Técnico lançou a recepção ao CD Nacional

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe, esta terça-feira (20h15, Estádio José Alvalade), o CD Nacional para os quartos-de-final da Taça da Liga.

Na conferência de imprensa de antevisão, que decorreu na Academia Cristiano Ronaldo, Rúben Amorim comentou por comentar a situação de Nuno Santos, que se lesionou gravemente em Famalicão.

"O Nuno vai estar sempre aqui. Vamos sentir muita falta dele a refilar, dos gritos dele no corredor, mas ele vai estar lá e os fisioterapeutas vão passar um mau bocado. Vamos ajudá-lo, ele vai recuperar e voltar mais forte. É muito resiliente. Dos jogadores que já tive e que conheci enquanto jogador, ele é daqueles que tem dores e quer sempre jogar. Esse espírito faz-nos muita falta. Deve ser operado hoje, vai correr tudo bem e vamos seguir em frente", disse aos jornalistas.

Sobre o encontro contra os madeirenses, o treinador verde e branco lembrou que se trata de "um jogo a eliminar" em que "há logo penáltis" em caso de empate, não havendo margem de erro.

"Queremos muito ganhar esta competição, assim como todas. Vamos fazer alguma rotação porque temos jogos muito perto uns dos outros e porque queremos que outros jogadores tenham a oportunidade. Será uma equipa titular do Sporting CP e estamos preparados para as dificuldades: um bloco mais baixo, transições diferentes das do FC Famalicão, uma linha defensiva de cinco ou até mais. Estamos preparados para isso e para as bolas paradas. Queremos ganhar o jogo e seguir em frente", referiu.

Questionado sobre o novo formato da prova, Rúben Amorim admitiu que "não dá tanta oportunidade a toda a gente". "Sobrecarregando ou não [os jogadores], faz falta [dar oportunidade a mais equipas]. Esta competição tem o brilho de ter outras equipas [que não os grandes] que já ganharam, mas percebo que tenha de haver uma atenção ao calendário. Não tem tanta beleza, ajuda-nos no calendário. É assim, quem faz essas escolhas é a Liga Portugal", proferiu.

Depois de relevar que Iván Fresneda "voltou a treinar mais na posição de ala" no seguimento de uma conversa entre o técnico e o jogador espanhol em que ficou claro "que o futuro não passa pela posição de central/lateral", Rúben Amorim mencionou João Simões, de 17 anos, como mais uma das opções para o corredor. "O Nuno Santos tem números incríveis e tem o espírito. Isso é difícil de substituir. Vamos olhar para as opções que temos e sobrevivendo a cada dia", acrescentou.

Outro dos temas foi a falta de eficácia do Sporting CP na marcação de livres directos à baliza. "Deixámos de bater directo porque não tínhamos rendimento. No treino, marcam bastantes golos - principalmente o Trincão. Antes, fazíamos muitos livres para o Seba [Coates]. De resto, não tenho explicação. Não conseguimos bater na baliza. (...) Claro que gostaríamos de marcar de livre, mas marcamos de outra forma", explicou Rúben Amorim.

Reforçando que Maxi Araújo "é uma opção" para ocupar a vaga de Nuno Santos, o timoneiro Leonino não tem dúvidas de que o grupo quer muito ganhar esta temporada "por tudo e, também, par dar a alegria ao Nuno": "O Nuno Santos já disse que conseguia chegar aos últimos dois jogos da época. Ele é assim, muito competitivo, e queremos muito dar-lhe essa alegria". Quem já está apto é Marcus Edwards, que "treinou hoje e poderá fazer alguns minutos amanhã", enquanto Eduardo Quaresma "está um bocadinho mais atrasado" na recuperação.

Sporting CP e CD Nacional já se enfrentaram em 2024/2025, na segunda jornada da Liga Portugal ainda em Agosto, e o emblema de Alvalade venceu na Choupana por 1-6. Agora, ainda que cada desafio seja distinto, esses 90 minutos foram úteis para a preparação.

"Houve foco nesse jogo porque nos preocupamos muito com as características individuais. Há diferenças, porque já vimos o CD Nacional a jogar de outra forma [desde então]. (...) O treinador muda muito consoante o adversário. Estamos melhor equipa agora e jogamos em casa. O relvado vai ajudar mais, como é normal. Estamos motivados e queremos muito seguir em frente", voltou a dizer.

Por fim, Rúben Amorim voltou a falar sobre o formato da Taça da Liga: "Já que estamos a fazer o sacrifício [de sobrecarregar os jogadores], devíamos incluir toda a gente. Se começarmos a afunilar para que haja uma final four com mais gente e clubes grandes... Era bom ter todas as equipas para a competição ter essa beleza. No entanto, é fácil falar aqui e organizar é muito difícil, por isso não quero estar a criticar. O que vai fazer mais falta é os treinadores terem tempo para treinar, pensarem novas ideias e rotinas".