Leões enfrentam FC Porto na final da Taça da Liga (sábado, 19h45)

Sábado é dia de decisões no Estádio Municipal de Leiria. Frente a frente estarão a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal e o FC Porto para disputarem a final da Taça da Liga.

Na véspera do embate, Rúben Amorim, treinador verde e branco, esteve em conferência de imprensa para perspectivar um duelo, onde acredita que há já pouca margem para surpresas.

"Surpreender acho que é difícil, mas cada jogo tem a sua história e depende de como as equipas se adaptam ao jogo. São dois treinadores que já se enfrentaram muitas vezes, os jogadores também se conhecem e há muita observação. São duas equipas com estilos diferentes e cada uma vai querer levar o jogo para o seu lado", começou por dizer aos jornalistas presentes no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade.

Além disso, o técnico Leonino salientou que “aumentar a intensidade e a agressividade” são factores obrigatórios num clássico: "Não se pode jogar contra o FC Porto, principalmente o de Sérgio Conceição, sem ser muito agressivo e é isso que vamos fazer amanhã".

Questionado sobre a importância do troféu em disputa, Amorim respondeu abertamente e considerou que, em função da época “estar a correr de forma diferente para as duas equipas”, uma possível conquista é mais importante para o Sporting CP.

"Nós saímos da Taça de Portugal e da UEFA Champions League e o FC Porto na época passada não ganhou a Taça da Liga - fomos nós - mas ganhou a Taça e o campeonato, que foram os últimos dois títulos. Portanto, acho que é mais importante para nós, mas a vontade de vencer vai ser igual", frisou, embora garanta que a Taça da Liga “também não salva nada”.

"Temos um projecto e precisa de títulos, que ao mesmo tempo dão essa confiança que precisamos para ser mais consistentes. Estou confiante que vamos vencer", salientou Rúben Amorim, continuando: "É um título que queremos ganhar, dependemos de nós e, portanto, é muito importante. Há muitos jogadores do Sporting CP que ainda não ganharam e é sempre bom não esquecer o sabor da vitória. É uma coisa viciante e já nos faz falta esse sabor, que ajuda as equipas a crescer".

Entre as opções para o embate entre Leões e dragões, do lado azul e branco, o médio Marko Grujić é ausência confirmada (lesão) e Evanilson é dúvida, enquanto do lado verde e branco o avançado Paulinho "está apto", garantiu Amorim: "Obviamente, não está sem dores, mas está apto, quer muito jogar e é mais uma opção".

Já quando questionado sobre Pedro Porro e o mercado de Inverno, o técnico desvalorizou o tempa e preferiu manter o foco no colectivo. "O principal para mim é que o Porro está apto e, mais importante ainda, se não estivesse teríamos outro jogador. Eu vou estar sempre tranquilo, este jogo não se resolve apenas com um jogador, temos de estar muito bem como equipa e nós funcionamos muito bem assim, desde que sejamos muito intensos e tenhamos coragem para jogar o nosso jogo", realçou, reforçando, por sua vez, a sua confiança em Gonçalo Esteves e Diogo Travassos, jovens laterais direitos do Clube.

"Depende deles, sabendo que ainda têm de percorrer um caminho para jogarem no Sporting CP. Se tiverem de ser lançados mais cedo, serão lançados como foram outros e depois há surpresas", referiu, dando o exemplo de Gonçalo Inácio. "Nunca ninguém aqui pensou que se tornaria o jogador que é", acrescentou, antes de garantir que a equipa está "preparada para tudo".

Debruçando-se sobre o adversário deste sábado, considerou que o FC Porto “vale pelo todo”, mas não escondeu que “há jogadores especiais”. "O [Mehdi] Taremi faz vários golos, o Otávio tem uma alma e divide o jogo como ninguém, depois há o Pepe, que, além do futebol, dá uma coisa diferente ao FC Porto e ainda o [Matheus] Uribe”, enumerou, frisando, porém, que é "a base de muitos anos que dá muita estabilidade à equipa".

Por fim, Rúben Amorim reconheceu que a equipa “olhou muito” para o embate entre Sporting CP e FC Porto no início da época [3-0], analisou os aspectos a melhorar e mostrou-se confiante na vitória.

"Tivemos bons momentos com bola, mas fomos pouco agressivos a chegar à área. Sentimos a falta de um avançado, o Marcus Edwards ligou muito bem o jogo, mas faltou-nos agressividade, coisa que o FC Porto teve muito e fez um golo em cima do intervalo. Depois há expulsão do Porro, que acabou o jogo. Somos uma equipa diferente e se estivermos no dia certo somos capazes de vencer o FC Porto", sentenciou.