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Foto José Cruz

"Benfica não quer nem consegue regularizar as claques"

Por Jornal Sporting
13 Jun, 2017

Bruno Mascarenhas esteve no Grande Jornal (Sporting TV) e abordou as temáticas da Assembleia Geral da Liga

Bruno Mascarenhas, membro do Conselho Directivo do Sporting CP e representante do Clube na Assembleia Geral da Liga, que decorreu esta segunda-feira nas instalações da instituição (Porto), esteve no Grande Jornal da Sporting TV para abordar as temáticas discutidas. Além das duras críticas à alteração do artigo 136 do Regulamento de Disciplina - "revelador de indignidade agravada o acto de fumar na zona técnica, incluindo cigarros electrónicos, e expelir fumo os quaisquer outras substâncias, tais como saliva, na direcção de dirigentes, jogadores ou quaisquer outros agentes desportivos" -, o dirigente leonino abordou o 'chumbo' à proposta de alteração que previa a interdição de estádios aos clubes que apoiam claques ilegais. 
 
A proposta do FC Porto foi decidida por voto secreto, tendo acabado recusada mesmo depois de a versão inicial (interdição de quatro a 12 jogos) ter sido reduzida (de dois a quatro e de quatro a oito em caso de reincidência). Estas medidas destinavam-se a clubes sem claques oficiais que apoiassem directa ou indirectamente grupos organizados sem a legalização do Instituto Português do Desporto e da Juventude. 
 
"Este era um bom pretexto para os dirigentes dialogarem com os seus grupos não organizados e tentaram alterar a situação. Acabou por ser perder uma excelente oportunidade, isto porque o Benfica não quer nem consegue regularizar as claques", vincou Bruno Mascarenhas em declarações ao canal do Clube. Depois de já se ter manifestado quanto à proibição da utilização de cigarros electrónicos na zona técnica, adjectivando a decisão de "palhaçada e perseguição ao nosso Presidente", o membro da Direcção acrescentou algumas palavras. 
 
"A isto chama-se mesquinhez. Houve alguém que teve esta ideia e decidiu passá-la para o papel. Os clubes deviam juntar-se àqueles que querem a clarificação do futebol português sem estarem em situações de dependência. Eles são livres. No entanto, há um grupo minoritário que quer dominar", afirmou. Recorde-se que o acrescento foi decidido com votos contra do Sporting CP e FC Porto e votos a favor do Benfica, Arouca, V. Setúbal e Famalicão, sendo que houve abstenções dos restantes clubes presentes. 
 
"É uma vergonha. Tenho pena de que a Direcção da Liga não se tenha pronunciado sobre isto. No próximo ano, estou em crer que este artigo será retirado. Até lá, vamos fazer lembrar quem o validou. Espero que todos os Sportinguistas o façam", concluiu.