade ofensiva ‘leonina’ e na recuperação de bolas em terrenos perigosos por parte da formação da casa, o que mantinha em sentido a defensiva ‘verde e branca’. A divisão no comando do jogo possibilitava ao Marítimo algumas saídas rápidas para o ataque que culminavam com lances de bola parada. Na sequência de um canto, aos 14 minutos, e após um desvio de cabeça ao primeiro poste, Marega apareceu completamente solto no segundo, mas o desvio do franco-maliano foi brilhantemente parado por Rui Patrício, que, em contrapé, conseguiu esticar-se e impedir o golo aos visitados. Pouco depois, e novamente na sequência de um pontapé de canto, o Marítimo voltou a assustar o guardião internacional português, mas o cabeceamento de Fransérgio saiu ao lado do alvo.
Como já é habitual, o Sporting pressionava o adversário imediatamente à saída da sua área e foi numa dessas acções que forçou o erro dos visitados e recuperou a bola, com João Mário a avançar pelo corredor direito antes de atrasar para Adrien, que descobriu Bryan Ruiz à entrada da área e o assistiu. O costa-riquenho rematou forte para defesa de Salin e, na recarga, viu a bola bater num opositor antes de voltar a morrer nas mãos do guardião francês e se esfumar a última oportunidade de inaugurar o marcador antes do intervalo.
Os ‘leões’ regressaram dos balneários com uma atitude mais ‘mandona’ e, logo aos 53’, viram-se recompensados: excelente trabalho colectivo na ala direita, João Pereira dá para Bryan Ruiz, com o costa-riquenho a soltar João Mário, que tirou um adversário do caminho com classe e passou atrasado para a entrada da área, onde apareceu Adrien a rematar sem hipóteses para Salin. Estava feito o 1-0 para a equipa que mais argumentos ofensivos apresentava. Os índices de agressividade, intensidade e velocidades ‘leoninos’ eram superiores aos do primeiro tempo e Gelson Martins podia ter dilatado a vantagem, mas rematou por cima, à passagem do minuto 58.
Os contragolpes maritimistas eram bem controlados por um Sporting que, embora não criasse muito perigo para as redes de Salin, mostrava capacidade para gerir a posse do esférico e a corrente do jogo. Ainda assim, o Marítimo quase surpreendeu através de uma grande finalização de Dyego Sousa após cruzamento de Alex Soares, mas Rui Patrício voltou a vestir o papel de herói e assinou uma defesa de grande qualidade, voltando a manter as suas balizas invioladas (com este resultado, o Sporting somou o quinto encontro consecutivo para o Campeonato sem sofrer golos).
Antes do final, o Marítimo tentou voltar a assustar Rui Patrício, mas sem sucesso. Do outro lado, foi Tanaka quem quase fez o segundo para os ‘leões’, mas Salin agarrou e o 1-0 manteve-se até ao último apito do juiz Rui Costa.