​Leões defrontam o FC Porto este domingo

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal desloca-se ao Estádio do Dragão, este domingo (20h30), para defrontar o FC Porto na 31.ª jornada da Liga.

Na antevisão ao Clássico, que poderá dar o título aos Leões caso o SL Benfica saia derrotado este sábado frente ao SC Braga, o técnico Rúben Amorim sublinhou que este é um desafio de “grande importância” e assegurou que não espera facilidades.

“Independentemente da classificação, um jogo entre Sporting CP e FC Porto tem sempre grande significado. Acho que vai ser o jogo mais difícil do campeonato, por todas as condicionantes. Sabemos o clube que vamos defrontar, o seu treinador e o orgulho que tem juntamente com os jogadores. Eles não estão na luta pelo título e nós estamos e queremos ganhar, mas ainda temos de fazer pelo menos seis pontos para sermos Campeões. É fazê-los rapidamente, o foco é esse”, começou por dizer aos jornalistas na conferência de imprensa, em Alcochete, analisando as diferenças entre este duelo e o da primeira volta, que os Leões venceram por 2-0.

“O FC Porto tem jogado em 4-3-3, mas poderá mudar as características porque se calhar o Pepê tem de voltar para defesa-direito. Poderá entrar o Taremi e juntar-se ao Evanilson, ou entrar o Baró, sendo que o Zaidu é completamente diferente do Wendell, que tem outra definição no último terço, joga mais por dentro e não é tão rápido. O Francisco Conceição melhorou muito a equipa, tornou-a mais perigosa, agressiva e muito forte no um contra um. É um FC Porto diferente, mas forte na mesma. Na primeira volta tínhamos os mesmos pontos, mas agora é diferente”.

Rúben Amorim considerou ainda que a distância de 18 pontos na classificação relativamente aos azuis e brancos não espelha a diferença entre as duas equipas.

“Vivemos isto o ano passado. Jogámos melhor do que na primeira época em que fomos Campeões, mas com o desenrolar dos acontecimentos começámos a criar um fosso e, para equipas que estão habituadas a vencer, é muito mais difícil dar a volta. A classificação não espelha a qualidade das equipas, nem de perto nem de longe”, frisou, acrescentando que as eleições no rival não terão influência na partida: “O FC Porto vai ser muito forte e agressivo, deve ter casa cheia e os adeptos vão apoiar o clube. O Sérgio é muito orgulhoso, sei que vai ser um jogo muito difícil”.

O timoneiro verde e branco deu também conta dos indisponíveis para este jogo. “O Matheus Reis não está apto, o Antonio [Adán] não está apto e o Viktor [Gyökeres] vai ser convocado mas ainda está em dúvida porque tem um pequeno problema”.

Noutro âmbito, Rúben Amorim fez também questão de clarificar a sua ida a Inglaterra, no início desta semana, explicando que o Sporting CP “tinha conhecimento” da viagem, algo que “é importante e muda o contexto”, mas não deixando de pedir desculpa aos Sportinguistas, aos seus jogadores e staff técnico.

“Obviamente foi um erro e o timing foi completamente desajustado, mas não me pareceu na altura. Foi desajustado, ainda para mais quando sou tão exigente com os meus jogadores e sempre o primeiro a dizer que os problemas de cada um não se podem sobrepor à equipa, sendo que eu por muito menos já retirei jogadores do plantel. Foi uma falha minha, tenho de assumir e viver com isso. Não me pareceu tão grave na altura, mas pensando mais friamente é claro”, referiu, prosseguindo.

“Dei explicações aos jogadores e staff, mas agora é seguir em frente. Quero pedir desculpas aos Sportinguistas, ao staff e, principalmente, aos jogadores pelo erro que cometi. Também quero falar da parte em que faltei à palavra de que não haveria reunião, as coisas nem sempre são branco e preto. Da mesma forma que faltei à palavra em casa, pois disse que treinava mais um ano e parava para estar com eles, vou sempre desiludir alguém. Aconteceu, mas agora é focar no jogo”, reforçou.