"Quem quiser ganhar, não pode deitar foguetes antes da festa"
21 Abr, 2018
Hugo Silva, na análise ao jogo 2 da final, admitiu que as contas só se fazem no final e que enquanto houver competição, o foco é no jogo
O treinador da equipa principal de voleibol do Sporting Clube de Portugal, Hugo Silva, começou a análise à vitória no jogo 2 da final de apuramento de campeão, frente ao Benfica, por falar em felicidade. "A que nos faltou na Luz, tivemos os hoje. Foi um jogo com muita raça da nossa parte, um querer muito grande. Nunca é fácil vir de uma derrota por 3-0 e reagir como reagimos. Quem quiser ganhar, tem de pensar muito bem no jogo e não deitar foguetes antes da festa. Não acho que estejamos a jogar com o nível com que acabámos a fase regular. Por esse motivo, é que se transcendem. A equipa sabe que, correcta ou incorrectamente, houve um calendário que favoreceu o adversário. Não nos podemos lamentar disso. Temos que ir aproveitando as pequenas coisas do jogo e ganhar perante o nosso público".
Precisamente sobre o factor casa, o técnico leonino adiantou: "Quantos campeonatos perdeu o Benfica em casa? Um deles foi comigo. O foco no jogo é fundamental. A concentração, controlar as emoções. Os meus jogadores aprenderam por não o terem feito no primeiro jogo. Isso é que enerva o adversário e faz somar pontos".
Ainda sobre o facto de os adeptos do Leão Rampante terem exibido uma tarja onde se podia ler "Maio 1995 – Nunca Mais", recordando o tempo em que em Alvalade se acabavam com modalidades, num claro recado de ser este o melhor caminho para a força do Sporting CP, Hugo Silva comentou: "Não sei como se pode considerar um clube grande sem voleibol. É o desporto n.º 2 no Mundo em praticantes. Não percebia o Sporting CP e o FC Porto e continuo sem perceber os últimos. O Sporting CP preparou-se muito bem para o regresso. Não entrou de qualquer maneira e estou convicto que voltou em força. É preciso não esquecer que para um ano zero, disputar uma final e contra a equipa que teve a hegemonia nos últimos anos é de valor. Percebi a mensagem e sublinho: jamais podem fazer o que fizeram 1995", rematou.