Sporting vence FC Porto por 2-0 e recupera liderança da Liga NOS isolado

Comecemos por uma conversa entre ‘grandes’: no quarto encontro da temporada frente a Benfica ou FC Porto, o Sporting somou a sua quarta vitória. Mas, tão ou mais impressionante que os triunfos, os pontos ou os golos (8-1 em 390 minutos), há um ponto que explica todas as linhas que se seguirão abaixo: nos dois sucessos alcançados para o Campeonato (3-0 na Luz, 2-0 agora com os ‘dragões’ em casa), os adversários tiveram uma, e apenas uma, oportunidade de golo durante ambas as partidas. Fora das quatro linhas, existe uma Onda Verde (cada vez maior) que se sente; no relvado, houve mais um banho daqueles que se vê. Assim, os ‘leões’ voltam a ser líderes da Liga NOS.

Com Matheus a estrear-se como titular e Bryan Ruiz a actuar no apoio a Slimani, o Sporting começou com maior ímpeto ofensivo e acercou-se da baliza contrária de forma sucessiva, ganhando apenas alguns cantos até ao primeiro remate da partida, de João Mário, aos nove minutos (rasteiro e ao lado). Mais tarde, Bryan Ruiz e Matheus também procuraram fazer a diferença da meia-distância mas falharam o alvo.

A formação ‘verde e branca’ estava melhor e ia ganhando o combate a meio-campo aos pontos até ao primeiro ensaio de KO de Slimani. O argelino voltou a colocar na prática a frase de Muhammad Ali – voou como uma borboleta, picou como uma abelha e inaugurou o marcador de cabeça, na sequência de um livre lateral bem batido por Jefferson na esquerda do ataque aos 27 minutos.

A primeira explosão de alegria em Alvalade quase teve continuidade cinco minutos depois, quando Adrien disparou forte para defesa apertada de Casillas; no seguimento da jogada, e no único lance em que a transição ‘leonina’ foi apanhada em contra pé o FC Porto teve a única oportunidade de golo, com Patrício a fazer a mancha frente ao isolado Aboubakar. Até ao intervalo, nota apenas para um cabeceamento ao lado de João Mário já em período de descontos.

No segundo tempo, após um período de maior equilíbrio, o Sporting voltou a ganhar o jogo em termos estratégicos: ao baixar um pouco as linhas dando posse de bola ao opositor na linha recuada, os ‘leões’ quase fizeram o chamamento aos ‘dragões’ para ganharem o espaço para colocarem em prática as rápidas e fortes transições ofensivas. A opção táctica valeu, em apenas sete minutos, quatro oportunidades flagrantes para a formação ‘verde e branca’ matar o encontro: Slimani cabeceou à trave aos 64 minutos após cruzamento de João Mário da direita; no seguimento do lance, Bryan Ruiz atirou forte de fora da área para grande defesa de Casillas; aos 69 minutos, o costa-riquenho, em boa posição, disparou com perigo por cima; e, no minuto seguinte, Adrien acertou no poste em mais um lance bem gizado em profundidade com poucos toques.

Apesar de ter mais bola, o FC Porto nunca conseguia criar perigo apesar das tentativas muitas vezes em trabalhos individuais de Corona e Brahimi e seria o Sporting a chegar com justiça ao segundo golo de novo por Slimani, a aproveitar um bom passe de Bryan Ruiz para atirar colocado sem hipóteses para o guarda-redes ‘azul e branco’.

No final, vitória justa da melhor equipa e que, tendo em conta o caudal ofensivo e o volume de oportunidades, merecia até outra expressão no resultado em mais uma exibição de grande valia técnica e táctica, individual e colectiva. Como dizia Jorge Jesus na antevisão da partida, este era um duelo entre duas grandes equipas em termos de qualidade individual e colectiva. Confirmou-se. E o Sporting teve hoje mais qualidade.

Com este resultado, os ‘leões’ assumiram a liderança da Liga NOS com 38 pontos, mais dois do que o FC Porto e mais quatro do que o Benfica. Na próxima jornada, que se realiza já na próxima quarta-feira, o Sporting desloca-se a Setúbal para defrontar um Vitória que ocupa nesta altura o quinto lugar da classificação.

Jorge Jesus antevê clássico disputado entre duas equipas de grande qualidade

Jorge Jesus, treinador do Sporting, aguarda um encontro equilibrado entre duas grandes equipas no clássico de amanhã frente ao FC Porto, apontando para uma vitória com a ajuda dos muitos adeptos ‘leoninos’ que vão encher o Estádio José Alvalade.

“O facto de o Estádio ter quase lotação esgotada neste momento está dentro do que é habitual num clássico. Os adeptos têm estado com a equipa e partilham toda a emoção que é preciso ter num grande clube como é o Sporting. A massa associativa vai mostrar isso outra vez amanhã e bem precisamos dos nossos adeptos”, comentou no ínico da conferência de imprensa ao final da tarde, no auditório Artur Agostinho.

“O FC Porto é uma grande equipa, formada por jogadores de grande qualidade como o Sporting também o tem, e será um encontro dentro do que é habitual quando se encontram equipas de grande qualidade como estas. Aquilo que quero é que a qualidade do Sporting consiga fazer a diferença no jogo com o FC Porto”, acrescentou, prosseguindo: “Não sei o que vai na cabeça do meu colega a nível de estratégia, mas tenho de fazer uma tentativa de prever. Acredito que o facto de estarem agora no primeiro lugar não mexe muito com aquilo que a equipa do FC Porto pode ter a nível de organização do seu jogo ofensivo e defensivo porque é uma equipa com uma ideia de jogo muito vincada que não se modifica, à excepção de uma outra estratégia com a inclusão de um ou outro jogador”.

Desvalorizando as polémicas do passado com o homólogo dos ‘dragões’, Julen Lopetegui – “O mais importante do jogo são os jogadores e a qualidade colectiva e individual das duas equipas, isso é passado, o futebol é presente e se nos encontrarmos vou cumprimentar o meu companheiro de profissão como faço com qualquer outro”, salientou –, o técnico abordou a possível pressão extra para o Sporting por ter perdido a liderança e para o FC Porto face às recentes críticas após a derrota com o Marítimo.

“Penso que isso dos adeptos não cria mais pressão porque ao longo de uma época há jogos melhores e piores e todos estão sujeitos a essa pressão dos adeptos. A pressão do jogo não aumenta porque é um clássico e só por isso já existe a pressão normal pela grandiosidade deste jogo, independentemente de quem vai à frente. Favoritos? Isso só acontece quando existe uma diferença muito grande entre as equipas e na prática depois esse tal favoritismo não se confirma”, realçou.

“Na prática é mais difícil para quem vai em segundo porque quem está à frente está melhor do que quem está atrás. Quem corre atrás do primeiro lugar é o Sporting. Durante algumas semanas dissemos que queríamos defender a primeira posição, agora queremos correr para conseguir essa posição, não tenho dúvidas disso”, frisou antes de admitir que William e Bryan Ruiz continuam em dúvida e que só amanhã, após o último treino da equipa, poderá ou não dissipar essas mesmas dúvidas.

Sobre a liderança do FC Porto, Jorge Jesus advogou que é justa, tal como quando era o Sporting nessa posição, antes de comentara Mensagem de Ano Novo do Presidente do Clube, Bruno de Carvalho, sobre um ano de 2016 de muitas conquistas. “Partimos para esta época com muito emoção e um acreditar muito forte que as coisas tinham de ser melhores do que no ano passado. Sabemos que não é chegar e vencer mas a verdade é que chegámos e ganhámos logo o primeiro troféu e estamos a competir nos primeiros lugares do Campeonato quando no ano passado já estávamos a dez pontos do primeiro. O momento supera as expectativas mas não aquilo que é normal no Sporting, um Clube sempre habituado a disputar e conquistar títulos. Tem sido um percurso muito bom e vamos ver se teremos qualidade para manter este caminho e ganhar o Campeonato”, concluiu.

O Sporting-FC Porto realiza-se amanhã, sábado, às 20h45 no Estádio José Alvalade. Hugo Miguel, árbitro internacional da AF Lisboa, foi o juiz nomeado para o encontro.

Hugo Miguel foi o juiz nomeado para clássico da 15.ª jornada da Liga NOS

Hugo Miguel, árbitro internacional de 38 anos da Associação de Futebol de Lisboa, foi o juiz nomeado para a recepção do Sporting ao FC Porto, a contar para a 15.ª jornada da Liga NOS.

Hernâni Fernandes e Bruno Trindade serão os árbitros assistentes da partida.

Na presente temporada, o juiz lisboeta já dirigiu a vitória dos 'leões' sobre o Rio Ave, por 2-1, numa partida relativa à 4.ª jornada da Liga NOS, e conta já com 16 jogos realizados, divididos entre a Liga NOS, II Liga, Taça de Portugal e eliminatórias de qualificação para a fase de grupos da Champions.

O Sporting-FC Porto realiza-se este sábado, dia 2 de Janeiro, às 20h45, no Estádio José Alvalade.

Reacção de Adrien após a derrota do Sporting na Madeira frente ao União

Adrien, capitão da equipa do Sporting, frisou na ‘flash interview’ após o final do jogo na Madeira frente ao União que os ‘leões’ mereciam muito mais do que a primeira derrota no Campeonato Nacional da I Liga, neste caso pela margem mínima.

“Não era o que queríamos e não foi isso que trabalhámos. Merecíamos muito mais do que a derrota mas não fomos felizes nem eficazes na finalização”, começou por destacar o número 23 ‘verde e branco’ no final do encontro.

“Quando uma equipa consegue terminar um jogo sem sofrer golos tem mérito na vitória, mas penso que hoje houve mais demérito nosso pela má finalização das inúmeras oportunidades que conseguimos criar. O futebol é isto, estamos sujeitos a todos os resultados, mas a equipa deu tudo para conseguir um final melhor. Infelizmente, nem sempre que merece consegue atingir os seus objectivos”, rematou Adrien.

Jorge Jesus lamenta derrota no único remate do União à baliza 'leonina'

Jorge Jesus, treinador do Sporting, lamentou a primeira derrota dos ‘leões’ na Liga NOS na Madeira frente ao União, mas ressalvou o completo domínio ‘verde e branco’ ao longo de toda a partida e o comportamento de todos os jogadores do Clube.

“Isto é o futebol: a única vez que o União foi à nossa baliza fez um golo. Nem foi um remate, foi um cabeceamento. A história do jogo resume-se a isto – uma equipa sempre lá atrás a fazer o que lhe competia fazer, o Sporting a nunca deixar sair e, na primeira vez em que fez um cruzamento, marcou. O guarda-redes do União também esteve muito bem, tirou dois ou três golos feitos. Fomos uma equipa que correu, lutou, bateu-se mas nunca conseguiu marcar, algumas vezes por mérito do adversário. O empate já não era bom, a derrota então é muito pior. Não estávamos à espera”, analisou o técnico ‘leonino’ na zona de entrevistas rápidas após o final do encontro na Choupana.

“Depois de todos terem visto o jogo, o que posso dizer aos meus jogadores? Não posso criticar nada, zero. Trabalharam, jogaram, criaram oportunidades mas não conseguiram concretizar nenhum desses lances, alguns por mérito do guarda-redes contrário. Não acontece sempre. Estivemos 95 minutos debaixo da baliza, a estar por cima e o adversário foi à baliza uma vez e marcou. É por isso que o futebol é um desporto diferente. Não tenho nada a dizer dos jogadores do Sporting, da equipa da arbitragem nem do União, que fez o que achavam que lhes competia”, concluiu Jorge Jesus.

Sporting sofre primeira derrota no Campeonato com o União na Madeira

24 remates contra apenas quatro. 13 cantos contra zero. 74% de posse de bola. É muito complicado encontrar jogo do Sporting com estatísticas tão desequilibradas na I Liga, mas a verdade é que, no final, os números que mais interessam não corresponderam ao volume de jogo ofensivo dos ‘leões’: o conjunto ‘verde e branco’ somou esta noite a primeira derrota do Campeonato na Madeira, frente ao União, por 1-0.

O primeiro minuto acabou por ser o espelho do que se passaria ao longo dos 90’: posse de bola para uma equipa ‘leonina’ instalada no meio-campo contrário, jogo a flectir para um dos corredores laterais e remate por cima da baliza dos insulares (este foi de Gelson). Cadiz, à passagem dos sete minutos, ainda tentou num remate rasteiro contrariar a tendência, mas o Sporting teve sempre o domínio da partida em termos territoriais e de posse, beneficiando de três oportunidades flagrantes até ao intervalo: Jefferson, de livre directo, obrigou André Moreira – a figura do jogo – a grande defesa para canto (24’); Slimani, isolado por Adrien após recuperação em zona adiantada, atirou ao lado (28’); e Montero, num trabalho individual na área após cruzamento de Gelson Martins, obrigou o guarda-redes do União a uma defesa de recurso para canto.

A segunda área começou com as mesmas características, por vontade do Sporting e estratégia do União: os ‘leões’ acamparam no meio-campo adversário e os insulares iam tentando fechar todos os espaços à procura de erros para sair em transição que quase nunca surgiram. Assim, manteve-se o jogo de sentido único com Montero (remate cruzado muito perto do poste aos 48 minutos), Bryan Ruiz (cabeceamento por cima aos 55 minutos) e Paulo Oliveira (desvio pouco ao lado após bola parada aos 58 minutos) a deixaram mais avisos sem eficácia à baliza dos visitados.

No entanto, aos 69 minutos, o União conseguiu o golpe do jogo: numa das poucas saídas em transição e num dos raríssimos cruzamentos para a área, Paulinho encontrou Danilo Dias sem marcação ao segundo poste a cabecear sem hipóteses para Rui Patrício no único golo da partida. A partir daí, a pressão ‘leonina’ adensou-se mas o golo nunca surgiu, por demérito ou falta de pontaria própria (Slimani e Montero atiraram ao lado) ou mérito e alguma sorte de André Moreira à mistura, sobretudo num lance no último minuto antes dos descontos onde desviou um remate de Slimani na área e a bola passou a rasar o poste para canto.

Com este resultado, naquela que foi a primeira derrota do Campeonato, o Sporting manteve o primeiro lugar com 35 pontos (11 vitórias, dois empates e uma derrota) mas pode ser ultrapassado pelo FC Porto caso os ‘dragões’ vençam na recepção à Académica. Na próxima jornada, a 2 de Janeiro, haverá clássico em Alvalade entre os dois primeiros.

Jorge Jesus chama 21 jogadores para o jogo da 14.ª jornada

Jorge Jesus, treinador do Sporting, convocou 21 jogadores para a deslocação de hoje à Madeira, a contar para 14.ª jornada da Liga NOS. Os eleitos do técnico ‘verde e branco’ são os seguintes:

Rui Patrício, Ezequiel Schelotto, Jefferson, Ewerton, Aquilani, Tanaka, Slimani,  Montero, William, Paulo Oliveira, João Mário, Bryan Ruiz, João Pereira, Marcelo Boeck, Adrien, Azbe Jug, André Martins, Naldo, Esgaio, Gelson Martins e Matheus Pereira

O U. Madeira-Sporting realiza-se hoje à noite, a partir das 18h15, no Estádio da Madeira.

Conferência de imprensa de antevisão ao encontro frente ao União da Madeira

O Sporting joga amanhã, na Madeira, frente ao União local o encontro relativo à 14.ª jornada do Campeonato Nacional, a última de 2015. Para Jorge Jesus, o ano demonstrou a qualidade do conjunto ‘leonino’, que lidera a tabela classificativa com mérito próprio, até acima das expectativas do técnico ‘verde e branco’.

“O ano ainda não acabou. O Sporting está em primeiro pela sua qualidade. A verdade é que estamos a fazer um princípio de época muito bom, que nos dá esta classificação e confiança. Quando entrei nesta casa, foi sempre com a intenção de estar onde estamos hoje, se calhar não tão bem como estamos. Não tinha essa certeza de que estaríamos destacados em primeiro. Está tudo a ser novo para a equipa. O que quero é que a equipa tenha capacidade para defender este primeiro lugar", afirmou, em conferência de imprensa de antevisão à partida de amanhã.

Antes de partir para a Madeira, Jorge Jesus revelou as dificuldades que espera encontrar no confronto com o União, deixando a solução para os ‘leões’ contrariarem a estratégia dos insulares: jogar como em Braga.

“Todos os jogos na Madeira, seja com que equipa for, são difíceis. O União já nos deu essas indicações no último jogo, contra o nosso rival, ou mesmo com o Sp. Braga. O União vai jogar com uma organização defensiva com qualidade, vamos ter de arranjar soluções para criar espaços na forma defensiva do U. Madeira. É uma equipa que não vai ser fácil”, começou por afirmar, completando: “Depois de termos jogado um jogo de enorme intensidade, de grande qualidade feita por duas grandes equipas, na Taça, ficamos pelo menos com a sensação de que fomos uma grande equipa e fizemos um grande jogo. Se jogarmos ao nível de Braga, as coisas vão sair mais fáceis na Madeira”.

Por último, confrontado com a hipótese de receber Carrillo como prenda de Natal, Jorge Jesus não se mostrou confiante na hipótese, atribuindo prioridade a outra zona do terreno.

"Carrillo? Estamos na quadra natalícia mas acho que o Pai Natal não me vai dar esse presente. Vamos ver se me dá outro", disse, concluindo: "Um treinador nunca está 100 por cento satisfeito. No meu caso é assim, nem com o que faço nem com o que tenho. Se pudesse ter mais um jogador, para que posição seria? A equipa está uniforme, equilibrada mas talvez no sector defensivo".