Acesso Ilimitado’ relata antigas gestões do Clube de Alvalade

Carlos Severino – ex-assessor do Sporting na era de Dias da Cunha – lançou esta segunda-feira o livro ‘Acesso ilimitado’, relatando episódios vividos em Alvalade e as consequências que as gestões anteriores à actual direcção tiveram no Clube, começando pela direcção de Santana Lopes. “O livro não tem ficção. Constam os nomes das pessoas e relata factos, uns mais e outros menos conhecidos. É possível entender, entre outras coisas, como em 2013 o Sporting fica no sétimo lugar e tem 500 milhões de euros de passivo; como é que o Sporting recebeu menos de metade do valor da venda de Cristiano Ronaldo, mas também no terceiro nome do sistema de que Dias da Cunha tanto falava mas que apenas disse, em público, dois deles”, explica Carlos Severino na cerimónia de apresentação do livro, realizada no Café In, em Lisboa. “Escrevi o livro por um imperativo de consciência. Fiz uma pesquisa cuidada para evitar mentiras ou mal entendidos. É uma obra de facto, não pretendo atacar ninguém. Acho que fiz um serviço ao Clube, e com todo o gosto, para que nunca mais aconteça o que aconteceu nos últimos anos”, conta, acrescentando também que o Sporting não pode ser subalternizado quer por outros clubes quer pelos fundos. “O Sporting é um clube de topo, não pode ser governado ou subalternizado por outros clubes. O caminho é difícil mas é possível e os actuais órgãos sociais estão a fazê-lo. Temos de ter uma palavra a dizer no futuro dos nossos jogadores e recebermos aquilo a que temos direito nas transferências”, completou. Pedro Gomes – antigo futebolista ‘leonino’ e escritor – e Jaime Cancella de Abreu, da editora do livro, Prime Books, completaram a mesa de apresentação do livro. “É um livro que faz uma viagem pela gestão ruinosa do Sporting e explica porque é que batemos no fundo. Desde a dinastia Roquette que destruiu praticamente todo o património do Clube, passando por Santana e Godinho Lopes, foram duas décadas de péssima gestão onde apenas as dívidas cresceram”, avançou Pedro Gomes. Jaime Cancella de Abreu sublinhou a coragem de Carlos Severino em escrever um livro “pouco habitual em Portugal”, disse. “Não é usual alguém balançar-se para este tipo de temas porque somos um país pequeno, onde existe o medo de dizer certas coisas devido ao receio de encontrar essas pessoas na esquina ao lado. O Carlos Severino, por dever de consciência Sportinguista, não podia deixar de partilhar com os adeptos ‘leoninos’ aquilo que viveu, nomeadamente os aspectos que influenciaram negativamente o Clube”, completou. O director de comunicação, José Quintela, e Jaime Marta Soares, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, foram os representantes ‘leoninos’ que marcaram presença neste evento.