CGD Stadium Aurélio Pereira, na Academia
Árbitro: André Narciso (Setúbal)
Árbitros assistentes: João Lisboa e António Traguedo
Ao intervalo: 0-0
SPORTING: Pedro Silva; Jefferson Encada (João Mendes, 66’), Guilherme Ramos, Gonçalo Vieira, Abdu Conté; Bubacar Djaló, Bruno Paz, Pedro Ferreira; David Tavares (Gil Santos, 59’), Pedro Empis e Ronaldo Tavares (Paulo Lima, 90’)
Treinador: Tiago Fernandes
Golos: Ronaldo Tavares (62’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Abdu Conté (50’), Pedro Silva (83’) e Ronaldo Tavares (90’)
V. Guimarães: Filipe Dinis; Alexandre Pinto (Tiago Francisco, 59’), Denis Martins, Nuno Gonçalves, Cláudio Tavares; Francisco Rodrigues, Gaspar Santoalha (J. Bruno, 62’), Mimito Biai; Rui Gomes (Bence Biró, 72’), Hélder Ferreira e José Xavier
Treinador: Alexandre Costa
Golos: -
Acção disciplinar: cartão amarelo a Denis Martins (32’), Alexandre Pinto (58’) e Cláudio Tavares (90+2’)
Quem vai à guerra dá e leva... A não ser que defenda bem. Os ‘leões’ alcançaram uma importante vitória tangencial sobre o V. Guimarães, num encontro muito disputado a meio-campo, onde a garra e a capacidade de combate se sobrepuseram, muitas vezes, ao talento e à técnica dos jogadores, principalmente até ao golo do Sporting, que só chegou pouco depois da hora de jogo. A partir daí, o conjunto ‘leonino’’ soube sofrer, aguentou as investidas vimaranenses e defendeu-se bem, conquistando os três pontos que, a haver justiça, só poderiam ficar em Alcochete.
Nos primeiros 20 minutos, os rasgos de inspiração foram poucos, dando lugar a um pingue-pongue na zona central do terreno que, quase sempre, culminava com uma bola longa lançada para a frente de ataque, com poucas situações de perigo efectivo a daí nascerem. Ronaldo Tavares começou por desviar um cruzamento ao primeiro poste, mas sem grande motivo de alarme para Filipe Dinis, antes de chegar milésimos de segundo atrasado ao passe de Pedro Empis, ao segundo poste, permitindo que o guardião vimaranense ficasse com o esférico. Aos 21’ surgiu a melhor oportunidade de toda a primeira parte, com Pedro Ferreira, num remate de ressaca à entrada da área, a atirar muito perto do alvo.
O jogo era uma guerra e, quando em posse, os ‘leões’ viam sempre algo correr mal, fosse a decisão tomada pouco correcta ou o toque dado na bola um acrescento desnecessário. Ainda assim, os lances de maior perigo, assim como a superioridade no capítulo ofensivo, pertenciam ao Sporting, que, por pouco, não chegou ao golo da vantagem por intermédio de Bruno Paz, que desviou um pontapé de canto batido por Pedro Ferreira, ao segundo poste, mas a centímetros do poste esquerdo do V. Guimarães. Pelo meio, Nuno Gonçalves, central vimaranense, desentendeu-se com o seu guardião e, perante a pressão alta de Ronaldo Tavares, viu-se obrigado a aliviar uma bola pela linha de fundo, quase fazendo auto-golo. No último lance dos primeiros 45 minutos, foi a vez da linha defensiva ‘verde e branca’ também ela facilitar, com Gonçalo Vieira e Guilherme Ramos (que, tirando este lance, estiveram imperiais no eixo da defesa) a darem a oportunidade a Rui Gomes para atirar com relativo perigo por cima da barra defendida por Pedro Silva.
O segundo tempo iniciou-se com nova oportunidade para o V. Guimarães, com José Xavier a surgir isolado na cara do guardião ‘leonino’, que assinou uma excelente intervenção e manteve o nulo no marcador, antes de ver o seu companheiro David Tavares ceder o lugar a Gil Santos. E foi o ‘leão’ recém-entrado quem, aos 62’, deu o pontapé de saída para o golo que viria desbloquear o marcador e oferecer os três preciosos pontos ao Sporting: cruzamento de Gil Santos, alívio da defesa vimaranense, e segunda bola ganha por Pedro Ferreira, que assiste Ronaldo Tavares no meio dos centrais, com o avançado ‘leonino’ a bater Filipe Dinis e a fazer o 1-0 para os ‘leões’.
O V. Guimarães pouco tinha demonstrado em termos ofensivos, mas, em desvantagem, viu-se obrigado a subir linhas; os ‘leões’, esses, que procuravam a vantagem e finalmente a tinham alcançado, viam-se forçados a pôr toda a sua garra em campo, defendendo o resultado com unhas e dentes. Os vimaranenses apostavam fortemente no seu corredor direito, com o lateral Alexandre Pinto a subir bem e a ganhar por algumas vezes a linha de fundo, mas com Pedro Silva ou a defensiva ‘leonina’ a resolverem bem as situações. Com dez minutos por jogar, o V. Guimarães encostou o Sporting atrás e conseguiu a sua maior chance de chegar ao empate, mas o remate em arco de Hélder Ferreira esbarrou com um estrondo na barra ‘leonina’, pondo fim a uma guerra que terminou com os ‘verde e brancos’ a mostrarem que nem sempre é preciso levar para se poder dar.