Os funcionários… tão importantes!
28 Nov, 2019
Vivi grandes momentos convosco e sei o que os funcionários representam para a vida do SCP
Temos por norma tendência para nos focarmos nos dirigentes, nos treinadores ou nos jogadores. É natural. Sempre assim foi. Sempre será assim e nem é criticável sequer. É tão-somente uma constatação factual.
Eu, por exemplo, sempre fui pouco de me focar nos dirigentes, criticando sempre o que está mal e elogiando o que me parece bem, mas sim nos verdadeiros ‘artistas’. Aqueles que nos fazem rir, chorar, vibrar de emoções. Até nos fazem abraçar o vizinho do lado que nem conhecemos sequer, mas que tem em comum connosco o ideal, a cada golo ou ponto obtido, a cada conquista de troféus… a cada exaltação Leonina.
Mas existem outros, e estes tão importantes como os já referidos. Que passam mais horas nas instalações do Clube do que nas suas próprias casas. Que no anonimato são o pulsar do Sporting CP. Que na sua maioria não se negam a esforços. Que mais do que profissionais, na sua grande maioria vivem intensamente a instituição.
Desde sempre que me habituei a estimá-los. Desde que entrei para o Clube, e mesmo antes disso, que me habituei a respeitar o Pacheco, o célebre engraxador da Porta 10-A. Que quando esperava os craques em miúdo me recordo do Sr. Guimarães e do Sr. Brilhantino, os porteiros da também mítica porta. Do recentemente falecido e que me inspirou a fazer esta coluna de opinião, o ‘Ti Chico’, o homem da relva do velhinho estádio; do Sr. Miguel, sempre de cigarro ao canto da boca e da sua esposa, a D. Olinda, que eram os responsáveis das instalações do pavilhão antigo, e que ainda hoje têm a sua filha, a Luísa, como nossa funcionária; o Coronel Cunha Bispo e o Sr. Maia, os homens que cuidavam das instalações; das telefonistas da 10-A, a D. Lurdes e a D. Sofia; da Eugénia, de sorriso sempre aberto e da Madalena Gentil, na secretaria; do Sr. Filipe, o célebre mecânico do hóquei em patins; da D. Leonor, do jornal; de ainda me recordar do Sr. Manuel Marques, o massagista conhecido como o ‘mãos de ouro’, que primava pela imensa competência e simpatia; da Alda, que era quem resolvia todo e qualquer assunto relacionado com as modalidades na secretaria da Nave, e que ainda hoje trabalha no Clube; e também de tantos e tantos outros que nunca regatearam a esforços.
E nesses tantos outros, quero dizer que mesmo os que não referi por falta de espaço, me estão no coração verde e branco’. Vivi grandes momentos convosco e sei o que os funcionários representam para a vida do Sporting Clube de Portugal. O meu obrigado a todos. Aos antigos e aos actuais!