"Há dias que não correm tão bem e o importante é a forma como reagimos"
29 Abr, 2024
Rúben Amorim reagiu ao clássico em conferência de imprensa
Terminado o Clássico no Estádio do Dragão (2-2), Rúben Amorim, treinador dos Leões, analisou o empate em declarações aos jornalistas presentes na sala de imprensa do Estádio do Dragão.
“A verdade é que no início do jogo ajudámos o FC Porto a crescer no jogo. Perdemos bolas fáceis, principalmente nos centrais, com muito nervosismo, e o FC Porto até não nos pressionou como em Alvalade. Depois, nunca tivemos fluidez, sobretudo na primeira parte, podíamos ter assentado o jogo de outra forma. O FC Porto, mais agressivo nos duelos, fez dois golos, fomos para o intervalo, voltámos mais agressivos, mas faltou alguma qualidade com bola”, começou por considerar, antes de destacar as melhorias conseguidas ao longo da segunda parte, fruto também das várias substituições e mudanças promovidas.
“Conseguimos esticar mais o jogo com o Viktor [Gyökeres], levámos o jogo mais para o meio-campo adversário, entrou o Nuno [Santos] e fomos empurrando o FC Porto mesmo sem grandes oportunidades, mas com mais velocidade”, apontou o técnico verde e branco, que enalteceu ainda a importância do primeiro golo aos 87 minutos.
“Assim que fizemos um golo, a equipa acreditou toda e acabámos por ter o momento logo a seguir do segundo golo. Não foi um jogo brilhante, mas conseguimos mais um ponto”, realçou Amorim.
Depois, questionado sobre a titularidade de Gonçalo Inácio como ala esquerdo, o treinador dos Leões referiu que o jovem defesa “joga bem em qualquer lado” e, além disso, escolheu-o “sabendo da importância das bolas paradas”. Por seu turno, Amorim acrescentou que, sem Matheus Reis disponível, Nuno Santos “ia sofrer muito com o Francisco Conceição”.
Mais do que a pressão de estar na liderança, Rúben Amorim considerou que as dificuldades sentidas no clássico foram fruto, sobretudo, de “uma equipa do FC Porto que sabe bem o que faz e estava bem preparada”, destacou.
“A nós faltou-nos energia e alguma qualidade. No primeiro golo [sofrido] foi o Franco a dar mal a bola ao Ousmane, noutras o Ousamane passou ou controlou mal… E no segundo golo há um jogador a escorregar”, enumerou o treinador, que, apesar destas contrariedades, destacou a reacção conseguida perto do fim.
“Há dias que não correm tão bem e o importante é a forma como reagimos. Reagrupámos, os jogadores que entraram deram muito ao jogo, melhorámos e acabámos por empatar”, sublinhou, acrescentando: “É menos um ponto que precisámos para vencer o campeonato”.
Já sobre o que disse ao intervalo, quando o Sporting CP perdia 2-0, Amorim realçou que “mais do que o aspecto táctico” focou-se “no mental”. “Foi relembrar a equipa do que já passamos e que temos de ganhar o campeonato”, completou.
Curiosamente, à homenagem feita a Manuel Fernandes na entrada em campo – os titulares Leoninos entraram em campo com a edição ‘retro’ da sua camisola número nove – seguiu-se uma exibição decisiva de Gyökeres, o actual ‘nove’ dos Leões. Questionado sobre essa curiosidade, Rúben Amorim admitiu que espera que esse “seja um sinal de que vamos ganhar o campeonato”, traçou, antes de falar sobre a delicada situação de saúde da lendária figura do Clube.
“O nosso Manuel Fernandes está a passar um momento muito difícil. Ficou muito feliz por vestirmos a camisola dele num jogo e numa fase tão importante. O Viktor é mais um avançado que vai ficar na História do Sporting CP, mas ainda tem de fazer muito para chegar a esse patamar”, atirou, por fim.