Foto César Santos
"Se calhar, convém a algumas equipas abdicar-se da Torre"
Por Jornal Sporting
04 Ago, 2018
04 Ago, 2018
Joni Brandão mostrou-se crítico perante a decisão de a etapa de amanhã não contar com a subida à Torre
Joni Brandão, do Sporting/Tavira, foi terceiro na etapa deste sábado, que terminou em Oliveira do Hospital, e mostrou-se bastante crítico acerca da decisão de a 4.ª etapa (domingo, 5 de Agosto) não contar com a célebre subida à Torre.
"Isso é uma coisa que não entendo. Se calhar, amanhã também não vou estar à partida nesta Volta a Portugal. Tivemos três dias em que corremos debaixo do calor, depois, quando se chega à etapa mais dura da Volta, abdica-se da Torre. Não sei porquê. Se calhar, havia algumas equipas que já estavam informadas e nós ouvimos isso durante a etapa. De facto, não entendo porque não se faz a subida à Torre. Talvez convenha a algumas equipas. Era de nos juntarmos todos e ou se faz ou não se faz", disse o português, que reforçou as difíceis condições climatéricas com as quais têm lidado ao longo da prova.
"Ainda hoje esteve um calor que não se aguentava e tivemos de fazer a etapa toda. Por que é que não fazemos a etapa toda amanhã? Por que é vai haver uma excepção amanhã? Para haver uma excepção tinha de haver na Volta toda. Existe sempre alguma coisa na manga", continuou, abordando, ainda, aquele que não considerou ser um ataque de Raúl Alarcón, novo camisola amarela.
"O Raúl Alarcón não atacou. Eu abri para o lado quando íamos a puxar para descer, numa curva algo perigosa, e o Alarcón passou para a frente, enquanto o Edgar [Pinto] travou não sei porquê e deixou de puxar naquele momento em que era para seguir o Alarcón. Não se percebe o porquê de haver estas coisas no ciclismo. Os espanhóis estão a lutar por vencer a Volta a Portugal e os portugueses lutam para ser o melhor português", lançou.
Além da terceira posição na etapa de hoje, Joni Brandão ocupa também o terceiro posto na classificação geral.