Rúben Amorim: "Fomos sérios na abordagem ao jogo"
16 Out, 2021
Técnico destacou o desempenho dos jogadores frente ao CF “Os Belenenses”
No rescaldo do triunfo frente ao CF “Os Belenenses” (0-4), em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal, o treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, Rúben Amorim, mostrou-se muito satisfeito com a actuação dos seus jogadores e enalteceu a atmosfera que se fez sentir no Estádio do Restelo.
“Foi um jogo especial para os adeptos da casa, lembro-me de jogar aqui e ver estes ambientes no campeonato quando o Sporting CP vinha cá jogar. Foi o relembrar desses tempos”, começou por dizer aos jornalistas presentes na conferência de imprensa após o duelo.
“Marcámos cedo e tivemos ocasiões para fazer o segundo golo, mas enquanto isso não aconteceu, numa bola parada podia sempre aparecer um golo do adversário. Quando fizemos o segundo, o jogo acabou praticamente. Tivemos mais ocasiões e podíamos ter feito mais golos. Parabéns aos jogadores, foram sérios na abordagem ao jogo. Aqui ou ali não tivemos um futebol tão fluido como poderia ser, mas também havia muitos jogadores novos e essas ligações demoram. Foi um bom jogo de Taça, num grande ambiente, mas o Sporting CP dominou como era sua obrigação”, considerou, abordando o estado clínico de Pedro Porro.
“Ainda não sabemos o que o Porro tem, temos de esperar. Pode ser apenas um susto, não vale a pena sofrermos por antecipação. Cabe ao treinador e à equipa técnica perceber se pode jogar o próximo jogo ou não. Se não jogar, ou joga o Ricardo Esgaio ou o Gonçalo Esteves”, afirmou o técnico, antes de elogiar a estreia do lateral de 17 anos.
“O Gonçalo Esteves já tinha jogado na pré-época, é o futuro do Sporting CP. É um rapaz cheio de talento e com convicção no que faz. Aqui ou ali tem deficiências, mas leva o jogo com um grande à-vontade, mesmo jogando na equipa principal. Isso ajuda-o num sentido, mas noutros complica um pouco. Esteve muito bem, soltou-se na segunda parte”, disse, comentando depois as exibições do guarda-redes João Virgínia e de João Goulart, que considerou ser um exemplo.
“O João Virgínia esteve bem a controlar a profundidade, com os pés e nos poucos remates que o adversário teve. Fez uma boa exibição e, mesmo não tocando assim tanto na bola, esteve sempre concentrado no jogo. O Goulart é um exemplo para os miúdos da formação, não era o central que mais se evidenciava nos campeonatos da formação, mas o passado não conta. Basta fazerem um bom trabalho, como ele fez. Em duas semanas, teve a oportunidade de estrear-se”, sublinhou, antes de completar. “É uma mensagem para os jovens, não queremos saber se são muitas vezes internacionais na formação, o que interessa é o presente”, reforçou, destacando ainda Ugarte: “Fez uma boa exibição, mas nota-se que ainda lhe falta algum ritmo”.
Rúben Amorim justificou depois a aposta na titularidade de Rúben Vinagre no Restelo.
“O Vinagre precisa de jogar para tirar as sensações que ficaram do jogo com o AFC Ajax. Está a crescer, hoje fez um bom jogo. Pecou aqui ou ali na definição, mas esteve bem na forma como chegou lá. Foi agressivo a atacar o espaço, deu tudo durante o jogo e acabou a partida de rastos. Isso é o mais importante”, disse, explicando a troca de Gonçalo Esteves por Porro.
“O Porro esteve na selecção e não jogou. Tivemos dois dias de preparação em que não podíamos dar muita carga aos jogadores porque tínhamos de ganhar este jogo. O Porro precisava de jogar pelos menos 25 minutos para não estar tanto tempo parado. O lance da falta não é culpa dele nem de ninguém, foi uma entrada por trás que podia ser evitada, mas pode acontecer num treino. O Gonçalo precisava de jogar, mas o Porro também”, concluiu.