‘Sporting’ para rebater e bater
Por sporting
30 Mar, 2012
30 Mar, 2012
Para combater a tendência dos jornais da época de minimizarem os feitos do Sporting, surgiu a feliz ideia do Clube ter o seu órgão privativo.
Foi para combater a tendência dos jornais da época de minimizarem os feitos do Sporting que, em 1922, surgiu a feliz ideia do Clube ter o seu órgão de informação privativo. Esta iniciativa foi tomada pela Direcção presidida por Júlio de Araújo, no dia seguinte a uma nítida vitória «leonina», em jogo de campeonato, e, mais uma vez, depreciada pelas críticas. Nessa noite, no extinto Café Martinho (situado nas traseiras do Teatro D. Maria II, no Rossio) e habitual ponto de reunião das tertúlias sportinguistas, era evidente a revolta contra a injustiça dos relatos da imprensa, facto que levou José Serrano e Mendes Leal a proporem a edição de um jornal “para rebater e bater”. Consultado Júlio de Araújo, este foi de opinião que o «Boletim» “circularia no seio dos sportinguistas, para que orientasse os sócios de forma a facilitar os empreendimentos das Direcções, que lhes transmitisse entusiasmo, neles criasse o verdadeiro espírito clubista e os encaminhasse para uma firme, necessária, ponderada e categórica defesa dos interesses do Clube”. A ideia foi aceite e, em 31 de Março de 1922, apareceu o primeiro número do «Boletim», sob a direcção de José Serrano. Na primeira página, o emblemático «Razão de ser» foi o primeiro artigo publicado, um texto de apresentação no qual se fixavam e divulgavam as normas por que se orientaria. E, 90 anos depois, mantem-se o espírito, a mesma actualidade e a mesma vontade de criar o verdadeiro entusiasmo «leonino».