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‘Sporting’ custava 2 escudos

Por sporting
28 Mar, 2012

Durante 27 anos, a assinatura do jornal custou 2$00 por semestre – 12 números, por ser quinzenal.

“O Boletim não representa motivo de lucro, mas também não pode ser origem de prejuizo. Assim a Direcção cobrará de cada associado a quantia de dois escudos por semestre, importancia que rigorosamente cobre as despezas de papel, impressão e expedição. Não pode a Direcção tornar obrigatorio este pagamento, nem incorre em penalidade aquele que não o efectuar. Assim o dever de pagamento transforma-se num dever moral, ao qual, estamos certos, sócio algum procurará esquivar-se”. Foi nestes termos (propositadamente respeitámos a grafia da época) que a Direcção do Clube, no célebre “Razão de ser” com que, em 31 de Março de 1922, abriu o n.º 1 do Boletim do Sporting, considerava ser “um dever moral” o pagamento pelos associados da verba necessária – um cêntimo, na moeda actual – para cobrir os custos de um semestre (doze [!] números, porquanto era quinzenal a publicação prevista). Assim aconteceu, de facto, nas seis edições iniciais, já que o primeiro atraso chegaria com os n.ºs 7 e 8 (em 8 de Julho); o n.º 9 saiu em 31; os n.ºs 10 e 11, em 23 de Agosto; e, o n.º 12, em 15 de Setembro. Deixando uma mais exaustiva consulta para a lista em anexo, não queremos, no entanto, deixar de sublinhar que, de 23 de Maio a 1 de Novembro de 1923 apenas foram publicados cinco números; e que, de 7 de Janeiro de 1924 a 1 de Outubro de 1931 (praticamente oito anos) saíram 64, oito de média anual. Era director, o médico e grande jornalista (e, simultaneamente, excepcional desportista) José Salazar Carreira que, depois de uma esporádica aparição do Boletim – um único número em 1934 – retomou a sua direcção, por mais quatro anos e picos, de Dezembro de 1935 a Março de 1940. Seria necessário aguardar até 23 de Abril de 1949, quando, numa nova fase, o Boletim passou a semanário, para alterar o valor da assinatura: 4$00 mensais! Com o preço de capa de 1$00, que apareceu, pela primeira vez, no n.º 2, a durar quase nove anos, pois só, em 1 de Janeiro de 1958, passou a 1$20. Onze anos (!) mais tarde, mais exactamente em 14 de Maio de 1969, novo aumento... para 1$50! O seguinte, para 2$50, demorou quatro anos e meio (21 de Novembro de 1973) e manteve-se 13 meses (3$50, em 8 de Janeiro de 1975). Depois, a acompanhar o galope dos encargos, 5$00, em 11 de Julho de 1975; 6$00, em 5 de Janeiro de 77; 7$50, em 4 de Janeiro de 78; 10$00, em 7 de Março de 79; 12$50, em 5 de Novembro de 80; 15$00, em 7 de Janeiro de 81; 20$00, em 4 de Novembro de 82; 25$00, em 5 de Abril de 84; 30$00, em 3 de Abril de 85; 35$00, em 1 de Janeiro de 86; 40$00, em 7 de Janeiro de 87; 45$00, em 5 de Janeiro de 88; 50$00, meio ano depois, em 5 de Julho; 70$00, em 6 de Dezembro de 89; 80$00, em 6 de Novembro de 91; 100$00, em 1 de Julho de 92; 110$00, em 4 de Julho de 95; 120$00, em 2 de Abril de 96; 130$00 (65 cêntimos), em 31 de Julho de 2001. Foi em 2003, a partir do dia 31 de Julho, que o Jornal “Sporting” passou a custar um euro até ao actual 1 euro.