Golo de Geny Catamo decidiu dérbi frente ao SL Benfica

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, neste domingo, o SL Benfica por 1-0 em jogo da 16.ª jornada da Liga Portugal, regressando assim ao topo da tabela, em igualdade pontual com o FC Porto.

Primeiro jogo de Rui Borges no comando técnico do Sporting CP, com o novo treinador Leonino a estrear-se no dérbi dos dérbis, a entrar da melhor maneira e a somar a 115.ª vitória verde e branca em jogos diante do SL Benfica.

Triunfo bem conseguido da equipa verde e branca num Estádio José Alvalade cheio e com apoio espectacular ao Sporting CP do início ao fim, como, de resto, sempre acontece e já não surpreende ninguém.

Já no onze houve uma grande novidade, o regresso de Hidemasa Morita, que não jogava desde o início do mês. O nipónico entrou directo para o onze, após lesão, juntando-se a Morten Hjulmand no meio-campo Leonino.

O Sporting CP a entrar então com Franco Israel na baliza, Eduardo Quaresma, Ousmane Diomande, Jeremiah. St Juste, Matheus Reis, Geny Catamo, Hidemasa Morita, Morten Hjulmand, Geovany Quenda, Francisco Trincão e Viktor Gyökeres e a entrar diferente. Quatro centrais com Matheus Reis a subir como lateral quando o Sporting CP atacava pela esquerda e Eduardo Quaresma a subir quando a equipa atacava pela direita.

“Quando faltar inspiração, que não falte atitude”, tinha pedido Rui Borges e isso viu-se desde o início, com o Sporting CP a entrar bem no jogo e a fazer pressão alta, focando-se na baliza desde cedo e fazendo-o com qualidade.

Nos primeiros cinco minutos, só deu Sporting CP com duas ameaças quase seguidas e com a bola a ir à malha lateral em ambas. Na primeira foi Ousmane Diomande, na sequência de um livre na direita, na segunda foi Geny Catamo.

O SL Benfica reagiu, depois de conseguir ter a bola, com Aktürkoglu a rematar à baliza Leonina, mas Franco Israel segurou sem dificuldades.

Do outro lado foi havendo sempre mais perigo, com o Sporting CP a voltar a instalar-se no meio-campo encarnado e visar a baliza defendida por Trubin.

Primeiro Francisco Trincão permitiu a defesa fácil, mas depois o guarda-redes encarnado fez a melhor intervenção do jogo até então: Francisco Trincão cruzou, Geovany Quenda recebeu ao segundo poste sem marcação e atirou à baliza com Trubin a fazer a mancha e a impedir o 1-0.

A seguir foi Franco Israel a brilhar na baliza, numa bola parada do SL Benfica. Livre descaído para a esquerda com Kökçü a assumir o lance e o guarda-redes Leonino a voar, resolvendo para canto. Eram notórias as dificuldades da equipa encarnada, mas, a espaços, foi conseguindo chegar à baliza verde e branca.

Ainda assim, a haver golo esteve sempre mais perto de ser do outro lado, com o Sporting CP a dominar a partida em toda a linha e a impor-se, como seria de esperar. Assim, não foi preciso esperar muito mais para o 1-0, que chegou em cima da meia-hora de jogo.

Viktor Gyökeres escapou à marcação de Tiago Araújo e junto à linha de fundo atrasou rasteiro para o segundo poste, onde surgiu Geny Catamo sem oposição a atirar de primeira para o primeiro da partida. Explosão de alegria nas bancadas, com a partida a ganhar justiça.

Sporting CP na frente do marcador e a fazer por isso, continuando focado na baliza encarnada e a criar uma série de oportunidades. Na primeira – após o golo – Francisco Trincão permitiu a defesa fácil de Trubin e na segunda viu-o esforçar-se mais, já depois de mais uma enorme defesa a remate de Viktor Gyökeres.

Os Leões sempre a ameaçarem o golo e a merecerem um resultado mais volumoso ao intervalo, mas os primeiros 45 minutos terminaram com apenas 1-0 no marcador e, assim, com o resultado em aberto.

Por isso, o Sporting CP precisava de voltar a entrar com a mesma atitude, a ter mais bola e a continuar focado na baliza encarnada, mas foi o SL Benfica que entrou melhor e a ameaçar o empate ao conseguir ter mais posse. Ainda assim, na melhor ocasião Franco Israel fez mais uma grande defesa.

Assim, foi-se mantendo a margem mínima para o Sporting CP, mas com a formação encarnada a criar mais perigo. Foi estando atenta a defesa verde e branca, com destaque para Ousmane Diomande que, depois de deixar Di María escapar, foi capaz de evitar o remate só com Franco Israel pela frente.

Após os 70 minutos, Rui Borges fez então três substituições de uma assentada, apostando em Maxi Araújo, João Simões e Iván Fresneda, fazendo sair Geovany Quenda, Hidemasa Morita e Eduardo Quaresma. Pouco depois, mais uma mexida com a entrada de Conrad Harder e a saída de Francisco Trincão.

O técnico Leonino a apostar no avançado na tentativa de chegar ao 2-0, que daria mais conforto aos Leões, numa altura em que havia algum desconforto pela margem mínima: SL Benfica com mais bola e mais perigoso e o Sporting CP a não conseguir chegar com qualidade e frequência ao último terço, mas a defender com atitude e sem desnivelar o jogo.

Por isso, aos 85 minutos, e novamente numa altura de mais Sporting CP, esteve à vista o 2-0: jogada rápida Leonina com Geny Catamo a subir até à área em zona central, com Maxi Araújo, Viktor Gyökeres e Conrad Harder à espera da bola, mas o ala decidiu rematar e viu Tiago Araújo cortar com Carreras a opor-se também.

A seguir foi Viktor Gyökeres a estar perto do golo, em mais uma jogada rápida em que ganhou a corrida a Tomás Araújo, mas Trubin evitou que o remate do avançado sueco levasse perigo à baliza.

O 1-0 continuou por isso a manter-se e ficou até ao final, num jogo em que o Sporting CP sofreu mais do que merecia, depois de uma belíssima primeira parte em que podia ter marcado mais golos.

Seja como for, os três pontos foram justíssimos e os  Leões, que fecharam assim o ano da melhor maneira, voltam agora a jogar na próxima sexta-feira, 3 de Janeiro, em casa do Vitória SC.