​Reacção do técnico ao triunfo sobre o Rio Ave FC

Após o triunfo sobre o Rio Ave FC (3-1), no jogo inaugural da Liga 2024/2025, o treinador Rúben Amorim deixou elogios à exibição da sua equipa, que dominou praticamente toda a partida, considerando ainda assim que os Leões podiam ter saído com um resultado mais dilatado e lamentando o golo sofrido na recta final.

“Limitámos muito o jogo do Rio Ave FC, fomos fortes na pressão e tivemos qualidade com bola. Foi um jogo muito completo, em que fica esta sensação final de sofrer um golo quando devíamos ter marcado mais golos. Foi uma vitória muito convincente, mas podíamos ter sido melhores nos detalhes”, começou por dizer em conferência de imprensa, realçando a importância do triunfo após a Supertaça.

“Era muito importante vencer por todo o contexto e é sempre importante começar bem. Tínhamos de começar bem e com confiança, sem dúvidas na nossa pressão e forma de jogar, contra um Rio Ave FC que não perdia há 12 jogos na Liga. É muito mais do que uma vitória depois talvez da pior semana que tivemos aqui. Era importante vencer o jogo e ainda mais desta forma, e foi isso que fizemos”, frisou.

Rúben Amorim justificou depois o facto de ter substituído Zeno Debast por Ousmane Diomande no onze inicial com as características específicas da partida.

“No último particular, o Rio Ave FC jogou com o Clayton e acreditámos que ele ia jogar outra vez. Ele é muito forte de cabeça e o Ousmane é o nosso central mais forte de cabeça. Faz um bocado o papel do Seba [Coates] no jogo aéreo e é muito forte a receber a bola no contacto. Como íamos fazer uma pressão alta, essas características encaixaram melhor com o Ousmane”, explicou, garantindo depois que “não teve nada a ver com confiança”: “Foi apenas o aspecto táctico e técnico”.

O líder da turma de Alvalade comentou também a aposta em Geovany Quenda para a ala direita, deixando elogios ao que o jovem de 17 anos tem feito em campo.

“Precisávamos de um jogador com características parecidas ao Geny [Catamo] para aquela posição e surgiu o Quenda, que saiu melhor que a encomenda. Vimos jogadores para aquela posição e não o trocava por nenhum. Resolveu-nos um problema e é um jogador claramente para fazer aquela posição”, considerou, antes de salientar o papel do internacional sub-17 e de Geny Catamo, que passou do flanco direito para o esquerdo, visto que ambos dão mais atrevimento à equipa.

“Temos vindo a desenvolver a equipa para jogar assim. Mesmo numa pressão alta eles são rápidos, entendem o jogo e conseguimos compensar certas coisas na defesa. O Geny, por ser esquerdino, é completamente diferente na direita. Tudo o que fazia, tem de fazer ao contrário. Tem mais dificuldade a carregar para dentro, mas tem de ter essa capacidade. Temos o Matheus Reis quando quisermos jogar de forma diferente, como lateral mais baixo a construir. Temos um plantel mais completo nesse ponto, com vários jogadores prontos para jogar nessas posições”.

Rúben Amorim abordou também a exibição de Viktor Gyökeres, que marcou o último golo Leonino e, apesar de ter demonstrado desconforto no joelho esquerdo em certos momentos, após ter recuperado de uma cirurgia, esteve em bom plano.

“Foi só cansaço. Ele está com dificuldade em ter o mesmo andamento que tinha, quer fazer as mesmas coisas e sprintar as mesmas vezes. Mas vi uma exibição muito boa do Viktor, sofre muitas faltas mas segura a bola e empurra a equipa para a frente. Ele está cheio de fome, é notório, quer marcar golos contra toda a gente e não quero tirar isso dele. Agora tem é de ganhar capacidade física para jogar, há jogadores que para isso têm de jogar e ele é claramente um desses casos”, atirou.