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Foto João Pedro Morais

"Foi um senhor ao longo da sua vida"

Por Sporting CP
29 Jun, 2024

Marcelo Rebelo de Sousa no último adeus a Manuel Fernandes

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se, este sábado, ao Estádio José Alvalade para um último adeus a Manuel Fernandes. O mais alto responsável nacional já tinha lamentado o falecimento do Eterno Capitão na quinta-feira, mas quis marcar presença no velório, tendo-o feito perto das 23h00.

“Não era preciso ser Sportinguista para o admirar e gostar dele. Era uma pessoa que era fácil de se gostar e de se respeitar porque ele gostava dos outros e respeitava os outros – adversários dentro e fora de campo ou nos debates televisivos no muito tempo de comentário que teve. Era assim em todas as posições que o conheci”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: “O país deve-lhe tudo o que ele fez como jogador, treinador, dirigente e até como pedagogo, pois ele explicava o futebol aos portugueses sem rancores, fanatismos ou facciosismos”.

“Portugal está-lhe grato”, sublinhou o Presidente da República, que disse que a lenda Leonina “tinha um carácter magnífico, uma personalidade forte, mas doce” e “no coração, tinha abertura ao diálogo”.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou depois que partilhou com Manuel Fernandes alguns dos seus últimos momentos, elogiando-o na forma como lutou. “Ele lutava pela vida mesmo com a aproximação da morte. Estava sem forças já, mas era como se as tivesse. Era o mesmo lutador, a querer prolongá-la e prolongou-a para além de todos os limites médicos. Isso só se deve à capacidade de luta que tinha. Cada vez que se entendia que era o último encontro, descobria-se que não era, ainda haveria outro”, recordou.

Para finalizar, o Presidente da República enalteceu Manuel Fernandes como um exemplo: “Os muitos discípulos que deixou percebem que o desporto é exactamente o que foi a vida dele. O desporto em geral, e o futebol em particular, é isso mesmo. Deve-se ser um senhor como ele era, com convicções clubísticas, batendo-se pelo seu clube, mas sem deixar de ser um senhor no seu carácter e no tratamento com os outros e isso é muito importante dentro e fora das quatro linhas. Ele foi assim. Foi um senhor ao longo da sua vida e foi um senhor até aos últimos momentos”.