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‘A 10-A era um banho de sportinguismo’

Por sporting
28 Jun, 2013

Rendeiro, um dos melhores hoquistas da história do Sporting, recorda a sua passagem pelo nosso clube e o título de campeão europeu de 1977.

Foi há pouco mais de 36 anos, mais propriamente a 18 de Junho de 1977, que o Sporting conquistou a Taça dos Clubes Campeões Europeus de hóquei em patins, a única na modalidade do nosso Clube, que também conta com três Taças das Taças e uma Taça CERS. «Equipa Maravilha» era a designação desse cinco fabuloso, do qual fazia parte Júlio Rendeiro, um dos melhores defesas da história da modalidade. Rendeiro recorda a conquista como se a mesma tivesse acontecido há poucos dias. “Era um título que na altura faltava ao hóquei português. Ganhámos os dois jogos da final diante do Villanueva com alguma facilidade [6-0 em Alvalade e 6-3 em Espanha] e foi o corolário de uma excelente temporada do Sporting, que já tinha ganho o campeonato e a Taça de Portugal”, sublinha. Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho, Chana e Livramento eram o lendário cinco «leonino» e da selecção nacional. Para além da qualidade individual e colectiva, também existia grande união fora do campo: “Juntávamo-nos com frequência, aliás, posso dizer que, hoje em dia, almoçamos uma vez por mês em Caneças, com excepção, naturalmente do saudoso Livramento”. E, acrescenta, “era uma equipa que trabalhava muito, partindo do princípio de que ser melhor do que os outros do ponto de vista técnico-táctico, só será relevante no caso de se lutar tanto ou mais do que o adversário e se houver uma grande agressividade, embora naturalmente dentro das regras”. Curiosamente, a chegada ao Sporting, em 1971, quando já contava com 29 anos, processou-se essencialmente por razões profissionais. “Tinha terminado a minha licenciatura em Engenharia há pouco tempo e as possibilidades de encontrar trabalho no Norte eram muito limitadas, pois o país era muitíssimo mais macrocéfalo do que hoje em dia. Tinha uma boa relação pessoal com algumas pessoas que estavam no Sporting, o que facilitou a minha vinda para o Clube”, explica. Para além de ter sido atleta «verde e branco», Júlio Rendeiro foi igualmente dirigente do Sporting, em dois períodos diferentes, ambos como responsável pelas modalidades. Primeiro, no final da década de 80, na presidência de Amado de Freitas. Mais recentemente, no consulado de José Eduardo Bettencourt. Durante a sua passagem pelo Sporting, Rendeiro tornou-se um indefectível adepto do Clube. “Quando era pequenino, era do Infante Sagres e do Boavista, mas depois optei pelo Sporting. E porquê? Porque encontrei na Porta 10-A um banho de sportinguismo, através da convivência entre os atletas de variadas modalidades. E tudo num ambiente de grande proximidade, como eu vivia no meu bairro. Era difícil não gostar do Sporting!”, elogia. Leia a entrevista completa de Júlio Rendeiro ao jornal «Sporting» na edição em papel desta semana ou na edição electrónica aqui. Texto: André Cruz Martins Foto: Melissa Duarte