Uma prova de esforço evoluída
07 Dez, 2017
Alejandro Marque, Rinaldo Nocentini e Mario Gonzalez foram os primeiros a submeter-se ao VO2
Os últimos dias de estágio previam um teste de esforço aos ciclistas do Sporting-Tavira, apelidado de VO2.
Bruno de Carvalho, médico anestesista e com pós-graduação em Medicina Desportiva, foi responsável pelo exame e detalhou-nos a prática: "É um exame que mede as alterações das variáveis fisiológicas em função da intensidade de esforço. Seja a função respiratória ou metabólica. Aumentamos a intensidade de treino. O rolo vai aumentando a intensidade em 10 watts por minuto e, à medida que a intensidade aumenta, vamos medindo o ar que respira, a potência, a potência que debita e o lactato sanguíneo. Serve para três coisas: a menos importante neste contexto, ter ideia do potencial do atleta; ter dados que nos permitam fazer a prescrição do treino de uma forma mais exacta e fazer o controlo das medidas que tomamos, vendo a eficácia do treino".
Os ciclistas começavam com uma determinada cadência e cumpriam o teste até se sentirem no limite. A resistência feita poderia assimilar-se ao vento numa prova ou a uma subida, com graus diferentes de inclinação.
Este é um teste complementar à preparação da época e feito nas principais equipas do Mundo, sendo que em Portugal costuma ser feito de forma individualizada, com os preparadores de cada atleta a assumirem a função. OSporting-Tavira promove esta época a prática em modo colectivo e de avaliação sistémica de resultados. Naturalmente, é 'apenas' mais uma ferramenta para o sucesso.
Um trabalho mais detalhado será publicado na próxima edição do Jornal Sporting.