Da escrita manual aos computadores
Por sporting
29 Mar, 2012
29 Mar, 2012
Muito haveria a escrever sobre o Jornal ‘Sporting’ que, dentro de dois dias, celebra 90 anos de existência. Hoje falamos da sua evolução.
Naturalmente que muito haveria a escrever sobre o Jornal ‘Sporting’ que, dentro de dois dias, celebra 90 anos de existência. Podiamos falar de custos, da apresentação e conteúdos, desde o primeiro Boletim, com oito páginas de 20x28 cms, impressas a preto, na Tipografia Henrique Torres, na Rua de S. Bento, até às presentes 20 ou 24 páginas, em tablóide curto de 29x37 cms, integralmente a cores, saídas das mais modernas rotativas. Uma diferença tão grande como a que vai de um corpo redactorial então 100% amador (no jornal desde Março de 1971, o autor destas linhas, que inclusivamente oferecia as fotografias mesmo até aos atletas, e pagava, do seu bolso, todas as deslocações, só no dia 26 de Dezembro de 79 recebeu a primeira colaboração semanal: 150$00), passando, desde Dezembro de 1986, pelo primeiro director remunerado (Garcia Alvarez), até à actual redacção, em Alvalade, donde o jornal, é inteiramente produzido e remetido para a tipografia. A mesma distância que vai, ainda nos anos 70, dos artigos manuscritos e das zincogravuras (impressionante o “arquivo” que João Xara-Brasil transportava, num pesadíssimo malão, em cada fecho de jornal), até à mais sofisticada tecnologia, que, todavia, não pára de crescer. Mas, a verdade é que desde a Tipografia Henrique Torres até à actual, longo foi o percurso do jornal, com as diversas “passagens de testemunho” a corresponderem a outras tantas etapas de aperfeiçoamento. Depois das tipografias, onde era composto e impresso – da Cooperativa Militar, em 1923; de “O Sport de Lisboa”, em 29; Silvas, Lda., em 35; Sociedade Astória, em 37; Mourão, em 46; Gomes & Rodrigues, em 49, passou para a Companhia Nacional Editora, em 54; Casa Portuguesa, de 1957 a 69 (com uma interrupção na Gráfica Boa Nova, em 60); Companhia Nacional Editora, em 71; em 75, Sociedade Industrial de Imprensa, um ano depois, Empresa Pública dos Jornais Século e Popular (um parêntesis para assinalar a autêntica “revolução” ocorrida em 31 de Agosto de 1977, após a noite de apresentação de Jordão, vindo do Saragoça, quando o jornal – que vimos ainda composto em máquinas “linotype”[que já fazem parte dos museus] e depois em esteriotipia, foi, pela primeira vez, parcialmente feito em “offset”). Já então na era dos computadores e da fotocomposição, Sporting mudou para a Congráfica, de 1980 a 1991 (excepto de finais de 88 a Setembro de 89, feito na GTAG e impresso na Mirandela e, depois, na Imprinter). Em 1991, uma melhoria significativa, com a passagem para a Heska Portuguesa (que, em 97, mudou as instalações da Venda Nova para Campo Raso, Sintra). A partir de 31 de Julho de 2003, o jornal passou a ser produzido “em casa”, na redacção, e a posterior impressão, em Queluz de Baixo, em rotativas ainda mais rápidas e modernas. Actualmente, o jornal é enviado, em formato PDF, para a tipografia, onde é impresso e, depois, distribuido por todo o País e pelo Mundo.