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Final da Taça de Portugal
03-04-2016 17:00
Sporting
35 - 36
Benfica
Resumo do Jogo

Complexo Municipal dos Desportos, em Almada

Árbitros: Tiago Monteiro e António Trinca (Lisboa)

Ao intervalo: 12-13

No final do tempo regulamentar: 30-30

SPORTING: Daniel Svensson, Pedro Solha (8), Fábio Magalhães (8), Carlos Carneiro (5), Bruno Moreira (C, 5), Frankis Carol (2) e Pedro Portela (3). Jogaram ainda: Luís Oliveira, Bosko Bjelanovic, João Antunes, Samvel Aslanian (1), João Paulo Pinto (1) e Francisco Tavares (2)

Treinador: Zupo Equisoain

Exclusões: Bosko Bjelanovic (3, V), Frankis Carol (3, V) e Pedro Solha (1, V)

Benfica: Nikola Mitrevski, João Pais (C, 4), Uelington Silva (3), Tiago Pereira (3), Ales Silva (7), Javier Borragan (2) e Davide Carvalho (3). Jogaram ainda: Hugo Figueira, Belone Moreira (2), Eledy Semedo (8), Cavalcanti, Hugo Lima (1), Tiago Ferro (2), Augusto Aranda (1) e Vrgoc

Treinador: Mariano Ortega

Exclusões: Uelington Silva (2), Ales Silva, Eledy Semedo e Augusto Aranda

Crónica de Jogo

Uma coisa é certa: quem se deslocou ao Complexo Municipal dos Desportos de Almada assistiu a um bom espectáculo de andebol, com ambas as formações a lutarem até ao último segundo pela conquista de uma Taça que deveria chegar como fruto da superioridade exercida em campo pela equipa vencedora. Deveria, porque, como cada vez mais o desporto nacional se vai habituando nas mais variadas modalidades, nem sempre assim o é. E, se é suposto a Taça ficar na posse da equipa que mais fizer por a merecer dentro das quatro linhas, para quê adulterar o rumo da partida que decidirá o seu vencedor e condicionar os comportamentos dos atletas de uma dessas formações? Na final da prova rainha do andebol, houve dois conjuntos a dar espectáculo e um outro decidido a estragá-lo.

Com um critério evidentemente distinto na avaliação das jogadas, dependendo da equipa envolvida na mesma, a dupla de arbitragem composta pelos juízes Tiago Monteiro e António Trinca conseguiu, várias vezes, colocar o Sporting a jogar com cinco e quatro jogadores de campo contra seis adversários, condicionando a missão ‘leonina’ em termos ofensivos e defensivos. Neste capítulo, é de referir que os ‘leões’ contabilizaram três expulsões (e, se Bosko foi vitima de um critério apertado que não foi tido para ambas as equipas, o mesmo não se pode dizer de Frankis Carol ou de Pedro Solha, cujas razões ainda estão por compreender) contra zero do Benfica. Bosko foi expulso numa fase em que assumia preponderância no processo defensivo da equipa, Frankis Carol viu vermelho por uma falta que, a ser cometida, o seu autor seria Pedro Portela e Pedro Solha... No mínimo, a marcação do livre de sete metros é duvidosa e a expulsão revela um excesso de zelo, mais uma vez, só observado contra os ‘verde e brancos’.

Mas vamos por partes. O encontro foi marcado pelo equilíbrio natural de um ‘derby’ desta natureza, com o Benfica a marcar primeiro e o Sporting a responder na mesma moeda, mantendo a diferença no resultado mínima. Aos 12’, os ‘encarnados’ aumentaram a vantagem para dois golos e aproveitaram algumas falhas defensivas e desorientações ofensivas dos ‘leões’ para ganharem uma margem mais confortável e, com um parcial de 4-1, chegaram aos 11-7, à passagem dos 23 minutos. Aí, o Sporting acordou, acertou o passo atrás e acelerou-o à frente, marcando três golos sem resposta e chegando, mais tarde, ao empate, desfeito no último lance do primeiro tempo por Elledy Semedo, que levou o Benfica para o intervalo a vencer por uma bola (13-12).

O segundo tempo teve a mesma toada de parada e resposta, com a indefinição no resultado a ser uma constante. Numa altura em que os ataques levavam a melhor sobre as defesas, o marcador foi sendo ampliado e os ‘leões’ até estiveram a perder por três bolas, mas Fábio Magalhães conseguiu equilibrar e empatar (19-19, aos 41’), antes de oferecer a primeira vantagem do encontro para o conjunto ‘verde e branco’, à passagem dos 45’ (21-20). Com Luís Oliveira em campo, o Sporting soube segurar a vantagem até aos cinco minutos finais do tempo regulamentar, onde viu o Benfica dar a volta ao marcador e foi obrigado a empatar, levando o jogo para prolongamento (30-30). Aí, o Benfica marcou primeiro, mas Carlos Carneiro, endiabrado, manteve os ‘leões’ na corrida, que, ao intervalo do tempo extra, ia com 33-32 para os ‘encarnados’. Com a segunda parte do prolongamento, chegou a resolução do jogo: Bruno Moreira empatou a partida e Frankis Carol foi expulso por uma falta que não fez; o campo inclinou-se ainda mais, o Benfica falhou um lance de ataque e Pedro Solha foi expulso. Porquê? Não se percebe. Perceptível é que, contra tudo e contra todos, o Sporting ainda voltou a empatar a partida (35-35), mas não foi capaz de evitar o tiro de longe que evitou a conquista da 16.ª Taça de Portugal do palmarés ‘leonino’.