Encontro entre gerações do basquetebol Leonino
02 Abr, 2021
Antigos jogadores entregaram prendas simbólicas de Páscoa à equipa verde e branca
Com a Páscoa à porta, o passado e o presente do basquetebol do Sporting Clube de Portugal encontraram-se no Pavilhão João Rocha. Ernesto Ferreira da Silva, Hermínio Barreto, Carlos Sousa e Edgar Vital, quatro grandes nomes da modalidade verde e branca no início da segunda metade do século XX, protagonizaram um momento simbólico com a entrega de pequenas lembranças ao plantel e equipa técnica de basquetebol do Sporting CP.
Os quatro antigos jogadores Leoninos aproveitaram a oportunidade não só para desejar uma boa Páscoa à equipa de Luís Magalhães, mas também para mostrar o seu reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na modalidade.
"Quando nós jogávamos também gostávamos de ser reconhecidos quando o trabalho era bem feito. Todos os que acompanhamos o regresso do basquetebol ao Clube verificamos que esta equipa tem o espírito do Sporting CP e que tem representado com dignidade este emblema. Como forma de reconhecimento, numa época de solidariedade e em que todos precisamos de afecto, viemos fazer este gesto simbólico aos jogadores, equipa técnica e dirigentes", começou por dizer Ernesto Ferreira da Silva, campeão nacional como jogador em 1968/1969, mas também, mais tarde, treinador e antigo membro do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting CP.
Por sua vez, Hermínio Barreto, professor universitário e estudioso da modalidade, sagrou-se campeão nacional de Leão ao peito (1959/1960) e foi também treinador, seleccionador nacional e ainda director técnico da Federação Portuguesa de Basquetebol. Já Carlos Sousa (campeão nacional em 1968/1969, 1975/1976 e 1977/1978) e Edgar Vital, além de jogadores Leoninos, foram dirigentes do Clube e dois dos grandes responsáveis pelo renascimento do basquetebol no Sporting CP em 1984 e em 2012/2013.
No final do treino orientado por Luís Magalhães, as quatro Lendas Leoninas retrocederam no tempo e juntaram-se ao grito da equipa, da qual outrora fizeram parte, como recordou Ernesto Ferreira da Silva aos meios de comunicação do Clube.
"Foi uma modalidade que, com muito orgulho, representámos durante muitos anos. Fui treinador e dirigente, mas não há nada que fique tanto na memória como os anos que temos de Leão ao peito como praticantes, isso é que fica", salientou antes de destacar também o carácter simbólico de realizar a entrega num momento em que os adeptos não podem estar nas bancadas.
"De certo modo, representamos o público, porque passamos a vida a acompanhar o basquetebol, agora, à distância. No entanto, falta este afecto que hoje quisemos tornar presencial. Pela reacção dos atletas, acho que ficaram satisfeitos pela lembrança, que é meramente simbólica. O Travante [Williams] até já começou a usá-la (risos)", atirou bem-disposto.
Ora, com a prenda em mãos, Travante Williams agradeceu e enalteceu a importância deste encontro entre diferentes gerações do basquetebol verde e branco. "É bom recebê-los aqui e perceber que nos seguem e apoiam ao longo deste tempo. O Sporting CP tem realmente uma longa história e nós queremos continuar", afirmou.