Leoas visitam AJM/FC Porto em jogo decisivo

A equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal defronta, este sábado (19h00), a AJM/FC Porto, no terceiro jogo da final do Campeonato Nacional. As Leoas de Rui Pedro Costa estão obrigadas a ganhar o clássico no Dragão Arena, de maneira a levarem as decisões novamente para casa do Sporting CP - caso contrário o campeonato ficará decidido. Na véspera deste encontro decisivo, Rui Pedro Costa lançou os dados para o jogo em casa das azuis e brancas.

“A mensagem passada ao grupo é de que nós temos as nossas características e temos tido sucesso, porque percebemos as nossas características, trabalhamos e competimos com essa noção de que temos de ser mais trabalhadores do que os outros, mais sofredores do que os outros. Temos de estar preparados para sofrer todo o jogo e para aproveitar tudo o que nos dão e nós, grupo todo, não temos feito isso nesta final e todos têm essa responsabilidade”, avaliou.

Rui Pedro Costa admite que há atenuantes, mas que não pode haver desculpas: “Não temos sido essa equipa que somos, não é agora, é há cinco anos. Podemos arranjar aqui atenuantes: a gripe, de que é a primeira final em muito tempo, mas a verdade é que são desculpas. Temos de fazer melhor do que fizemos, as jogadoras têm consciência disso, claramente temos de ter noção de que é a última oportunidade que temos para fazer uma coisa que lutámos muito para conquistar e com mérito. Fizemos um percurso de excelência até aqui e não faz muito sentido não terminar a época, essencialmente, a jogar da mesma forma. O resultado final será o que tiver de ser, agora no fim, temos de ter a noção clara de que fizemos tudo o que podíamos e isso terá faltado um pouco.”

Com a mira nesse terceiro duelo, o técnico considerou ainda que nesta final a equipa Leonina tem de voltar a vestir o "fato de trabalho". “Não conseguimos aproveitar um pouco o ascendente emocional que tínhamos e isso ter-se-á perdido no primeiro set do primeiro jogo da final. Em seis jogo com a AJM/FC Porto, estamos do ponto de vista estatístico em plano de igualdade. É uma equipa com mais recursos do que nós, fisicamente mais forte do que nós, mas como eu dizia antes da Taça de Portugal, com características muito diferentes e nós temos as nossas armas. Não temos conseguido, até agora, pô-las em campo e muito por dificuldades de ‘mindset’, de querer sofrer, se calhar vestimos o fato de gala muito cedo e o nosso fato nunca pode ser esse e mesmo quando se ganha, temos de ter o fato de trabalho. Vamos tentar que toda a gente leve esse fato para o Porto”, projectou à Sporting TV.  

Por fim, Rui Pedro Costa deixou uma mensagem final de união para o grupo que orienta. "Quem aqui está tem de entender que o Clube é muito maior do que nós e que isto é uma oportunidade de fazer parte de algo muito maior e de deixar uma marca. Para quando cá voltar, daqui a 20 ou 30 anos, com os filhos e com os netos, mostrar o que se conseguiu fazer. Vamos ter de ser implacáveis a ser nós próprios, a servir, a transformar bolas defendidas em pontos. Sendo no Dragão a equipa que mais quer ganhar, se isso acontecer, vamos ficar muito perto de trazer novamente a eliminatória para o Pavilhão João Rocha", finalizou.