Presidente na sede da FIFA

O presidente do Sporting Clube de Portugal, Frederico Varandas, realizou uma visita de cortesia à sede da FIFA acompanhado por Hugo Viana, elemento da estrutura do futebol profissional dos Leões.

“Mais do que uma visita de cortesia, foi também um alerta para o facto de o Sporting CP necessitar de estar presente, quer a nível interno, quer externo, perto dos órgãos de decisão”, explicou o líder máximo Leonino.

“O Sporting Clube de Portugal não se pode afastar de quem regula o futebol, seja a nível interno ou externo. Tivemos uma conversa extremamente interessante onde, resumidamente, revelei as minhas duas grandes preocupações enquanto presidente do Clube” e que se prendem, sobretudo, com a regulamentação do mercado de transferências e a protecção dos clubes formadores, como é o caso do SCP: “Estamos a viver uma fase na qual o mercado é verdadeiramente selvagem e em que os clubes estão cada vez mais pobres. É curioso verificar que as receitas dos clubes vão aumentando, mas o dinheiro não fica nos mesmos. Tem de haver coragem para implementar uma regulação das transferências porque, em caso contrário, os clubes com a nossa dimensão sentem-se cada vez mais estrangulados e com mais dificuldades em sobreviver. A FIFA tem esse dever, de enfrentar o problema de frente e regular o mercado de transferências e todos os clubes têm de se unir nesta guerra.”

Em relação ao segundo ponto, o presidente Frederico Varandas referiu que teve a oportunidade de “falar da história e tradição do SCP enquanto Clube formador”: “O Sporting CP formou os melhores jogadores do futebol português, dois bolas de ouro – um dos quais o melhor português de sempre e um dos melhores do mundo de todos os tempos – e tem de ser protegido. Os clubes formadores têm grandes dificuldades em lutar contra os gigantes que chegam antes de se fazer o contrato profissional com os jovens jogadores. Não temos qualquer tipo de protecção e é um autêntico ‘vale tudo’. É com grande dificuldade que o SCP, e outros clubes formadores, segura os melhores jogadores e é aqui que precisamos que a FIFA intervenha”.