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Joaquim Agostinho nasceu há 70 anos

Por sporting
07 Abr, 2013

Artur Moreira Lopes, presidente honorário da Federação Portuguesa de Ciclismo, recorda esta enorme figura.

Este domingo, 7 de Abril, comemoram-se os 70 anos do nascimento de Joaquim Agostinho, o melhor ciclista português de todos os tempos e um dos grandes nomes da história do Sporting Clube de Portugal. Agostinho foi campeão de Portugal seis anos consecutivos, entre 1968 e 1973, venceu a Volta a Portugal de 1970 a 1972 e correu a Volta a França por 13 vezes, chegando a ganhar a mítica etapa Alp d'Huez, em 1979. Em Maio de 1984 faleceu de forma trágica, depois de ter estado dez dias em coma, na sequência de uma queda fatal na Volta ao Algarve, provocada após um choque com um cão. Artur Moreira Lopes, presidente honorário da Federação Portuguesa de Ciclismo, conviveu com essa grande figura da história do Sporting e recorda-o como um desportista de excepção e uma pessoa fantástica. “Joaquim Agostinho foi o melhor ciclista português de todos os tempos. E para além dessa sua dimensão como atleta, era uma das figuras mais simpáticas do pelotão. Todos os corredores do seu tempo eram unânimes nos elogios que lhe teciam”, refere. Artur Moreira Lopes sublinha “a sua lealdade extrema e as enormes qualidades humanas, pois estava sempre pronto para ajudar os outros, fossem colegas de equipa ou adversários”. Por isso, “era muito respeitado por todos, desde as figuras mais importantes das instituições até aos mecânicos”. O vice-presidente da UCI (União de Ciclismo Internacional) lamenta o trágico falecimento de Agostinho, ocorrido a 10 de Maio de 1984, 10 dias depois da queda que sofreu numa etapa da Volta ao Algarve. “É inconcebível que tenha morrido daquela forma, tão jovem [41 anos]! Ainda por cima uma queda provocada por um cão, ele que tantas vezes levava esses animais para casa…Curiosamente nesse dia horrível ele até envergava a camisola amarela”, recorda. Artur Moreira Lopes esteve presente no funeral desta figura mítica do Sporting e lembra-se bem do ambiente vivido. “Posso dizer que quando o seu corpo chegou ao Estádio José Alvalade, a cauda do cortejo fúnebre tinha acabado de sair da Basílica da Estrela. Era uma multidão de milhares e milhares de pessoas, que quiseram prestar-lhe uma última homenagem”, lembra. O presidente honorário da Federação Portuguesa de Ciclismo coloca Joaquim Agostinho “ao nível dos melhores desportistas de sempre em Portugal, como Carlos Lopes, Eusébio, Figo e Cristiano Ronaldo”. Razões para tal sucesso? “Para ele, andar de bicicleta era como beber um copo de água. E ele só começou a correr com 23 ou 24 anos… Era um sobredotado, uma força da natureza!”