Palau Blaugrana (Barcelona)
Árbitros: Massimilano Carmazzi e Ulderico Barbarisi (Itália)
Ao intervalo: 3-0
Barcelona: Egurrola, Marc Gual (1), Sergi Panadero (1), Lucas Ordoñéz (1) e Pablo Álvarez. Jogaram ainda: Xavi Costa (1), Edu Lamas (1) e Xavi Barroso
Treinador: Ricardo Muñoz
Exclusões: -
SPORTING: Girão, Tuco, André Centeno, João Pinto (1) e Cacau. Jogaram ainda: Ricardo Figueira, Luís Viana e Tiago Losna
Treinador: Nuno Lopes
Exclusões: Tuco e Tiago Losna
Pelo piso, pelo ambiente e pelas próprias características do jogo, cedo se percebeu que a segunda mão da Taça Continental pouco ou nada teria a ver com aquilo que se tinha passado no Livramento (à excepção dos cânticos dos insuperáveis adeptos ‘leoninos’, que ridicularizaram os homólogos catalães ao longo de todo o encontro a nível de apoio). Por um lado, e para se perceber o quão frio era o ambiente fora do rinque, era completamente audível as trocas de bola de stick para stick, algo que não aconteceu em Portugal; por outro, e dentro da quadra, o Barcelona entrou disposto a assumir o comando do encontro e a tentar inverter ainda na primeira parte a desvantagem de dois golos. Essa era a chave do encontro, aquela que os catalães queriam encontrar e que os ‘leões’ tinham de esconder. No entanto, ao intervalo, os ‘blaugrana’ já tinham passado para a frente fruto de alguns erros e desconcentrações que deitaram tudo a perder. O azul dos cartões mostrados a Tuco e Tiago Losna escreveu uma parte, o grená da qualidade individual dos visitados acabou com o resto. E a história que já tinha sido antes escrita ficou a meio.
Apesar das dificuldades em esticar o jogo ofensivo em termos de ataque organizado, o Sporting foi conseguindo contrariar o Barcelona, a defender com linhas muito subidas e a tentar provocar o erro. E, apesar do domínio territorial dos visitados, a verdade é que foi preciso surgir a primeira exclusão – muito forçada, acrescente-se – para Ordóñez, numa grande jogada individual, superar pela primeira vez Girão (que tinha defendido o livre directo de Álvarez). Os catalães jogavam melhor e mais rápido, também pelo recuo excessivo da equipa ‘leonina’, mas ainda se assustaram quando, numa das poucas transições conseguidas, Figueira atirou ao poste. Esse foi, aliás, um minuto fulcral porque, pouco depois, Xavi Costa fez o 2-0. Para piorar as coisas, ainda antes do intervalo, Girão voltou a travar um livre directo de Gual após o azul a Losna mas, a dois segundos do final do ‘power-play’, Lamas disparou para o 3-0 registado ao intervalo.
Na etapa complementar, a formação ‘verde e branca’ entrou melhor, de forma mais aguerrida e incisiva, e beneficiou mesmo de um livre directo que Luís Viana não conseguiu transformar. O encontro até estava mais para o 3-1 do que para o 4-0 mas, na sequência de um lance de estratégia, Gual atirou um míssil aos oito minutos que alterou por completo a história do encontro: a partir desse momento, e sobretudo depois de Viana ver também Egurrola defender um ‘penalty’, o Barcelona puxou dos galões de bicampeão europeu, chegou ao 5-0 de grande penalidade e controlou as incidências do encontro face a um Sporting que conseguiu apenas o tento de honra no último minuto.
Em algumas fases os ‘leões’ não tiveram aquela pontinha de sorte, mas também puxaram o azar através de erros individuais e colectivos desnecessários, além de terem desperdiçado todas as bolas paradas. Agora é ganhar a CERS e... para o ano há mais.