Jorge Jesus destacou a competência dos jovens talentos leoninos, elogiando a evolução gradual do jogo leonino em noite de um Bas Dost de "parabéns"

Jorge Jesus era um treinador orgulhoso pelo desempenho dos seus jogadores. A supremacia no marcador foi analisada pelo timoneiro da equipa principal e a exibição de Daniel Podence e Matheus Pereira, titulares nas posições de Alan Ruiz e Bruno César (desviando Bryan para o miolo), acabou por ser elogiada, destacando-se a importância da vantagem ao intervalo: "Foi uma boa jogada do Daniel Podence a do primeiro golo e isso é um exemplo do que os jovens deram à equipa. Foi importante sairmos na frente ao intervalo. Deu tranquilidade aos miúdos, mais serenos para o segundo tempo. É importante preparar o futuro, sabendo dos riscos existentes de termos tantos jovens a jogar. Não há dúvidas sobre o valor técnico de cada um, mas sim a cultura táctica, os momentos sem bola e a ocupação de espaços. O Gelson já é uma afirmação. Do Matheus, Podence e Palhinha gostei da qualidade que apresentaram".

Bas Dost celebrou quatro golos, conseguindo um póquer já distante na história do Sporting CP (Liédson, em 2010, frente ao Belenenses). O avançado foi naturalmente agraciado pelo técnico, não deixando de 'ouvir um recado' quanto ao penálti não convertido: "O Bas Dost está de parabéns. É um jogador humilde, deu a última penalidade para o colega marcar [Joel Campbell], mas assumo o risco de o ter colocado a bater três grandes penalidades num jogo. Mandou os três para o mesmo sítio, temos de corrigir isso", disse, antes de salientar que ter o melhor artilheiro no Campeonato Nacional, passou a ser objectivo: "Se o Bas Dost conseguir ser melhor marcador é um título individual que reflecte o trabalho colectivo. Tendo essa possibilidade, vamos tentar trabalhar para ele, até porque 22 golos não chegarão para vencer o troféu".

Na conferência de imprensa após vitória por 4-1, Jorge Jesus explicou a evolução registada ao longo do jogo, apontando baterias às boas exibições e à satisfação dos Sócios, eles que compareceram massivamente à chamada em Tondela: "Independentemente da classificação do Tondela não é fácil ganhar aqui. Os nossos rivais sentiram maiores dificuldades, por exemplo. A primeira parte foi mais dividida do que a segunda, na qual já tivemos um melhor e maior comando do jogo. O Tondela foi uma equipa perigosa na bola parada, soube equilibrar as saídas e contra-golpes, mas não deixámos que tivessem ataque posicional. Estamos habituados a lutar pelo primeiro lugar, mas há-que motivar uma equipa como o Sporting CP que joga sempre para ganhar. Queremos dar qualidade à equipa, lançar jogadores e antecipar ideias. Os adeptos merecem viajar para vários pontos do país felizes. E hoje conseguimos proporcionar-lhes isso", resumiu.