Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

“Crescimento tem sido melhor do que esperava”

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2015

Jorge Jesus lança 'derby' da Supertaça em entrevista à RTP

Jorge Jesus, treinador do Sporting, fez hoje o lançamento da Supertaça de domingo, frente ao Benfica, no Estádio do Algarve. Em entrevista à RTP, o técnico mostrou-se preparado para o encontro e frisou que o facto de ser uma partida contra a antiga equipa não altera em nada o enfoque principal: alcançar o título.

“O Sporting venceu a Taça de Portugal na última época e é por isso que chega a esta final. Para mim, é mais uma final. É verdade que é a minha primeira final ao serviço do Sporting mas sinto-me normal, natural e confiante, como é óbvio e como estou sempre”, começou por referir, completando: “Tudo isto é normal. Vou jogar contra um clube que também tem uma identidade e uma história muito grande ao nível de títulos desportivos. São dois rivais que sempre o foram, há uma rivalidade muito grande sempre que se defrontam. É a minha primeira final no Sporting e vou defender estas cores como defendia quando estava noutros clubes”.

Em paralelo, Jorge Jesus considerou que o resultado de domingo não irá definir o resto da temporada, ao mesmo tempo que admitiu estar surpreendido com alguns pontos da exibição ‘leonina’ frente à Roma.

“A Supertaça é importante porque se pode começar uma época a vencer e a ganhar uma taça mas não tem influência em relação ao futuro de nenhuma das equipas. É verdade que em termos emocionais e de confiança das equipas quem ganha tem vantagem. Quando se perde um título não se sai satisfeito, porque são disputados para ganhar”, frisou, acrescentando: “Depois do jogo treino com a Roma referi que fiquei surpreendido com alguns capítulos que a equipa tem e que são fundamentais. Com cinco semanas de trabalho, alguns jogadores menos, o crescimento tem sido, em termos práticos, melhor do que eu pensava. A equipa surpreendeu, até mais neste jogo com a Roma. Uma coisa é chegar-se a um clube e ter-se uma ideia de jogo que se muda, é isso que temos feito; outra coisa é chegar e não mudar nada – e aqui é que está a diferença”.

De seguida, o técnico bicampeão nacional abordou também as vantagens e desvantagem de começar por defrontar a anterior equipa logo no primeiro encontro oficial da temporada: “Eu sou um, depois há os onze jogadores mais os outros que entram ou não chegam a jogar. O adversário, nas últimas duas épocas, em oito títulos ganhou sete. Portanto, a vantagem está do lado do detentor do título, com uma equipa que tem uma ideia que mantém, porque nada mudou. As ideias que estão lá são todas minhas, vou jogar contra uma equipa com as minhas ideias, não mudou nada, enquanto eu cheguei ao Sporting e mudei tudo. Do que tenho visto o Benfica, nas bolas paradas ofensivas e defensivas, a ideia de jogo, o modelo de jogo, fui tudo criado por mim durante seis anos. É verdade que perderam dois jogadores com grande influência na manobra ofensiva e defensiva da equipa, mas foram dois jogadores e existem outros com qualidade. As rotinas depois vão acabando porque o cérebro daquilo não está lá e o método não é o mesmo, mas tudo o que estava continua lá”.

A entrada e saída de jogadores até ao fim do mercado também marcou a conversa de Jorge Jesus, que abordou vários dossiers. “Pela experiência que temos da pré-época, até ao fecho das inscrições, todos têm esses problemas. No Sporting não saiu ninguém, a administração tem trabalhado muito bem nesse sentido. Se William e Slimani vão continuar? Penso que sim. Mitroglou? Estamos muito contentes com os avançados que temos e se quiséssemos esse jogador já o tínhamos. Boateng? O Sporting tem um departamento médico sofisticado, ao nível dos melhores do mundo, e não é fácil… Não está em questão a qualidade do jogador mas havia outros pontos importantes e departamento médico achou que não seria a melhor opção. Ciani? É um jogador que estamos a estudar e temos muito tempo para tomar decisões”, resumiu a esse propósito. “Não há ainda uma identificação global para que os jogadores que comecem a Supertaça sejam a base da equipa para o Campeonato. O Sporting terá um plantel de 25 jogadores onde todos podem jogar”, completou.

“Claro que tenho o maior respeito pelos adeptos onde estive durante seis anos, até porque sempre me trataram muito bem e continuam a fazê-lo, reconhecendo o meu trabalho e o meu valor, mas hoje estou num Clube diferente. Não sou hipócrita, não vou dizer que não vou festejar se ganhar. O futebol é a minha paixão, sou treinador de futebol e hoje estou nesta casa com muito prazer”, concluiu.