O treinador mostrou-se desagradado com o resultado, mas lembrou que ainda falta um jogo.

Domingos Paciência considerou que o grupo "não fez uma boa primeira parte. Não entrámos bem. Sabíamos que o Moreirense ia jogar assim, com um sistema muito baixo, com muita alma e motivação. Acabámos por dar 45 minutos de avanço. Nem o golo que marcámos foi suficiente para chegar ao intervalo a ganhar". No que diz respeito à segunda parte do jogo, Domingos disse que “fomos uma formação mais agressiva, arriscámos. Mas, acabámos por empatar um jogo que era para ganhar. Há que continuar a acreditar nesta competição. Falta um jogo, dependemos do que fizermos na partida que resta". A expressão do treinador sobre o Sporting ter dado 45 minutos de avanço aos adversários, levou o técnico a dizer: "se tenho explicação? Tenho! A equipa está com muitas dificuldades em entrar em jogo. Quem vem aqui, acaba por baixar muito o bloco e se não tivermos capacidade para desmanchar isso, acaba por ser um problema". Questionado se as suas declarações tidas na véspera revelavam alguma divergência com o discurso do presidente Godinho Lopes, Domingos respondeu, de forma firme: “De maneira nenhuma. Têm que ver as imagens. Eu a falar. A minha cara e não o que veio no «Correio da Manhã» ou no «DN», que não estiveram presentes, ou ainda no «Record», que deturpa tudo. O que querem que eu faça? Também sou obrigado a pegar num papel e numa esferográfica e passar o que eu digo aos jornais? O que disse é que o presidente tem toda a razão em dizer o que disse, e o que eu disse é que não se pode ganhar nada em seis meses. Alguma vez eu ia contra a pessoa que me pôs aqui? Só podem ser pessoas de má-fé ou que nem aparecem nas conferências de imprensa... Sou um insatisfeito por natureza e não gosto de ver a minha equipa, ou os meus jogadores, serem atacados e é por isso que os defendo. Os meus jogadores têm de ser também insatisfeitos e, nesta altura, estamos todos insatisfeitos por não conseguir ganhar, mas podem ter a certeza que só com capacidade de trabalho e de crença conseguiremos dar a volta a esta situação.”