Esculturas de Carlos Bacalhau retratam basquetebolistas ‘leoninas’

O Museu Mundo Sporting abriu, este sábado, as portas a cerca de 200 pessoas que marcaram presença na abertura da Exposição do Basquetebol do Sporting, com várias esculturas feitas em barro, fibra e demais produtos, e que representam as atletas do basquetebol sénior do Clube ‘verde e branco’. A obra foi concedida por Carlos Bacalhau, escultor alentejano que aceitou de pronto o convite feito pela responsável do Museu Mundo Sporting, Lúcia Paula, para representar em esculturas as atletas ‘leoninas’. “A Lúcia pesquisou alguns dos meus trabalhos, nomeadamente o presépio de Borba, e entrou em contacto comigo de modo a fazer este trabalho que me despertou grande interesse. Penso que resultou”, avança Carlos Bacalhau. A iniciativa serviu também para juntar a família da modalidade, da qual se sublinha a presença de alguns ex-atletas, dos basquetebolistas mais novos e das próprias jogadoras do conjunto sénior. “É o reconhecimento do Museu Mundo Sporting ao basquetebol, uma modalidade muito querida dos Sportinguistas. É importante que volte a assumir um papel fundamental no Clube”, frisou Carlos Sousa, praticante da modalidade nos anos ’60 e ‘70. Da parte da direcção, marcou presença o Comandante Vicente Moura que também felicitou o trabalho quer do escultor, quer do Museu Mundo Sporting. “Magnífico trabalho e grande receptividade por parte dos Sportinguistas que marcaram presença em massa. Um belo modo de engrandecer o desporto e o basquetebol”, afirmou. De realçar que as esculturas contam com uma tradução em braile, permitindo aos deficientes visuais a obtenção das informações acerca das respectivas obras. “É raríssimo encontrar iniciativas em que haja alguma atenção especial para os portadores de deficiências visuais. Tenho de agradecer o convite do Museu Mundo Sporting e o facto de terem tido em conta os invisuais. Normalmente são as deficiências motoras as que merecem mais visibilidade e por isso todas as iniciativas deste tipo tão sempre poucas”, salienta Eduardo Balola, responsável pela equipa de goalball do CAC. O evento que preencheu grande parte da tarde deste sábado teve em Lúcia Paula a principal responsável. “Foi uma tarde muito importante para o Sporting. Trata-se de uma exposição plena de arte, algo que faz muita falta na museologia. Serviu também para chamar e reunir antigos basquetebolistas, acabando o Museu por ficar mais rico com algumas das relíquias que os próprios doaram ou emprestaram de forma temporária”, referiu. Esta exposição visa homenagear também os 87 anos de existência da modalidade no Clube de Alvalade.