Em Belém, o melhor 'pastel' foi de Bruno Fernandes
16 Abr, 2018
Sporting CP venceu o Belenenses por 4-3 com duas assistências e um golo do médio português
Mesmo que "individualizar" seja, talvez, o verbo mais odiado pelos treinadores deste Mundo (e do outro), nós vamos fazê-lo. Primeiro, porque não somos treinadores. Segundo, porque Bruno Fernandes esteve em três dos quatro golos com que o Sporting CP venceu o Belenenses (4-3) - depois, diga-se, de uma excelente partida de futebol. "Foi um grande jogo. De loucos!", soltou Jorge Jesus, assim que lhe colocaram um microfone à frente na sala de conferência de imprensa.
Em relação ao indivíduo - porque não nos queremos atrasar. Para isso, bastaram os quase 15 minutos de atraso da partida, que estava marcada para as 20h15 e só começou às 20h28 - há que assinalar que, com o 'bis' no capítulo das assistências, Bruno Fernandes ultrapassou o amigo Gelson Martins e é já o jogador leonino com mais passes para golo na Liga NOS. Oito. Ah! Outra curiosidade: sabia que oferece os colegas 'de bandeja' há três encontros consecutivos? Paços de Ferreira, Atlético de Madrid e Belenenses. Brilhante!
Mas antes das assistências do médio português, houve uma grande penalidade duvidosa e assinalada a favor da equipa de Silas. Bruno Paixão, com a ajuda do vídeo-árbitro (VAR) João Capela, viu uma 'palmada' de Rui Patrício na cara de Yazalde, logo aos três minutos. Mais: o guarda-redes dos leões levou cartão amarelo, embora a suposta falta tenha ocorrido dentro da pequena-área. Quem não quis saber de nada do que escrevemos anteriormente foi Hassan Yebda, aproveitando o castigo máximo para colocar os azuis em vantagem (7').
Entretanto, continuamos a averiguar quem ofereceu o 'comando' àquele que estamos a "individualizar" desde o início. Viram bem a precisão do passe para Bas Dost, que isolou o holandês na cara de André Moreira? Foi um escândalo. O sangue frio do avançado valeu o empate (13'), pois "piedade" é termo que pouco utiliza.
Os Sportinguistas tiveram três minutos para respirar e Bruno Fernandes quase nem respirou antes de voltar a assistir. Desta vez, Gelson. Por esta altura, as perdas de bola dos atletas do Belenenses na chamada zona proibida saíram-lhes caras, sendo que o extremo verde e branco aproveitou para fazer o 2-1 e o 13.º golo da época (16').
A pressão alta dos orientados de Jorge Jesus resultou até ao intervalo. Tanto, tanto, que surgiu o 3-1, por intermédio de Acuña - recebeu de Ristovski, girou e 'disparou' colocado. Esperemos que se tenha mantido tranquilo até aqui, porque a etapa complementar guardou mais três festejos.
Há pouco mencionámos Jorge Jesus, o último treinador do Belém a ganhar ao Sporting CP no Restelo (2008). Antes do reinício da partida, retirou Fábio Coentrão e lançou Wendel, só que Licá 'invadiu' a gestão leonina, provando que o conjunto da casa ainda tinha uma 'palavra' a dizer antes de os adeptos verdes e brancos começarem a pensar no clássico de quarta-feira (Taça de Portugal). Uma jogada de envolvimento no corredor esquerdo, que deitou Ristovski abaixo, permitiu a Diogo Viana assistir o português, que só teve de encostar (65').
A loucura não acabou por aqui e a culpa foi, novamente, de Licá, empurrado dentro da grande área por Acuña. Penálti e novo golo do Belenenses, quatro minutos depois (69'), tendo sido Fredy a também colocar o nome na lista de marcadores.
Com tudo empatado/embrulhado, esperava-se uma recta final própria para amantes do desporto rei. E, esta temporada, o desporto rei conta com um auxiliar inédito: o VAR! Pois foi o VAR que assinalou a falta de Yebda sobre Bas Dost na sequência de um pontapé de canto, ou seja... (adivinham?) dentro da grande área. O médio do Belenenses foi expulso e, imagine-se quem, Bruno Fernandes cobrou de forma assertiva a terceira grande penalidade do jogo, permitindo aos leões regressarem à liderança do marcador (76').
Antes de recolherem aos balneários - coisa que, se não acontecesse, nos obrigaria, certamente, a relatar golos noite dentro -, o árbitro assistente anulou o 'bis' de Acuña, por fora-de-jogo do lateral Ristovski. Contudo, foram mesmo os verdes e brancos a irem embora de sorriso aberto, conscientes de que a 'batalha' do Restelo estava ganha. Venha a próxima!