Eleições nacionais no Clube de Portugal
20 Set, 2018
Editorial do director interino para a edição n.º 3694
Oficial e simbólica a primeira visita de Frederico Varandas como Presidente do Sporting Clube de Portugal ao Porto, por ocasião do 28.º aniversário do Solar do Norte. No rescaldo das eleições mais participadas de sempre do Clube, o líder leonino escolheu a segunda maior cidade do país para, no seu discurso, anunciar algo que vai de encontro ao desejo da esmagadora maioria da família fora de Lisboa: o próximo acto eleitoral que se realizar no Sporting terá cobertura nacional, não se confinando apenas às urnas instaladas em Alvalade para decidir o futuro do Clube. "É inaceitável, em pleno século XXI", adiantou Frederico Varandas, garantindo que este é um ponto de honra para si e para o Conselho Directivo que dirige.
112 anos depois da sua fundação, o Sporting dá ainda mais corpo ao seu carácter nacional, tal como o seu nome indica, permitindo aos Sócios que estão fora da capital de participar activamente nos momentos de decisão. Do lema de candidatura "Unir o Sporting" ao mote de mandato, que se manteve, o Presidente verde e branco disse ainda, na noite que marcou a sua eleição, que o momento era de passar da palavras aos actos. Abrir as mesas de votos a todo o território nacional é uma medida concreta praticamente ao nível da construção do tão necessário como desejado pavilhão: já muitos outros candidatos em eleições anteriores o prometeram mas nenhum, até hoje, o cumpriu. Além de ser uma medida que serve, indubitavelmente, para unir os Sportinguistas, quanto mais não seja torná-los iguais dando condições iguais àqueles que, por proximidade geográfica, têm mais facilidade em deslocar-se a Lisboa para os actos eleitorais. Pode parecer uma medida sem grande impacto, mas apenas para quem nunca participou num encontro de Núcleos e não ouviu as várias queixas (sucessivas) de uma descentralização há muito desejada e que com o comprovado sucesso do voto electrónico vai-se tornando cada vez mais difícil não abrir o acto eleitoral a outros pontos do país, dando corpo (não apenas espírito) ao Clube de Portugal.
Uma semana depois de ter sido eleito, Frederico Varandas, para além da ia ao Porto, acompanhou Bruno Fernandes e Miguel Luís [ver páginas 16 e 17] ao Pólo EUL, a Academia Sporting a funcionar no Estádio Universitário para os escalões etários mais baixos, dos sub-7 aos sub-13, momento em que passam a progredir (e viver, no casos dos internos), em Alcochete. O código genético leonino tem a formação bem gravada, transversalmente em todos os seus departamentos. O futebol pode ser a modalidade mais mediática, mas também no atletismo, no futsal, no andebol, voleibol, hóquei em patins, natação, karaté, judo, kickboxing, ginástica e até no goalball, com o protocolo existente com o CAC Pontinha.
Depois dos arranques do andebol e do futsal, foi a vez do futebol feminino dar início à sua caminhada rumo ao 'tri'. A vitória conclusiva (7-0) frente à recém-promovida Ovarense foi um bom começo, tal como será esta noite, no regresso da Listada verde e branca aos palcos europeus, com a recepção ao Qarabag. O Estádio José Alvalade voltará à sua actividade desportiva mais mediática, depois de ter proporcionado a primeira vitória na tentativa de revalidação da Taça da Liga. O fim-de-semana começa hoje, quinta-feira, e não apenas com noite europeia do futebol: a equipa de andebol recebe, no Pavilhão João Rocha, o Fafe, na 4.ª jornada do campeonato nacional, em mais uma caminhada rumo a outro 'tri'. Isto é o Sporting.