Patrícia Mamona: "Estou nas nuvens, sem palavras"
01 Ago, 2021
Reacção após sagrar-se vice-campeã Olímpica
Patrícia Mamona, atleta do Sporting Clube de Portugal ao serviço da selecção portuguesa, conquistou, este domingo, a medalha de prata na final do triplo salto dos Jogos Olímpicos de Tóquio, fixando o recorde nacional para lá dos 15 metros (15,01). Nas primeiras palavras após a conquista, a saltadora não escondeu a felicidade.
"Estou nas nuvens, sem palavras. Estou muito feliz, obviamente, parece tudo super surreal. As primeiras pessoas que tenho em mente são o meu treinador, a minha família e este grande país, Portugal", começou por dizer a saltadora Leonina em declarações à RTP, antes de agradecer o apoio dos portugueses.
"Vim muito confiante da qualificação, foi muito tranquila e sabia que este ia ser um momento muito especial para mim. São cinco anos a trabalhar para isto. Aliás, são 20 anos de triplo salto. Estou orgulhosa de todos nós e, como já me disseram, Portugal é um país pequeno, mas conseguimos fazer coisas grandes. O apoio dos portugueses foi fenomenal, estou muito emocionada", disse a atleta de 32 anos, visivelmente satisfeita pelo feito alcançado.
Ora, depois do 12.º lugar em Londres 2012 e da sexta posição no Rio de Janeiro 2016, Tóquio 2020 foi sinónimo de pódio para Patrícia Mamona, no mesmo ano em que se sagrou Campeã da Europa em pista coberta.
"Só queria dar o meu melhor e, como viram, nesta competição foi batido o recorde Olímpico [e o do Mundo]. Sabia que ia ser duro, mas estou muito feliz. Fazer parte da 'equipa' dos 15 metros... Lembro-me do meu início, diziam que era muito pequena e que não tinha perfil de triplista e agora estou aqui. Faço parte das melhores do mundo, sou vice-campeã Olímpica", enalteceu emocionada.
Em grande plano na final, a Leoa do triplo salto ultrapassou por três vezes o já seu recorde nacional e, admitiu, está "a tentar ganhar consciência disso". Apesar do início prometedor, com um salto inaugural de 14,91 metros que a deixou desde logo no lugar da prata – e que não mais perderia – a atleta verde e branca garantiu que nunca se deu por satisfeita.
"Sabia que tinha de responder, as outras competidoras são fenomenais. Estava sempre pronta para responder porque sabia que alguém poderia saltar mais do que eu. Não pensei em marcas, era só deixar na pista aquilo que tenho. Posso ir para casa descansada porque aproveitei bem o momento", referiu, antes de sublinhar que se sente no "topo de forma" e que ainda tem "muitos anos para dar".
Agora, Paris 2024 não está na cabeça da nova vice-campeã Olímpica, que só quer "desfrutar este momento", deixando, por fim, uma mensagem de incentivo: "Espero que sirva também de inspiração. Não é só talento, é trabalho. Muito."